quinta-feira, 8 de setembro de 2011

EM LOUVOR AO IRMÃO SOL

Quando chegaste à Terra, a noite medieval espalhava o terror, mantendo a ignorância em predomínio de que se locupletavam os poderosos para esmagar os camponeses e os citadinos pobres.
Havia superstição e medo em toda parte, caminhando a humanidade sob o estigma do pecado e do vício que eram punidos com impiedade.
Tu chegaste e apresentaste a Verdade, que nunca mais deixou de iluminar a sociedade.
Existiam a perversidade sem disfarce e a discriminação de todo tipo,
havendo-se tornado o homem o lobo do homem, assim ficando desprezível.
Na tua simplicidade santa cantaste o hino de louvor a todas as criaturas, chamando-as docemente de irmãs.
Permanecia epidêmico o ódio, que espalhava o bafio pestilento das guerras intérminas, deixando os campos juncados de cadáveres que apodreciam a céu aberto…
Tua voz, suave e meiga, entoou, então, o canto da paz, e te fizeste o símbolo da verdadeira fraternidade que um dia se estenderá por toda a Terra.
As epidemias dizimavam os seres humanos, reduzidos a hilotas do destino insano, dentro da terrível fatalidade do sofrimento sem termo.
A fé religiosa com a sua pompa extravagante amparava-se nos fortes e os ajudava a perseguir e malsinar os fracos, mas tu tiveste a coragem de despir-te das sedas e brocados do teu pai, desnudanto-te, para nascer novamente, dedicando-te, a partir daquele momento, aos leprosos de Rivotorto…
No início do teu ministério, quando se aproximaram os primeiros servidores do Amor, riscaste no chão uma cruz e enviaste-os aos quatro pontos cardeais do mundo, para que todos conhecessem o Sol de Primeira Grandeza. Enquanto Ele os houvera enviado dois a dois, tiveste a coragem de os encaminhar a sós, porque sabias que Ele seria o companheiro inseparável daqueles abençoados heróis do amor em todos os seus momentos.
Num período em que a fé religiosa inspirava pavor, aqueles que se consideravam representantes de Deus no mundo, distanciando-se cada vez mais das ovelhas que deveriam pastorear, tomaste a vestimenta de ovelha branda e reuniste aquelas desgarradas, formando um novo rebanho…
Nos teus dias, e mesmo um pouco depois, ninguém te resistia a presença, a voz, a vibração de inefável amor…
Nem mesmo o lobo feroz de Gúbio ou as andorinhas gárrulas, que te perturbavam a canção de amor, quando cantavas aos ouvidos atentos dos sofredores no altar da Natureza, fazendo-as calar-se.
No forte verão, quando tinhas a vista queimada pelo ferro em brasa e estavas ao ar livre, percebeste pelo zumbido das abelhas que lhes faltavam pólem e flores para fabricar mel. Não trepidaste em solicitar à tua irmã Clara que providenciasse do monastério o alimento para aquelas irmãzinhas laboriosas…
Quem se atreveu a comportar-se dessa forma, depois dEle, a quem tanto amaste, a ponto de imitá-lO em todos os teus momentos, a partir do instante em que Ele te chamou para a reedificação da Sua igreja moral que estava em escombros?
Oh! Irmão Cantor dos desesperados e esquecidos!
O mundo moderno, rico de glórias ligeiras e pobre de sentimentos, orgulhoso das suas conquistas rápidas, mas que não nota a imensa aflição em que estorcegam as multidões famintas e excluídas da sua sociedade, vivendo uma insuperável noite de horror e de incertezas, necessita de ti com muita urgência.
Nunca houve tanta carência de amor quanto agora, por isso, o teu canto virá diminuir a angústia que se transformou em patética afligente na Terra sofredora.
Há, sem dúvida, grandezas que defluem da ciência e da tecnologia, mas a solidão, a ansiedade, o medo e as incertezas, todos eles filhos do materialismo insensível produzem o vazio existencial, os transtornos psicológicos graves, as doenças psicossomáticas, a loucura pelas drogas, pelo alcoolismo, pelo tabaco, pelo sexo desvairado, levando suas
vítimas à fuga pelo suicídio injustificável.
Volta, Irmão Francisco, para novamente reunir as tuas criaturas, todas elas à tua volta como fizeste naqueles dias já recuados, conduzindo-as a Jesus.
Novamente convoca os teus irmãos Leão, Rufino, Chapéu, assim como aqueloutros que contigo construíram o mundo que te escuta há oitocentos anos, mas não tem coragem hoje de seguir-te os passos.

