quinta-feira, 30 de agosto de 2012

MUDANÇAS MORAIS

 “Em momentos de desespero e aflição, sois levados pelas vossas imperfeições a ficar ávidos por encontrar soluções urgentes, que vos tornarão libertos dos sofrimentos terrenos. Sabeis, no entanto, a validade destes ensinamentos para vós, Espíritos rumo à perfeição. Não podereis alcançar grandes luzes, se não empreenderdes em reconhecer em vós as falhas em vossa formação moral e vos esforçar em renovação.
 A educação de vosso ser, intimamente ligada aos princípios morais que regem o Universo, norteará o mundo novo que se formará em breve tempo. A realidade que hoje presenciais não condiz com o que foi prometido e, portanto, findar-se-á. A ignorância e o orgulho serão destruídos, paulatinamente, e formar-se-á o que conheceis como mundo regenerado, construído sobre patamares de dores e desesperos. Encontrareis adiante, fortes indícios da necessidade de modificar os princípios que ora permeiam vossa humanidade.
Retilíneo deve ser o caminho que deveis seguir rumo ao vosso destino. Não vos desvieis, para que não se prolongue o período de dores e grandes provações. Vossas preocupações exacerbadas com o corpo carnal apenas vos deixais em situação de distanciamento do que diz respeito ao Espírito. Imbuídos do bom senso, buscai o equilíbrio de vossa alma e a serenidade em vossas ações. Muitos de vossos irmãos necessitarão da segurança que a eles podereis propor.
Estudai, conhecei a vós mesmos, retirai de vós o que vos serve de empecilho. Atentai para as tentações, fortalecidas pela condição moral em que vos encontreis. Agindo assim, estareis amontoando grandes fortunas para vossa alma sofredora e sentireis apenas os resquícios das dores porque passastes, pois tereis em vós aquilo que conquistastes em termos espirituais, tornando-vos fortes contra os embustes do mal que ronda os mais desavisados.” – Um Espírito familiar

