quinta-feira, 28 de abril de 2011

Conheça Melhor:

Francisco de Assis, um servo de Deus

Este Espírito passou por diferentes etapas da evolução terrena. Quatro personalidades: Patriarca Isaac, Profeta Daniel, Apóstolo João Evangelista e Santo: São Francisco de Assis. A foto retrata as suas últimas vidas: João Evangelista e Francisco de Assis. O tempo não diminuiu a força da mensagem deste quase “Cristo redivivo”. Nasceu em 1182 de uma família rica de Assis. Filho de Pietro Bernardone, comerciante de tecidos e Dona Pica. A sua juventude transcorria entre o estudo, o trabalho com o pai, e a “alegre companhia” dos amigos. Época de guerras: Francisco almejava ser um grande cavaleiro, alistou-se com seus companheiros. Suas batalhas duraram pouco, foi capturado e trancado nas prisões dos inimigos, onde uma voz falou à sua alma convidando-o a uma tomada de posição. Retornando ao lar demonstrava íntima mudança. Dois anos após, novo combate, alistou-se novamente. Partiu em direção a Roma e, em Spoleto, foi acometido por uma violenta febre e ouviu as palavras do Senhor: “desista”. De volta a Assis dá seus bens aos pobres. Início da Conversão: No verão de 1205 isolou-se de tudo e de todos, dedicando-se a oração e as passagens evangélicas. Volta-se aos pobres aliviando suas angústias. Invoca a Deus e ouve Sua voz: “Francisco, se você quer fazer a Minha Vontade, despreza todas as coisas que os seus sentidos gostam! Assim que começar a proceder, tudo aquilo que antes lhe parecia agradável, tornar-se-á amargo e insuportável; e tudo o que você detestava, transformar-se-á em prazer e numa grande doçura!” Certo dia encontrando um leproso,comovido pediu-lhe as mãos e beijou-as. Começava uma grande revolução. O homem velho dava lugar ao novo. Foi na igreja São Damião onde costumava rezar que Deus decidiu que Francisco era digno de ouvi-lo e do Crucifixo saiu uma voz: “Vai Francisco, conserte a minha casa que está caindo em ruínas.” Vendeu alguns tecidos e começou a restaurar a Igreja. Seu pai levou-o para junto do Bispo que diante do pai e do filho disse: “Se sua intenção é consagrar ao serviço de Deus, restitui a seu pai todo o dinheiro.” Em praça pública Francisco fica nu, deixa suas roupas, sandálias e diz: “Restituo-te tudo, de modo que não o chamarei mais de meu pai, porque o nosso único Pai está nos Céus.” A partir daí tornara-se um servo de Deus. Em fev/ 1209 ao ouvir o Evangelho, sentiu uma nova Ordem do Senhor: “...Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purifi cai os leprosos” (Mt 10:7-14). Colocou-se nas Mãos de Deus a fi m de que Ele inspirasse a sua conduta. Na igreja por três vezes abre a Bíblia e lê as seguintes frases: “... Se queres ser perfeito,vai,vende os teus bens e dá aos pobres... (Mt 19:21). Na segunda vez: “Quem quiser vir após mim renuncie a si mesmo... (Mt 16:24) e finalmente na terceira vez: “Não queiras levar para viagem coisa alguma” (Luc 9:3). Francisco foi a Roma com seus onze frades e o Papa Inocêncio III aprovou a sua Ordem Primeira (Frades Menores) em 1209. É nesta época que Clara se aproximou mais de Francisco convertendo-se, fundando a Ordem Segunda (Ordem das Pobres Damas). Francisco funda mais tarde a Ordem Terceira, aberta a todos que quisessem seguir a regra franciscana. Foi ele quem instituiu o Presépio. Nos Últimos anos de vida: Além da doença nos olhos que contraiu quando esteve no Egito tentando converter o Sultão, sofria de várias doenças. O Grande Milagre: Em 1224 o Monte Alverne foi o Calvário de Francisco que pediu a Jesus que antes de voltar à Pátria Espiritual sentisse as Suas chagas no próprio corpo. Teve a maior emoção espiritual na vida quando recebeu os estigmas. Clara e suas irmãs o tratam em São Damião; neste local dita o Cântico das Criaturas (texto com os ideais franciscanos). Pede para ser levado à Porciúncula, pois está prestes a deixar a esfera terrena e fala aos seus seguidores com alegria que desejava ainda tocar os filhos do coração, pois perdera a visão. Três de outubro de 1226 no hospital de Hansenianos, Francisco abençoa dois leprosos que são curados pelo seu toque. Seus lábios mancharam de sangue no encanto do amor e ele não quis que limpassem as marcas do seu convívio com os enfermos do coração. Visualizou Clara como se estivesse à beira do seu leito, falando-lhe do Amor. Mandou chamá-la, mas ela não pôde comparecer e ele foi perdendo a voz até emudecer. Foi cantando que entrou na eternidade e ao seu redor todas as aves dando-lhe o último adeus! Levaram-no à Porciúncula para as últimas homenagens. Na manhã seguinte, o cortejo foi levado a São Damião onde Clara e suas freiras viram pela última vez o seu pai espiritual. Subindo aos Céus diante do Mestre, dobra os joelhos de emoção! Jesus levanta-o com carinho e ele pede com humildade: - Mestre, se eu mereço a Tua benção, que ela seja dada aos companheiros que ficaram no mundo. Eles carecem da Tua ajuda agora e sempre. -Pergunta ao Mestre: - E Maria, Tua e nossa Mãe Santíssima? Francisco procurou buscá-la, mas não viu a quem tanto amava, recordou o momento do Calvário e apurando os ouvidos espirituais ouve o que foi registrado no Evangelho e que ele mesmo escrevera (Cap.19:26-27):“Vendo Jesus sua mãe, e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí a tua mãe”. Francisco chorou e amparado, Jesus lhe disse:- Meu filho!... Estamos te esperando para novos trabalhos. Cumpriste o teu dever porque viveste o Evangelho na sua mais alta função de humildade, de desprendimento e de Amor. Francisco espírito despede-se de Assis, e vê uma mulher chorando e orando: dentro do seu tórax batia um coração de luz! Era Clara! Viu nela a companheira de outras eras! Pegou suas mãos e beijou-as. Ela sentiu a sua presença espiritual e falou pelo pensamento: “Francisco! Queria ver-te antes de fechar os olhos na Terra, mas Deus não permitiu! Hei de ver-te, brevemente, com eles abertos na espiritualidade! O Amor que nos une sobreviverá em favor dos que sofrem eternidade afora.” Clara sentiu um vento acariciar seu rosto como se fossem as mãos de Francisco e agradeceu ao Senhor pelo prêmio da comunhão espiritual. Cerrou os olhos e viu Francisco acenando-lhe com as mãos em ascensão para o infinito! Francisco regressa à Pátria Espiritual a fim de assumir novos encargos, como Preposto Divino a operar em favor das criaturas. Dois anos após a sua morte, Francisco foi beatificado por Onório IX em 1228. São Francisco de Assis é para nós um ponto de referência de transformação e humildade!