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Quantos te abandonaram após a tua volta ao Grande Lar?!
Ainda escutamos o silêncio da deserção deles na turbulência das atrações de onde haviam saído e para onde retornaram com avidez…
Eles estão novamente, na Terra, aturdidos, saudosos, aguardando a tua voz que conhecem e não conseguem esquecer.
A tua Assis querida agora está ampliada além das muralhas em que se resguardava, e a sociedade em agonia deseja pertencer-lhe à cidadania.
Há música no ar, silêncio nos corações e lágrimas nos olhos de quase todas as criaturas destes dias de inquietações e de incertezas.
Em decorrência, há uma grande expectação denunciando a espera…
Volta, por favor, Irmão Alegria, a fim de que a tristeza do desamor bata em retirada e uma primavera de bênçãos tome conta de tudo.
O céu azul que te agasalhou e os campos verdes com lavanda perfumada que os teus pés feridos pisavam, continuam aguardando-te.
Há multidões que te vêm louvar, bulhentas e festivas, mas indiferentes ao teu chamado, sem valor para te seguir.
Canta, então, novamente, a tua oração simples, com que nos brindaste naqueles dias inesquecíveis, e onde houver desespero faze que se manifestem a paz e a esperança, e ante a ameaça da morte iminente, o ser ressurja em júbilos ante as certezas da ressurreição, porque é morrendo que se vive para sempre.
Irmão Sol, a grande noite moral da atualidade te aguarda ansiosa!

Joanna de Angelis

(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na
tarde do dia 3 de junho de 2009, junto à tumba de S. Francisco, ao
lado de diversos amigos, em Assis, Itália.)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011


Eunice Weaver: a mãe brasileira dos leprosos

Colaboração de Kleber Halfeld e Noro Ragozo

Nascida Eunice Gabbi no dia 20 de setembro de 1904 em São Manuel, Estado de São Paulo, e desencarnando em 9 de dezembro de 1969, tornou-se Eunice Weaver pelo casamento.
Diversas escolas contribuíram para moldar sua inteligência, formada que era em Jornalismo (Colégio União, de Uruguaiana), Sociologia (Escola Normal, de Piracicaba), Serviço Social (Escola Americana, de Buenos Aires, Argentina) e Filosofia Oriental (Escola de Serviço Social, de Carolina do Norte, Estados Unidos).
Retornando para o Brasil, passou a residir em Juiz de Fora, onde conheceu o professor Charles Anderson Weaver, então reitor do Instituto Grambery, com quem se casou.
Em 1929 o casal fez uma excursão pelo mundo em uma Universidade Flutuante, oportunidade em que Eunice Weaver visitou os maiores institutos e clínicas de tratamento da hanseníase, ampliando consideravelmente os conhecimentos que no Brasil já começara a acumular.
No dia 11 de setembro de 1965, a Câmara Municipal de Juiz de Fora, por indicação do Vereador Pedro de Castro, entregava a Eunice Weaver o título de Cidadã Honorária.
Comentando o importante acontecimento, o “Diário Mercantil”, em sua edição do dia 14, publicava com destaque:

“Foi, sem favor algum, um dos mais justos títulos concedidos pela edilidade de nossa terra, uma vez que a Sra. Eunice Weaver começou seu meritório trabalho em 1935, em nossa cidade, quando fundou a Sociedade de Assistência aos Lázaros e Defesa Contra a Lepra, que ainda até hoje existe e mantém o Educandário Carlos Chagas, que abriga em seu seio filhos de hansenianos para depois estender a campanha pelo território nacional, chegando mesmo a ser figura internacionalmente conhecida, agraciada com comendas das mais importantes, por vários dos mais adiantados países do mundo.”...