Mensagem mediúnica
Classificação: Espíritos familiares

TEMPO DE ELEIÇÕES
 
Tempo de eleições. No ar, o clima de competição por vaga para defesa dos interesses do povo. A sanha com que a maioria dos candidatos se atira a esta luta, só nos faz pensar que o mundo está cheio de gente altruísta e idealista. As propagandas no rádio e televisão apresentam candidatos com o mesmo perfil de sempre. Todos são bons, honestos e lutam por melhorias na coletividade. Os adversários não. São sempre ladrões e aproveitadores. Eleitos, todos seguem quase sempre pelo mesmo caminho, às vezes até de mãos dadas, lendo quase que unanimemente a mesma cartilha. O povo que os elegeu? Bem, esses aguardam pacientemente uma nova eleição. E tudo segue no marasmático ambiente de ignorância política e falta de entendimento do que é ser um cidadão.
Caminhando pelas ruas de uma das maiores cidades da América Latina, dias atrás, pude ver no rosto das pessoas o medo, a desolação, a insegurança. Ninguém tem coragem de parar para dar uma simples informação. Todos têm muita pressa em chegar são e salvo ao seu destino, que na verdade, nunca sabem de fato qual seja. São estranhos uns aos outros e a sensação é a de que todos são inimigos até que se prove o contrário. À noite, amontoados abaixo dos grandes viadutos, estão os desgraçados. Famílias inteiras, crianças sonolentas e irritadas, mães jovens e já envelhecidas pela miséria, homens velhos e alguns ainda bem jovens, envolvidos pela embriaguez das drogas ou do álcool, estiram-se no que consideram suas casas, e sentem-se ao abrigo das intempéries, apesar do frio de menos de 10 graus. Alguns ousam construir suas casas e erguem paredes de papelão, guardando-se com pudor da curiosidade alheia.
Nesta grande selva de pedra, porém, algumas equipes de pessoas preocupadas com o bem estar alheio, levam um pouco de lenitivo a esses pobres coitados: sopas, caldos, cobertores, roupas, calçados. No rosto de alguns, inacreditavelmente ainda se vislumbra um lampejo de esperança de dias melhores, um riso de gratidão e até um agradecimento a Deus por ter recebido ajuda naquele dia, enquanto tantos ainda permanecem com fome e frio. Outros, revoltados com aquela situação humilhante, soltam insultos, talvez por conta da ação nefasta das drogas, mecanismo utilizado pela maioria para permanecer dormindo o maior tempo possível e fugir do mundo real. Diante deste quadro da miséria humana, perguntamos: até quando será possível suportar tamanha desigualdade? Até quando essas pessoas irão encarar com normalidade suas casas sendo construídas com papelão, suas crianças sendo deitadas em cima de trapos e suas próprias vidas sendo desvalorizadas a ponto de serem confundidas com amontoados de lixos?
Tempo de eleições. Os homens eleitos são os mesmos que passam pelos viadutos. São os mesmos que construíram os viadutos; são os mesmos que fecham os vidros de seus carros quando deles se aproxima alguns desses; que andam com seus seguranças com medo de assaltos ou seqüestro, que mandam seus filhos para realizar seus estudos nos países desenvolvidos por não acreditar no seu; que fazem as leis, mas são os primeiros a burlá-las; que aprovam orçamentos superfaturados; que constroem mansões com mais metros quadrados do que poderá um dia usufruir. E são os mesmos que à noite, repousam suas cabeças em macios travesseiros sem nenhuma dor na consciência.
Mas onde estão os homens das propagandas eleitorais? Aqueles que prometeram lutar pela abolição da miséria, que tirariam os mendigos das ruas, que lutariam por uma condição de vida digna para todos? Aqueles que construiriam escolas, hospitais e moradia para as populações pobres? Acontece que lá chegando, existe um outro espírito que comanda sua vontade. Brigando por interesses pessoais e de grupos, esquecem-se de sua tarefa maior de prover os interesses do povo. Com raras exceções, o poder lhes ofusca a mente e rapidamente esquece que não estão ali para atender suas necessidades. E como o povo não faz as cobranças devidas para esses maus políticos, a coisa vai se perpetuando ano após ano, até que um dia o caldo seja derramado da pior forma possível.
A sociedade está se cansando rapidamente dessas situações e reclama uma ação enérgica por parte do governo. Quer mudanças de postura em relação à dignidade humana sem distinção de classes. Não estamos mais na era dos feudos, embora muitos ainda se comportem como senhores feudais. As últimas invasões a supermercados e shoppings são um sinal de que as coisas não podem mais ser encaradas dessa maneira. Sem deixar de considerar a manipulação política dos líderes desses movimentos, as pessoas estão mesmo sem teto, sem comida, sem escola e sem saúde. E também sem paciência. Isso é um fato que se torna insustentável a cada dia.
Existe uma crise moral que envolve todos os segmentos da sociedade. Quem não tem maturidade nem compromisso maior com a vida, se deixará envolver facilmente pelos apelos das facilidades materiais e de poder. Não identificará a atual situação de destrambelho em que vive o planeta e a cautela com que tem de agir em todos os sentidos. Deixará de lado suas responsabilidades maiores para dar vazão ao atendimento apenas de suas egoístas necessidades, nem sempre tão necessárias. Os mendigos não são mendigos porque querem, como muitos pensam. A pobreza não precisa ser necessariamente miséria. Não podemos nos conformar com o fato de que, por serem pedintes, estão “cumprindo seus carmas”, como fazem muitos espíritas sem entendimento do essencial. Também não estão nessa situação para que outros possam exercer a caridade. Seria colocar a justiça de Deus nos estreitos limites da justiça dos homens. São pessoas que se submetem à humilhação de pedir por falta de perspectiva de vida melhor. Não deveriam estar ali se as leis do país fossem obedecidas. Não tem emprego, educação, moradia. Coisas simplesmente básicas para que se possa viver com certa dignidade. Com uma melhor distribuição de renda certamente esse quadro de miseráveis seria reduzido drasticamente. Trabalhar pela mudança desse panorama é tarefa dos homens, políticos ou não.
A mobilização maior, a princípio, é mudar o perfil dos eleitos. Em vez dos políticos profissionais, que elejamos homens de bem. E lutemos junto a eles para que a desigualdade social seja minimizada. E enquanto isso não acontece, que se minimize o sofrimento, que se vista os nus, que se aplaque o frio, a sede, a fome e o desespero desses que são fruto de uma sociedade injusta e desigual, em um planeta de grande atraso moral como o nosso.

Vanda Simões
A CAMINHO DA PERFEIÇÃO

“A cada dia torna-se imensurável os enganos que afloram em diversas instâncias do organismo social, onde são instalados os mais rudes acontecimentos, sempre guiados pelo espírito que nele vivifica. Sois caminheiros a tropeçar em muitas pedras, pois caminham desatentos. Mas dispostos devereis estar para que vos ergais perante os erros e vos desfaçais das inquietudes que deles provêm. Necessário vos é discernir o certo do errado para que vossas almas possam restabelecer a diferença. Deveis instruir-vos nas grandes obras deixadas por mestres que entre vós estiveram com o propósito de expelir o mal. Que vossos corações, baseados na razão, destilem as verdades e torneis grandiosa a obra do Senhor diante dessa humanidade em descontrole.
A verdadeira ciência é embarcação segura a velejar por águas turbulentas, decifrando os desígnios do Criador. Alegrai-vos quando encontrardes em vosso meio homens que lutam por grandes ideais. Seguiremos, sempre avante, empunhando a espada, abrindo caminho àqueles que nos seguem e deixaremos os rastros para que mais e mais irmãos possam encontrar o caminho das alegrias eternas e fortalecer as marcas deixadas, jamais se desfazendo, assim, a trilha que encaminhará o homem de bem ao seu destino.
Espalhai as ideias da razão, extirpai a maldade que ronda vosso meio, pois vossa conduta demonstra o quanto ainda deveis conduzir-vos a caminho da perfeição espiritual. Tenhais complacência em não desencadear em vosso íntimo a fúria de vossos instintos rudes, propondo-vos a retomar a luta quantas vezes necessitardes. Felizes aqueles que nos ouvem e endereçam ao Pai Celestial vibrações de fé, de amor e de esperança.”