Por Edson Lorenzini
IDOSOS OU VELHOS?

Você se considera uma pessoa idosa, ou velha?
    Acha que é a mesma coisa?    Pois então ouça o depoimento de um idoso de setenta anos:
Idosa é uma pessoa que tem muita idade. Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.
A idade causa degenerescência das células. A velhice causa a degenerescência do espírito. Por isso nem todo idoso é velho e há velho que ainda nem chegou a ser idoso.
Você é idoso quando sonha. É velho quando apenas dorme.
Você é idoso quando ainda aprende. É velho quando já nem ensina.
Você é idoso quando pratica esportes, ou de alguma outra forma se exercita. É velho quando apenas descansa.
Você é idoso quando ainda sente amor. É velho quando só tem ciúmes e sentimento de posse.
Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida. É velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada.
Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs. É velho quando seu calendário só tem ontens.
O idoso é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência. Ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro. E é no presente que os dois se encontram.
Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos, que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão. Para ele, não existe ponte entre o passado e o presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.

O idoso se renova a cada dia que começa; o velho se acaba a cada noite que termina. O idoso tem seus olhos postos no horizonte de onde o sol desponta e a esperança se ilumina.
O velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram. O idoso tem planos. O velho tem saudades. O idoso curte o que resta da vida. O velho sofre o que o aproxima da morte.
O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos. O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.
O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e de esperanças. Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega.
O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam destituídas de sentido. As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso. As rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.
Em resumo, idoso e velho, são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idade bem diferente no coração.
                                        ***
A vida, com suas fases de infância, juventude, madureza, é uma experiência constante.
Cada fase tem seu encanto, sua doçura, suas descobertas. Sábio é aquele que desfruta de cada uma das fases em plenitude, extraindo dela o melhor. Somente assim, na soma das experiências e oportunidades, ao final dos seus anos guardará a jovialidade de um homem sábio.
Se você é idoso, guarde a esperança de nunca ficar velho. 

(Mensagem volante sem menção a autor)
O que aconteceu com os extraterrestres?
A ciência mudou a visão da vida em outros planetas, mas não abandona sua busca
Marta Ricart
Em Barcelona
Faz 25 anos que fomos invadidos por uma ET-mania. O feio e terno extraterrestre do cinema alimentou a quimera de conhecer outros seres de longe da Terra. Nos últimos anos fala-se menos em extraterrestres, mas os cientistas afirmam que nunca deixaram de procurar vida em outros mundos nem renunciam a encontrá-la.

Até que ponto mudou a visão da vida extraterrestre nos últimos 25 anos? "O que mudou é que houve um momento em que a busca pela vida, inteligente ou não, se confundiu com as histórias de óvnis, que tiraram a credibilidade dos estudos. Muitos pesquisadores se retraíram. Mas, sobretudo nos últimos anos, a astrobiologia ganhou força: analisa a origem da vida no universo e onde pode ou poderia havê-la. Depois veremos se é inteligente ou não. Não creio que demore muitos anos para se encontrar algum indício de vida", afirma Jordi Isern, diretor do Instituto de Estudos Espaciais da Catalunha.

 
Divulgação"O que mais mudou é que há 25 anos não existia a tecnologia atual para procurar em outros planetas do sistema solar, nem para detectar planetas extra-solares (de fora do nosso sistema), nem para procurar metano ou oxigênio, indícios de vida", afirma Luis Cuesta, responsável científico pelos telescópios robóticos do Centro de Astrobiologia de Madri. "Hoje conhecemos melhor os padrões de vida terrestre e podemos buscar indícios de vida em outros mundos", acrescenta.

O que acontece, admite Cuesta, é que a cada resposta surgem mais perguntas: o tipo de vida terrestre é o único possível? Haverá vida na zona de habitabilidade das estrelas (um raio ao seu redor com condições que permitam a vida)?

"Na própria Terra somos surpreendidos todos os dias por organismos que vivem em condições extremas (extremófilos)", acrescenta. "Na acidez de Riotinto, em fossas abissais... E quando descobrimos planetas extra-solares vemos que os modelos de nosso sistema não valem. Por exemplo, há planetas de grande tamanho que orbitam muito perto de sua estrela central."