Difícil, quase impossível, falar das condecorações que recebeu em conseqüência do trabalho que realizou; das entidades que fundou, quer na área da hanseníase, como de outras, de objetivos também superiores, como o Instituto Brasil - Estados Unidos; das viagens que fez ao Equador, Guatemala, Venezuela, Colômbia, Peru, Paraguai, México, El Salvador, Inglaterra, Japão, Costa Rica, Espanha, Cuba, Estados Unidos e Egito, buscando dilatar seus conhecimentos e transmitir suas experiências; dos títulos de cidadania que recebeu em dezenas de cidades do Brasil; das centenas de artigos – cerca de 500 – que escreveu e que foram publicados pela imprensa nacional e estrangeira; dos cargos de realce que exerceu no decorrer de sua vida!
Entretanto, uma condecoração deve ser citada pela importância de que se revestiu. Trata-se do Troféu Internacional “Damien-Dutton” a ela entregue pelo Conselho de Governadores da Damien-Dutton Society Inc., organização católica sediada em Nova Jersey, Estados Unidos. Esta condecoração escreve Sérgio Marcus Pinto Soares na revista “Voz Missionária, número referente aos meses de janeiro, fevereiro e março de 1971, foi instituída após a desencarnação do padre daquele nome, o primeiro que resolveu separar, em Honolulu, os filhos sadios de pais leprosos, objetivando evitar a  disseminação da moléstia. É importante ressaltar que foi a primeira vez que dito prêmio foi concedido na América Latina, e que o Presidente Kennedy somente o recebeu “in memoriam”.
        Deixou atrás de si um rastro de luz, traduzido pelo trabalho que desenvolveu em favor do próximo, o que lhe dava autoridade para afirmar como o grande apóstolo dos gentios: - Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé (II Epístola de Paulo a Timóteo, Cap.IV, vers.7).
Eunice Weaver já trouxe da Espiritualidade a indomável vontade de servir ao próximo, de atender ao canto de Gabriela Mistral – Prêmio Nobel de Literatura:

“(...) onde houver uma tarefa que todos recusem, aceita-a tu.
Sê quem tira a pedra do caminho, o ódio dos corações e as dificuldades dos problemas.
Há a alegria de ser sincero e de ser justo; há, porém, mais que isso: a formosa, a imensa alegria de servir.
Como seria triste o Mundo se tudo já estivesse feito, se não houvesse uma roseira para plantar, uma iniciativa para tomar.
Não te seduzam as obras fáceis. É belo fazer tudo que os outros se recusam a executar.” (...)       
      
Na realização da obra que projetou seu nome no cenário internacional aplicou à própria vida uma legenda: - “Amor e Instrução”, correspondendo, embora de forma inconsciente, até o momento em que passou a estudar a Doutrina Espírita, quando teve o ensejo de tomar conhecimento das máximas recomendadas aos seus profitentes, àquela que há mais de um século surgira com a Codificação Kardequiana: -“ Amai-vos”  e “Instruí-vos”

A prática do aborto

“Hoje vim aqui para cuidar de um assunto que me foi incumbido pelos mentores deste trabalho. Estou em tratamento, recuperando-me em uma cidade transitória próxima deste orbe e tive uma experiência de vida que não desejaria para o meu pior inimigo.
Fui uma mulher abastada em minha última existência terrena. Trabalhava meus dons intelectuais de forma digna até parte de minha vida, quando uma oportunidade me acenou para uma situação de mais posses. Só que para isso eu teria que burlar as leis de Deus.
Desempenhava a profissão de enfermeira prática em uma conceituada clínica, numa grande cidade brasileira. Tinha o respeito dos meus colegas, pois naquela época não se dispunha de muitas escolas de enfermagem no país e as profissionais eram respeitadas pela boa prática de sua profissão, adquiridas muito mais pelo dom de que algumas eram aquinhoadas desde a mocidade. Assim foi comigo, que desde cedo manifestei afinidade pela prática do cuidado aos enfermos.