"Hoje continuamos sem provas de que exista vida fora da Terra, mas há planetas e satélites do nosso sistema que são explorados, pois acredita-se que pode ou pôde haver vida, porque haveria água, como em Marte no passado. Poderemos ir mais longe e explorar planetas extra-solares quando melhorar a tecnologia", afirma Agustín Sánchez Lavega, catedrático de ciências planetárias na Universidade do País Basco.

"O primeiro objetivo é encontrar um planeta extra-solar com condições semelhantes às da Terra, por exemplo, de distância em relação a sua estrela central. Cremos que será encontrado em alguns anos", indica Cuesta.

Diante da pergunta de se, dada a imensidão do universo, não seria estranho que só haja vida inteligente na Terra, Isern reconhece que é lógico perguntar isso, mas lembra que já foi colocado pelo paradoxo de Fermi (um dos pais da física moderna): "Se houvesse vida inteligente em outros lugares, se fosse um fenômeno difundido, por que não nos visitaram?"

"Algum dia encontraremos alguma coisa", diz. "Há cálculos de probabilidades que apontam que em 2020 haverá condições", salienta. "Há tantas galáxias, bilhões de estrelas e planetas... É verdade que parece estranho que a Terra seja o único com vida, mas também se pode perguntar: por que é preciso haver vida em outros planetas, já que exige condições complexas?", acrescenta Sánchez Lavega. "Os três elementos básicos da vida são carbono (para formar moléculas complexas), água líquida (que é o melhor solvente dessas moléculas) e alguma forma de energia. E inclusive, apesar de existirem os ingredientes, pode ser que não ocorra vida; em laboratório ainda não se conseguiu criá-la."

Os cientistas buscam vida segundo parâmetros terrestres. Sánchez Lavega afirma que não poderia haver outras formas, pois os 118 elementos químicos conhecidos são os que estão sendo identificados fora da Terra. "Não se encontraram outros, por isso a vida deveria se basear em parâmetros semelhantes aos terrestres", ele diz. É impensável uma vida em que a função do carbono seja feita pelo silício, exemplifica.

Outra coisa, indica, seriam as condições de desenvolvimento dessa vida ou o momento de evolução no universo. Os cientistas lembram que a Terra existe há bilhões de anos e nem sempre teve vida, ou que durante milhões de anos foi habitada por organismos unicelulares. Outros planetas poderiam estar em uma fase como as iniciais da Terra, ou em fases evolutivas milhões de anos à frente, que ignoramos como serão.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves



Malhação de Judas

        As comemorações que antecedem a Páscoa acontecem por toda a semana. Muito mais que festejar o verdadeiro sentido do evento que é a ressurreição, uma grande parte da população se regozija com o consumo de chocolate.
        O sábado da aleluia, que deveria trazer para todos as alegrias espirituais, tem uma tradição popular chamada de malhação do Judas.
        Essa tradição é um verdadeiro exercício de violência e de vingança. A pretexto de malhar, espancar, destruir a figura que representa Judas, o traidor de Jesus, as pessoas buscam vingar o Mestre, fazendo justiça através da explosão de um ódio concentrado. A meninada, incentivada pelos adultos e até pelos pais, fantasia o Judas a ser malhado, colocando nele a figura de políticos corruptos, de pessoas antipáticas e de criminosos a quem gostariam de punir.  
        Dentre os atingidos pela ira popular figuram governantes, criminosos como o casal Nardoni recentemente julgados, o mensalão de Brasília e outras vítimas da sanha de vingança, desejo de matar e de ver sangue, e o Judas é estraçalhado em um poste pela multidão ensandecida. Com isso, acham que estão fazendo justiça e punindo não só aquele que traiu Jesus como todos aqueles que mataram e roubaram.
        O curioso é que esse ato contraria em tudo e por tudo os ensinos do Mestre Jesus, que nos deu exemplos de amor e de perdão.
        Agir como selvagens e voltar ao tempo dos bárbaros não vai certamente levar nossas crianças a se tornarem melhores e aprender a amar e respeitar o semelhante.
        Precisamos evitar que hábitos perniciosos como esses passem a fazer parte obrigatória dos usos e costumes de nosso povo.
        Vamos abolir esse costume bárbaro e ensinar aos nossos filhos e netos que só o amor e o perdão pode fazer com que o nosso planeta deixe de ser violento e triste.

Ary Brasil Marques
SBC, 04/04/2010.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

CRIANÇAS DO NAEEJA NAS AULAS DE DANÇA COM A PROFESSORA SARA:

POR QUE DANÇAR?



  • É uma atividade de aprendizado fácil, rápido, prazeroso, sem restrições referentes a sexo, idade, tipo físico, classe social.
  • É uma atividade de lazer de baixo custo.
  • Estimula a cordialidade, o respeito, e a cooperação.
  • É uma atividade de caráter lúdico, gerando descontração e desinibição.
  • Realizada em grupo, estimula a comunicação e a integração entre os participantes, dentro e fora do ambiente da aula, promovendo a socialização.
  • Desenvolve o sentido de ritmo, a coordenação, o equilíbrio, a lateralidade, a fluência, a percepção espaço-temporal, a expressão corporal, a agilidade, a flexibilidade, o tônus muscular.
  • Melhora a postura.
  • Propicia o desenvolvimento de relações interpessoais.
  • Desenvolve a criatividade.
  • Desenvolve a precisão, o controle do tempo, a concentração, a memória.
  • Por integrar vários domínios humanos, é capaz de fazer a pessoa descobrir e redescobrir sua corporeidade e sensibilidade.
  • Desenvolve a auto-confiança, melhora a auto-estima e a auto-eficácia.
  • Melhora a auto-imagem.
  • No idoso, ajuda a garantir a independência funcional do indivíduo através da melhora da sua força muscular, da mobilidade articular, da velocidade ao andar e do equilíbrio. Melhora a força dos membros inferiores, muito importante para a prevenção de quedas. Melhora a força dos músculos abdominais e lombares, importante para o equilíbrio e no andar.
  • Na criança, auxilia no desenvolvimento psicomotor.
  • Através dela podem ser desenvolvidos programas de promoção de saúde, para o combate ao estresse, redução de peso, tabagismo, hipertensão, diabetes, câncer, entre outros.
  • Pode ser utilizada para proporcionar a socialização, a solidariedade e o respeito a jovens em situação de risco, ajudando na prevenção contra as drogas, a criminalidade, a gravidez precoce.
  •  Pode ser um agente facilitador de uma maior adesão à pratica de outras atividades físicas.
Anete Hannud Abdo
O LIVRO DOS ESPÍRITOS (1857)
Com este livro, a 18 de Abril de 1857, raiou para o mundo a era espírita. Nele se cumpria a promessa evangélica do Consolador, do Paracleto ou Espírito de Verdade. Dizer isso equivale a afirmar que "O Livro dos Espíritos" é o código de uma nova fase da evolução humana. E é exatamente essa a sua posição na história do pensamento. Este não é um livro comum, que se pode ler de um dia para o outro e depois esquecer num canto da estante. Nosso dever é estudá-lo e meditá-lo, lendo-o e relendo-o constantemente.
Sobre este livro se ergue todo um edifício: o da Doutrina Espírita. Ela é a pedra fundamental do Espiritismo, o seu marco inicial. O Espiritismo surgiu com ele e com ele se propagou, com ele se impôs e consolidou no mundo. Antes deste livro não havia Espiritismo e nem mesmo esta palavra existia. Falava-se em Espiritualismo e Neo-Espiritualismo, de maneira geral, vaga e nebulosa. Os fatos espíritas, que sempre existiram, eram interpretados das mais diversas maneiras. Mas, depois que Kardec o lançou à publicidade, "contendo os princípios da doutrina espírita", uma nova luz brilhou nos horizontes mentais do mundo.
Há uma seqüência histórica que não podemos esquecer ao tomar este livro nas mãos. Quando o mundo se preparava para sair do caos das civilizações primitivas, apareceu Moisés, como o condutor de um povo destinado a traçar as linhas de um novo mundo e de suas mãos surgiu a Bíblia. Não foi Moisés quem a escreveu, mas foi ele o motivo central dessa primeira codificação do novo ciclo de revelações: o cristão. Mais tarde, quando a influência bíblica já havia modelado um povo, e quando este povo já se dispersava por todo o mundo gentio, espalhando a nova lei, apareceu Jesus: e das suas palavras, recolhidas pelos discípulos, surgiu o Evangelho.
A Bíblia é a codificação da primeira revelação cristã, o código hebraico em que se fundiram os princípios sagrados e as grandes lendas religiosas dos povos antigos. A grande síntese dos esforços da antiguidade em direção ao espírito. Não é de admirar que se apresente muitas vezes assustadora e contraditória, para o homem moderno. O Evangelho é a codificação da segunda revelação cristã, a que brilha no centro da tríade dessas revelações, tendo na figura do Cristo o sol que ilumina as duas outras, que lança a sua luz sobre o passado e o futuro, estabelecendo entre ambos a conexão necessária. Mas assim como, na Bíblia, já se anunciava o Evangelho, também neste aparecia a predição de um novo código, o do Espírito de Verdade, como se vê em João, XIV. E o novo código surgiu pelas mãos de Allan Kardec, sob a orientação do Espírito de Verdade, no momento exato em que o mundo se preparava para entrar numa fase superior do seu desenvolvimento.
Hegel, em suas lições de estética, mostra-nos as criações monstruosas da arte oriental, - figuras gigantescas, de duas cabeças e muitos braços e pernas, e outras formas diversas, - como a primeira tentativa do Belo para dominar a matéria e conseguir exprimir-se através dela. A matéria grosseira resiste à força do ideal, desfigurando-o nas suas representações. Mas acaba sendo dominada, e então aparecem no mundo as formas equilibradas e harmoniosas da arte clássica. Atingido, porém, o máximo de equilíbrio possível, o Belo mesmo rompe esse equilíbrio, nas formas românticas e modernas da arte, procurando superar o seu instrumento material, para melhor e mais livremente se exprimir. Essa grandiosa teoria hegeliana nos parece perfeitamente aplicável ao processo das revelações cristãs: das formas incongruentes a aterradoras da Bíblia, passamos ao equilíbrio clássico do Evangelho e, deste, à libertação espiritual de "O Livro dos Espíritos".
Cada fase da evolução humana se encerra com uma síntese conceptual de todas as suas realizações. A Bíblia é a síntese da antiguidade, como o Evangelho é a síntese do mundo greco-romano-judaico, e "O Livro dos Espíritos" a do mundo moderno. Mas cada síntese não traz em si tão somente os resultados da evolução realizada, porque encerra também os germes do futuro. E na síntese evangélica temos de considerar, sobretudo, a presença do Messias, como uma intervenção direta do Alto para a reorientação do pensamento terreno. É graças a essa intervenção que os princípios evangélicos passam diretamente, sem necessidade de readaptações ou modificações, em sua pureza primitiva, para as páginas deste livro, como as vigas mestras da edificação da nova era.
(José Herculano Pires, na introdução de O Livro dos Espíritos, edições Lake).
PARCERIA: CRAS E NAEEJA
Preparativos para a Páscoa
Com a proximidade da Páscoa, o Centro de Referência de Assistência Social-CRAS em parceria com o Núcleo Assistencial Educacional Espírita Joanna di Angelis-NAEEJA promoveu curso de chocolate nos dias 21,22,24,25,27 e 28 de março, onde participaram 31 mulheres do Programa de Atenção Integral a Familia-PAIF.
As participantes foram divididas em 3 turmas instruídas pela culinarista Áurea Cartoni.
Durante os dias de curso, as participantes confeccionaram ovos, bombons, truffas e toda produção foi dividida entre as mesmas, tornando dessa maneira, a Páscoa dessas famílias mais doce e recheada. Foram também sorteadas duas cestas de Páscoa, sendo as contempladas: Patrícia Ricci e Roseli Vizone.