Com mais ou menos 10 anos de vida dedicados à prática do bem, no desempenho de minha profissão com responsabilidade e amor, me deparei com um convite para trabalhar em um serviço particular onde se praticaria o aborto. A princípio aquilo me pareceu estranho, mas logo a oferta de melhores condições de vida material em curto espaço de tempo me fez esquecer os ensinos morais que me foram dados por minha mãe, na sua incansável tarefa de falar do catecismo católico. Lembrei-me de que falara muitas vezes que evitar a vinda de um ser era terrível crime.  Entretanto, minha consciência embotou-se deliberadamente pelo amor ao vil metal e logo eu estava morando em grande casa, vivendo uma vida de abastança, proporcionada por ganhos materiais que vinham da prática criminosa.
O dono do estabelecimento deu a mim toda a gerência do negócio e, além de administrar a casa, eu era o principal instrumento da estranha prática. Por mais de quinze anos pratiquei o aborto em milhares de mulheres. Ricas e pobres, jovens e maduras. Todas com a intenção de interromper o santo ato do nascimento. Algumas inconscientes do que faziam, pois eram trazidas por suas mães, senhoras da sociedade, querendo encobrir a vergonha de ver suas filhas gerando filhos de pais desconhecidos e indesejáveis socialmente. A maioria, entretanto, embora casadas, ao cometer o adultério geravam filhos do erro, não querendo com isso manchar seu próprio nome. Achavam que praticando o aborto livrar-se-iam do problema. E assim foi por longos anos.

Um dia, ainda jovem, doença fatal acometeu-me, levando-me ao leito de morte em menos de 5 anos. Durante o tempo em que permaneci doente recebi muita solidariedade dos meus cúmplices, pois nessa vida de marginal eu aquilatara muitos "amigos". Claro, amigos que "amavam-me" porque eu sabia de seus segredos. Em meu desespero por ver próxima a morte, refleti enormemente sobre meus atos. Um dia, gentil senhora, amiga de minha mãe, visitou-me trazendo em mãos um exemplar do Novo Testamento. Ali, aos 47 anos de idade, entrei em contato com o conhecimento da verdade pela primeira vez. Chorei amargamente nos meus últimos dias de vida, pois só vim a despertar para os valores da alma nos últimos 6 meses de minha existência terrena.

Ao deixar o corpo já tinha consciência dos meus débitos e de quanto sofreria no mundo espiritual. E assim permaneci por longos anos, com extremo remorso em meu peito, envolvida em pesadas nuvens de vibrações deletérias a adornar-me a alma. Por muito tempo permaneci assim. Punia-me por conta de minha grande vergonha. Não compreendia que a minha atitude mental levava-me a ser prisioneira de mim mesma. Orava, mas penitenciando-me, querendo permanecer naquela situação achando que ficaria ali eternamente, a purgar para sempre meu pecado.
Um dia, ao elevar meu pensamento aos céus, vi tênue luz a aproximar-se de mim. Era a senhora que me presenteara com o Evangelho de Jesus. Chorei copiosamente e adormeci ali mesmo para acordar mais tarde em leito limpo e ambiente harmonioso, com ela a velar-me o sono. Chamava-se Dalva. Instruía-me sobre os dons da vida e sobre todas as vidas que havia ceifado irresponsavelmente. Falo a todos desta casa da grande responsabilidade que assumimos ao entrar na vida. Não só o aborto é grave crime, mas todos os outros que ferem as leis divinas.
Sofrem os aborteiros como eu, da mesma forma que sofrem os suicidas, os assassinos, os adúlteros, os ladrões. Enfim, os que de uma forma ou de outra fazem deliberadamente o mal para locupletar-se com os bens materiais que ele proporciona. Em tudo está o egoísmo e orgulho da criatura que cava o próprio destino, estimulado pelas tortas linhas de conduta materialista, ensinando que nada mais resta além da morte. Triste engano que leva pessoas como eu a caminhos tortuosos de sofrimentos no futuro". - Um Espírito endividado.