FOTO DA 2ª TURMA

O CRAS e o NAEEJA, em nome de suas equipes desejam a todos uma Páscoa abençoada.

*acompanhe o trabalho desenvolvido pelo CRAS através do Orkut buscando por “CRAS São Manuel-SP”

quinta-feira, 14 de abril de 2011

CONHEÇA MELHOR: EUNICE WEAVER

Eunice Weaver: a mãe brasileira dos leprosos

Colaboração de Kleber Halfeld e Noro Ragozo

Nascida Eunice Gabbi no dia 20 de setembro de 1904 em São Manuel, Estado de São Paulo, e desencarnando em 9 de dezembro de 1969, tornou-se Eunice Weaver pelo casamento.
Diversas escolas contribuíram para moldar sua inteligência, formada que era em Jornalismo (Colégio União, de Uruguaiana), Sociologia (Escola Normal, de Piracicaba), Serviço Social (Escola Americana, de Buenos Aires, Argentina) e Filosofia Oriental (Escola de Serviço Social, de Carolina do Norte, Estados Unidos).
Retornando para o Brasil, passou a residir em Juiz de Fora, onde conheceu o professor Charles Anderson Weaver, então reitor do Instituto Grambery, com quem se casou.
Em 1929 o casal fez uma excursão pelo mundo em uma Universidade Flutuante, oportunidade em que Eunice Weaver visitou os maiores institutos e clínicas de tratamento da hanseníase, ampliando consideravelmente os conhecimentos que no Brasil já começara a acumular.
No dia 11 de setembro de 1965, a Câmara Municipal de Juiz de Fora, por indicação do Vereador Pedro de Castro, entregava a Eunice Weaver o título de Cidadã Honorária.
Comentando o importante acontecimento, o “Diário Mercantil”, em sua edição do dia 14, publicava com destaque:

“Foi, sem favor algum, um dos mais justos títulos concedidos pela edilidade de nossa terra, uma vez que a Sra. Eunice Weaver começou seu meritório trabalho em 1935, em nossa cidade, quando fundou a Sociedade de Assistência aos Lázaros e Defesa Contra a Lepra, que ainda até hoje existe e mantém o Educandário Carlos Chagas, que abriga em seu seio filhos de hansenianos para depois estender a campanha pelo território nacional, chegando mesmo a ser figura internacionalmente conhecida, agraciada com comendas das mais importantes, por vários dos mais adiantados países do mundo.”...

Difícil, quase impossível, falar das condecorações que recebeu em conseqüência do trabalho que realizou; das entidades que fundou, quer na área da hanseníase, como de outras, de objetivos também superiores, como o Instituto Brasil - Estados Unidos; das viagens que fez ao Equador, Guatemala, Venezuela, Colômbia, Peru, Paraguai, México, El Salvador, Inglaterra, Japão, Costa Rica, Espanha, Cuba, Estados Unidos e Egito, buscando dilatar seus conhecimentos e transmitir suas experiências; dos títulos de cidadania que recebeu em dezenas de cidades do Brasil; das centenas de artigos – cerca de 500 – que escreveu e que foram publicados pela imprensa nacional e estrangeira; dos cargos de realce que exerceu no decorrer de sua vida!
Entretanto, uma condecoração deve ser citada pela importância de que se revestiu. Trata-se do Troféu Internacional “Damien-Dutton” a ela entregue pelo Conselho de Governadores da Damien-Dutton Society Inc., organização católica sediada em Nova Jersey, Estados Unidos. Esta condecoração escreve Sérgio Marcus Pinto Soares na revista “Voz Missionária, número referente aos meses de janeiro, fevereiro e março de 1971, foi instituída após a desencarnação do padre daquele nome, o primeiro que resolveu separar, em Honolulu, os filhos sadios de pais leprosos, objetivando evitar a disseminação da moléstia. É importante ressaltar que foi a primeira vez que dito prêmio foi concedido na América Latina, e que o Presidente Kennedy somente o recebeu “in memoriam”.
Deixou atrás de si um rastro de luz, traduzido pelo trabalho que desenvolveu em favor do próximo, o que lhe dava autoridade para afirmar como o grande apóstolo dos gentios: - Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé (II Epístola de Paulo a Timóteo, Cap.IV, vers.7).
Eunice Weaver já trouxe da Espiritualidade a indomável vontade de servir ao próximo, de atender ao canto de Gabriela Mistral – Prêmio Nobel de Literatura:

“(...) onde houver uma tarefa que todos recusem, aceita-a tu.
Sê quem tira a pedra do caminho, o ódio dos corações e as dificuldades dos problemas.
Há a alegria de ser sincero e de ser justo; há, porém, mais que isso: a formosa, a imensa alegria de servir.
Como seria triste o Mundo se tudo já estivesse feito, se não houvesse uma roseira para plantar, uma iniciativa para tomar.
Não te seduzam as obras fáceis. É belo fazer tudo que os outros se recusam a executar.” (...)

Na realização da obra que projetou seu nome no cenário internacional aplicou à própria vida uma legenda: - “Amor e Instrução”, correspondendo, embora de forma inconsciente, até o momento em que passou a estudar a Doutrina Espírita, quando teve o ensejo de tomar conhecimento das máximas recomendadas aos seus profitentes, àquela que há mais de um século surgira com a Codificação Kardequiana: -“ Amai-vos” e “Instruí-vos”.

domingo, 10 de abril de 2011

PÁSCOA NO NAEEJA:




Na 6ª feira, dia 8, 18 crianças e adolescentes e, também na 3ª feira, dia 12, 18 crianças e adolescentes estiveram participando da produção de ovos de páscoa e trufas realizadas com a monitora Luciene Galindo. Os participantes ficaram muito felizes com esta oportunidade de aprendizado.
Todos levaram para suas casas o que foi produzido.


O ESPÍRITA E A PÁSCOA
Escrito por Rudymara

Páscoa é uma palavra hebraica que significa "libertação". Com o êxodo, a Páscoa hebraica será a lembrança perpétua da libertação do povo hebreu da escravidão do Egito, através de Moisés. Assumida pelos cristãos, a Páscoa Cristã será a lembrança permanente de que Deus libera seu povo de seus "pecados" (erros), através de Jesus Cristo, novo cordeiro pascal.
O ritual da Páscoa mantém viva a memória da libertação, ao longo de todas as gerações. "Cristo é a nossa Páscoa (libertação), pois Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" - (João, 1:29).

João usou o termo Cordeiro, porque usava-se na época de Moisés, sacrificar um cordeiro para agradar á Deus. Portanto, dá-se a idéia de que, Deus sacrificou Jesus para nos libertar dos pecados. Mas para nos libertarmos dos "pecados", ou seja, dos erros, devemos estar dispostos a contribuir, utilizando os ensinamentos do Cristo como nosso guia. Porque Jesus não morreu para nos salvar; Jesus viveu para nos mostrar o caminho da salvação.

Esta palavra "salvação", segundo Emmanuel, vale por "reparação", "restauração", "refazimento".

Portanto, "salvação" não é ganhar o reino dos céus; não é o encontro com o paraíso após a morte; salvação é "libertação" de compromisso; é regularização de débitos. E, fora da prática do amor (caridade) de uns pelos outros, não seremos salvos das complicações criados por nós mesmos, através de brigas, violência, exploração, desequilíbrios, frustrações e muitos outros problemas que fazem a nossa infelicidade.

Portanto, aproveitemos mais esta data, para revermos os pedidos do Cristo, para "renovarmos" nossas atitudes. Como disse Celso Martins, no livro "Em busca do homem novo”: "Que surja o homem NOVO a partir do homem VELHO. Que do homem velho, coberto de egoísmo, de orgulho, de vaidade, de preconceito, ou seja, coberto de ignorância e inobservância com relação às leis Morais, possa surgir, para ventura de todos nós, o homem novo, gerado sob o influxo revitalizante das palavras e dos exemplos de Jesus Cristo, o grande esquecido por muitos de nós, que se agitam na presente sociedade tecnológica, na atual civilização dita e havida como cristã.

Que este homem novo seja um soldado da Paz neste mundo em guerras. Um lavrador do Bem neste planeta de indiferença e insensibilidade. Um paladino da Justiça neste orbe de injustiças sociais e de tiranias econômicas, políticas e/ou militares. Um defensor da Verdade num plano onde imperam a mentira e o preconceito tantas e tantas vezes em conluios sinistros com as superstições, as crendices e o fanatismo irracional.

Que este homem novo, anseio de todos nós, seja um operário da Caridade, como entendia Jesus: Benevolência para com todos, perdão das ofensas, indulgência para com as imperfeições alheias."

Por isso, nós Espíritas, podemos dizer que, comemoramos a páscoa todos os dias. A busca desta "libertação" e/ou "renovação" é diário, e não somente no dia e mês pré determinado. Queremos nos livrar deste homem velho. Que ainda dá maior importância para o coelhinho, o chocolate, o bacalhau, etc., do que renovar-se. Que acha desrespeito comer carne vermelha no dia em que o Cristo é lembrado na cruz. Sem se dar conta que o desrespeito está em esquecer-se Dele, nos outros 364 dias do ano, quando odiamos, não perdoamos, lesamos o corpo físico com bebidas alcoólicas, cigarro, comidas em excesso, drogas, sexo desregrado, enganamos o próximo, maltratamos o animal, a natureza, quando abortamos, etc. Aliás, fazemos na páscoa o que fazemos no Natal. Duas datas para reflexão. Mas que confundimos, infelizmente, com presentes, festas, comidas,...
Portanto, quando uma instituição espírita se propõe a distribuir ovos de páscoa aos carentes não significa que esteja comemorando esse dia, apenas está cumprindo o preceito de caridade, distribuindo um pouco de alegria aos necessitados.

Aspectos históricos dos ovos de páscoa

Na antigüidade os egípcios e persas costumavam tingir ovos com cores da primavera e presentear os amigos. Para os povos antigos o ovo simbolizava o nascimento. Por isso, os persas acreditavam que a Terra nascera de um ovo gigante.
Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição, o nascimento para uma nova vida. Nos países da Europa costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos e doá-los aos amigos. Em outros, como na Alemanha, o costume era presentear as crianças. Na Armênia decoravam ovos ocos com figuras de Jesus, Nossa Senhora e outras figuras religiosas.
Os ovos não eram comestíveis, como se conhece hoje. Era mais um presente original simbolizando a ressurreição como início de uma vida nova. A própria natureza, nestes países, renascia florida e verdejante após um rigoroso inverno.
Em alguns lugares as crianças montam seus próprios ninhos e acreditam que o coelhinho da Páscoa coloca seus ovinhos. Em outros, as crianças procuram os ovinhos escondidos pela casa, como acontece nos Estados Unidos.
Antigamente, me lembro, há mais de 20 anos, o costume era enfeitar e pintar ovos de galinha, sem gema e clara, e recheá-los com amendoim revestido com açúcar e chocolate. Os ovos de Páscoa, como conhecemos hoje (de chocolate), era produto caro e pouco abundante.
De qualquer forma o ovo em si simboliza a vida imanente, oculta, misteriosa que está por desabrochar.
A Páscoa é a festa magna da cristandade e por ela celebramos a ressurreição de Jesus, sua vitória, sua morte e a desesperança (Rm 6.9). É a festa da nova vida, a vida em Cristo ressuscitado. Por Cristo somos participantes dessa nova vida (Rm 6.5).