Espírito: Um Espírito endividado
SEEAK
São Luís, MA

Aylton Paiva 
paiva.aylton@terra.com.br

Nestes dias tenho viajado a bordo da estação espacial internacional – ISS, em
companhia do astronauta brasileiro Marcos Pontes.
Estamos em um pequeno compartimento da Estação, Marcos olha pela janelinha
e contempla o maravilhoso globo azul que gira no espaço.
Mais além milhares e milhares de pontos cintilantes em contraste com um fundo
negro assinalam planetas, sóis, constelações e galáxias.
Seus pensamentos começam a fluir.
-   Olho para a Terra ao meu lado e percebo quão frágil é o nosso corpo,
um simples ser humano, perante uma enorme esfera azul.
Essa idéia dispara um sentimento estranho. Imediatamente se dissipam no
ar alguns dos nossos grandes paradigmas da vida.
Deixo a imaginação “vagar”, solta em uma corrente de pensamento difíceis
de avaliar sob um prisma lógico.
Evito julgar qualquer dos seus aspectos pelos nossos critérios e restrições do
consciente. É como se eu estivesse em um transe, perdendo o sentido da realidade.
“De que vale poder, dinheiro, fama e outras coisas do tipo? Nós não possuímos
nada, realmente nada, deste universo; ao contrário somos apenas parte dele. Como pode haver tanta discriminação, ódio, guerras, discórdia e divisões nesse planeta? Isto é ser inteligente? E o que pensam aqueles arrogantes?  Aqueles que se acham no direito de falar mal dos outros e agir como se fossem superiores? Todos nós somos insignificantes. Ninguém é melhor do que ninguém.Somos uma simples espécie sobrevivendo na superfície desse planeta apenas por uma “fração de segundo” na escala de tempo do universo. Mesmo assim, com a nossa ilusão de conhecimento e a ânsia de controlar o ambiente à nossa volta, estamos destruindo nosso único lar. Isso é ser inteligente?” (1)
Essas reflexões de  Marcos Pontes são muito importantes.
Ali está a criança, o jovem, o homem nascido em Bauru, de família pobre, criado
na Vila Bela Vista que, já aos quatorze anos trabalhava como eletricista nas oficinas da antiga Estrada  de Ferro da Noroeste.
Estudou em escola do SESI e profissionalmente cursou escola do SENAI.
Seu sonho sempre foi voar.
Quando expunha seus “planos” de ser piloto de avião, a resposta de muitos
dos seus colegas era:
- Oh Marcos, qual é? Você é pobre e não tem dinheiro para pagar um curso
tão caro como esse.
Ele superou esse obstáculo e muitos outros.
Fez o curso de piloto na Academia da Aeronáutica.
Cursou engenharia da aeronáutica do Instituto Tecnológico da Aeronáutica.
Como candidato concorreu com muitos outros para a primeira vaga de
astronauta brasileiro.
Estudou, vivenciou e lutou dez anos para conseguir fazer o seu primeiro vôo
ao espaço, para a estação orbital internacional.
Tinha um lema: definir objetivo, planejar sua execução, persistir até a realização.
30 de março de 2006 voava para a Estação Espacial Internacional.
Sua mãe ensinou-lhe: não desista de seus sonhos!
Volto a “ouvir” os pensamentos de Marcos:
-“ Nós também representamos o mesmo paradoxo: somos insignificantes e
especiais ao mesmo tempo.
O Universo está no princípio, no agora e no final; está aqui e em todos os lugares ao mesmo tempo. Todos somos feitos das mesmas coisas; somos as mesmas coisas.
Cada um de nós é parte do todo chamado universo; cada um de nós “é  universo”;
uma manifestação do universo, neste lugar, neste instante. O universo está dentro
de nós; e todos somos interligados por isso... (2)
Tocou a campanhainha. Precisava atender.
Momentaneamente parei de “ouvir” o Marcos em suas maravilhosas e profundas reflexões.
O homem fora da Terra relatava a grandiosidade das nossas vidas, do nosso planeta e do Universo.
Fechei o livro: Missão Cumprida.
Fui atender ao chamado, imerso, também, em profundas reflexões: quem somos?
De onde viemos? Para onde iremos?

Bibliografia:
(1) e (2)  Missão Cumprida. A História da Primeira Missão Espacial Brasileira.
Pontes, Marcos. ( págs. 312 e 313). Ed. Michilliard, 1ª edição 2011.