O chocolate

Essa história tem seu início com as civilizações dos Maias e Astecas, que consideravam o chocolate como algo sagrado, tal qual o ouro. Os astecas usavam-no como moeda.
Na Europa aparece a partir do século XVI, tornando-se popular rapidamente. Era uma mistura de sementes de cacau torradas e trituradas, depois juntada com água, mel e farinha. O chocolate, na história, foi consumido como bebida. Era considerado como alimento afrodisíaco e dava vigor. Por isso, era reservado, em muitos lugares, aos governantes e soldados. Os bombons e ovos, como conhecemos, surgem no século XX.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

LIVRO DO MÊS:
O pequeno laboratório de Deus
 
 
Filho de escravos, aquele mirrado menino negro não era muito diferente de tantos outros que têm nascido mundo afora, exceto porque tinha um sonho, pelo qual doou sua vida: o de lutar pela sua gente. Contrariando todos os prognósticos, George Washington Carver tornou-se um dos maiores cientistas do mundo.
O autor Herminio C. Miranda mostra-nos que Carver não cortejou a fama, não buscou a glória e jamais cogitou de passar como herói. Ele apenas quis viver o sonho bom de servir a sua gente e ao seu tempo. Mas é, sim, um herói, pois herói é aquele que nem percebe que o é.
CONHEÇA MELHOR
Joanna de Ângelis, o anjo da nossa vida

A coluna ‘Conheça Melhor’ trará em cada edição um pouquinho da história de uma personalidade querida. E ninguém melhor do que Joanna de Ângelis para estrear este espaço. Saiba quem foi ela e a linda lição de vida que envolve sua história.

Ao perguntarmos aos trabalhadores de nosso centro espírita sobre Joanna, ouviremos: “Um espírito que irradia ternura, saber e, ao mesmo tempo em que nos acaricia com sua vibração, nos chama ao trabalho e à disciplina”. As vidas de nossa mentora pelas estradas da evolução encontram experiências lindas pelos séculos! Citando sucintamente, Joanna viveu nos tempos de Jesus como esposa de Cusa, alto funcionário de Herodes. Obteve a cura por meio de Jesus e buscou segui-lo, sendo por Ele orientada. Entregou-se de corpo e alma à maternidade e ao esposo. E com a morte deste, trabalhou para sustentar o filho como verdadeira cristã. Em 27 de agosto de 68, foi sacrificada com o filho em uma fogueira por se negar a abjurar sua fé em Jesus. Referências de Joana de Cusa estão em Lucas, cap. 8:2,3 no relato em que Joana foi uma das mulheres seguidoras de Jesus e que fora curada por Ele, junto com Maria Madalena, Suzana e muitas outras. No capítulo 24:10, Joana é mencionada entre as mulheres que na manhã de Páscoa encontraram vazio o sepulcro de Jesus. O espírito Humberto de Campos em psicografia a Chico Xavier relata a vida de Joana de Cusa no capítulo 15 do livro Boa Nova. Séculos depois, Joanna volta à Terra na época de Francisco de Assis (1182-1226). Há relatos de ter sido uma das seguidoras de Clara de Assis. A sensível admiração de Joanna por Francisco de Assis nos demonstra que talvez haja uma ligação maior do que nos é permitido saber. Em relação a isto, tudo que se disser será especulação. E aquilo que servir para nosso crescimento e aproveitamento moral nos será revelado no momento certo. Em 1651 (séc. XVII) renasce no México como Juana Asbaje Y Ramirez Santillana. Aos 5 anos já fazia versos. Aos 12, Juana aprendeu latim e português. Na Corte encantava a todos pela beleza, inteligência, por suas poesias, ensaios e peças. A sede de saber transcendia e, para dedicar-se a estudos profundos e compreender a Deus, ingressou no Convento das Carmelitas Descalças, aos 16 anos. Dedicou-se às letras e à ciência, tomando o nome de Sóror Juana Inés de La Cruz, na então Ordem de São Jerônimo da Conceição. Cercada de livros e instrumentos científicos, Juana estudou e escreveu. Sempre visitada por intelectuais, conhecida como ‘a monja da biblioteca’, era admirada pelos escritos que foram popularizados entre religiosos, estudantes e mestres de universidades. Defende o direito de a mulher ser capaz de lecionar e pregar livremente. Desencarna aos 44 anos pela epidemia de peste, no auxílio às irmãs. Em 1761 vem ao mundo, filha de rica família, em Salvador. Aos 21 anos ingressa como franciscana no Convento da Lapa, com o nome de Sóror Joana Angélica de Jesus, Irmã das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição. Foi irmã, escrivã e vigária, até que em 1815, torna-se Abadessa. Em 20 de fevereiro de 1822, defendendo corajosamente o Convento e a honra das jovens que ali moravam, foi assassinada por soldados que lutavam contra a Independência do Brasil. É considerada por nossa nação brasileira como mártir da Independência. Joanna também integra a equipe do Espírito ‘O Evangelho Segundo o Espiritismo’ há mensagens de Joanna, assinadas como Um Espírito Amigo: No Cap. IX, item 7, ‘A Paciência’ e no Cap. XVIII, itens 13 e 15, ‘Dar-se-á Àquele que Tem’. No mundo Espiritual, Joanna estagia numa linda região, o Campanário, localizada próxima à Crosta terrestre, de onde traz orientações e direcionamento aos seus seguidores. Aqui da Terra, aproveitamos esta pequena homenagem para, mais uma vez, agradecer nossa querida mentora pelos ensinamentos e por seu imenso amor.
                                                                
Por Nívea Vogel Segato

HISTÓRIA DE EVANGELIZAÇÃO‏:

"A árvore triste"
Créditos: Ilustrações de Maria Rodrigues do Amaral – a “Tia Angelina


Certa vez, existiu uma árvore que vivia sempre triste, porque de seus galhos jamais havia brotado uma flor.
Só folhas. Uma abelhinha aproximou-se dela cantando:
                    
     - Zumm...zumm...zumm...Que árvore feia! Só tem folhas! E as flores, onde estão?
Sua companheira observou:
         - Aqui não fico, pois preciso levar um pouco de mel para minha colméia.
Vocês sabem o que é uma colméia?
     É a casinha das abelhas.       
     É ali que elas moram e fabricam o tão preciso mel.
     As abelhinhas são trablhadeiras, retiram o néctar das flores, que é um docinho que todas elas possuem.
            Depois levam esse néctar para a colméia e ali o depositam. Hoje, amanhã, depois...E vão formando o mel tão saboroso.
            Como é gostoso um favo de mel!
            Bem, voltemos à nossa história.
A abelhinha continuou:
            - Como esta árvore não tem flores, vou-me embora.
Chegou em seguida, uma linda borboleta e, voando em torno da árvore, comentou:
       - Como é triste esta árvore! Não tem nenhuma flor! As flores é que alegram a vida...
Vocês sabiam que as borboletas põem ovinhos nas folhas das plantas, e desses ovinhos nescem uma porção de lagartas que um dia se transformam em lindas borboletas?
Como é maravilhosa a natureza!
Vieram também alguns passarinhos, mas não gostaram de fazer seus ninhos na árvore sem flores, por isso não ficaram lá.
A noite já vinha chegando, quando um menininho se aproximou da árvore.
          - Estou tão cansado que vou me deitar debaixo dessa árvore, disse o pequeno.
          Deitou e dormiu.
A árvore, no seu silêncio, pensou: "Como ele está cansado...Deve estar sentindo frio! Vou derrubar minhas folhas sobre ele, para lhe servirem de agasalho, assim ele não sentirá tanto frio."
Quando amanheceu, o menino acordou e disse admirado:
           - Que vejo? Quantas folhas! Dormi tão bem...Como essa árvore é boa e generosa! Agasalhou-me com suas folhas!
           O menininho, muito agradecido, disse a árvore:
           - Você terá sua recompensa: vou transformá-la na árvore mais bela e alegre deste lugar.
E continuou:
       - Árvore, de hoje em diante, de seus galhos brotarão flores multicores, para que todos se sintam felizes!
Voltaram as abelhinhas, a borboleta e os passarinhos, e todos disseram:
       - Como está bonita, perfumada e alegre! Você é a árvore mais linda que existe! Viremos sempre visitá-la!
E todos cantaram junto com as flores...

(OBS: Ao professor caberá acrescentar comentários mostrando a natureza como obra de Deus e ainda o respeito que devemos a ela.)

O que é o Espiritismo?

Doutrina Espírita ou Espiritismo

O que é? 
  • É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec, que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.
  • “O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.” Allan Kardec (O que é o Espiritismo? – Preâmbulo)
  • “O Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador Prometido: conhecimento das coisas, fazendo com que o homem saiba de onde vem, para onde vai e porque está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.” Allan Kardec (O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap. VI – 4)
O que revela 
  • Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida.
  • Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento.
Sua abrangência
  • Trazendo conceitos novos sobre o homem e tudo o que o cerca, o Espiritismo toca em todas as áreas do conhecimento, das atividades e do comportamento humano, abrindo uma nova era para a regeneração da humanidade.
  • Pode e deve ser estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional e social.
Seus ensinamentos fundamentais 
  • Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.
  • O universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais.
  • Além do mundo corporal, habitação dos espíritos encarnados, que são os homens, existe o mundo espiritual, habitação dos espíritos desencarnados.
  • No universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.
  • Todas as leis da natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leis físicas, como as leis morais.
  • O homem é um espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo semimaterial que une o espírito ao corpo material.
  • Os espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o Mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo. São criados simples e ignorantes, e evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.
  • Os espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação e reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias, ao seu próprio aprimoramento, evoluindo sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso intelectual e moral depende dos esforços que façam para chegar à perfeição.
  • Os espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos Imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores.
  • As relações dos espíritos com os homens são constantes e sempre existiram. Os Bons Espíritos nos atraem para o bem, sustentam-nos nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos induzem ao erro.
  • Jesus é o guia e modelo para toda a humanidade. E a doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.
  • A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.
  • O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas consequências de suas ações.
  • A vida futura reserva aos homens penas e gozos, compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.
  • A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural e é o resultado de um sentimento inato no homem, assim como é inata a ideia da existência do Criador.
  • A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia Bons Espíritos para assisti-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.
PRÁTICA ESPÍRITA

Toda a prática espírita é gratuita, como orienta o princípio moral do Evangelho: “Dai de graça o que de graça recebestes”.

A prática espírita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.

O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.

O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo, a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.

A mediunidade, que permite a comunicação do s espíritos com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem.

Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã.

O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.

                         “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.”

                          “Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da humanidade.”
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O estudo das obras de Allan Kardec é fundamental para o correto conhecimento da Doutrina Espírita.