Espírito: Um amigo espiritual
GEBEM
A PRECE SALVOU-ME

 
“Senhor Jesus, amigo de todos os momentos. Quero agradecer-te pela oportunidade de apresentar-me entre os homens de bem e, com isso, conseguir instruir-me. Sou aquele que tirou a própria vida e que Tua misericórdia atendeu sob o domínio do desespero. Hoje volto a esta casa para falar da importância da fé e do conhecimento relativo às vidas que se sucedem.
Motivado por provas difíceis acabei levado à insensatez de tirar a minha vida material. Foi grande meu desapontamento quando despertei entre os angustiados no mundo dos Espíritos. Tomou conta de mim uma profunda melancolia e uma sensação imensa de fracasso, que me atormentava em todos os momentos. Não sei precisar quanto tempo fiquei assim, mas em minhas angústias intermináveis muitas vezes desejei ser simplesmente apagado do plano existencial, pois os sofrimentos pareciam insuportáveis.
Depois de longo período, recordei-me de minha avó que durante a minha infância ajudava-me a superar o medo do escuro com suaves canções. Nesse lugar onde me encontrava não conseguia sequer sentir medo, tal era o meu nível de desequilíbrio. Resolvi orar, frente a essas recordações que me chegaram ao plano mental como uma suave brisa. Fiz assim, como que instintivamente para, num derradeiro esforço, livrar-me de tanto desespero.
Eis que um mensageiro surgiu do nada para convidar-me a visitar esta casa de socorro. Ouviram-me as preces. Era minha antiga avó Jacira que estendia as mãos para me tirar de mais uma de minhas crises de medo, agora da maior crise que havia vivenciado. Maurílio, disse-me, aqui estou para atender teu apelo. Aproxima-te. Eis que fomos envolvidos por luz azulada que ao modo de um bálsamo parecia dizer-me que as dores iriam cessar. Fomos transportados quase que instantaneamente para próximo da colônia que me serviu de suporte. Confortava-me com preces, canções e palavras amigas.
Recebi um forte envolvimento energético e daqui segui para o hospital em Santa Bárbara onde permaneci alguns dias em recuperação. Pacientemente vovó me visitava todos os dias para falar-me das lições valiosas do Espírito que não conhecia. Agora sabia de muitas coisas que davam sentido à minha vida.
Continuarei instruindo-me com todos e com tudo o que vejo neste lado da vida. Meu futuro será difícil bem o sei, mas estou confiante que serei bem sucedido. Tenho comigo a certeza de que a prece é o poderoso recurso a amparar os que lutam pelo crescimento espiritual. Foi ela que me salvou. Agora, o que mais me impressiona é o conhecimento das vidas passadas. Tivesse esses ensinamentos valorosos e jamais teria cometido a insanidade de matar meu corpo fora da hora programada pelos Benfeitores que nos guiam pela experiência.
Lembrem-se, pois, de um irmão que muito errou, mas que foi salvo das regiões inferiores pela prece e que hoje sonha com a felicidade dos eleitos pelo conhecimento que começa a vislumbrar. Humilde e envergonhado, Maurílio, vosso irmão.”

 
GEBEM
Mensagem mediúnica
Classificação: Depoimentos
Espírito: Maurílio
 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

DIA DOS PAIS:


No dia 11 de agosto de 2012, o NAEEJA propiciou aos pais e seus filhos uma confraternização em homenagem ao dia dos pais. As atividades iniciaram-se às 14h30 com uma palestra proferida pelo Professor Doutor Edson Siqueira, da UNESP, campus de Botucatu, motivando e incentivando a presença do amor no ambiente familiar.
Em seguida as crianças menores fizeram uma linda apresentação homenageando os pais presentes e arrancando aplausos de todos pela comovente apresentação.
Dando prosseguimento as crianças maiores entregaram uma lembrancinha aos pais com um cartão muito significativo com a frase que dizia: “Pai, sempre seguirei seus passos”.
Encerrando esta tarde cheia de alegria, confraternizamo-nos alegremente desfrutando salgados, doces, um delicioso bolo de chocolate e refrigerante.





 A CADA UM, A COLHEITA CERTA

“Meus irmãos espíritas. Em vossos corações deve reinar sempre a crença nos desígnios do Alto. A vossa compreensão ainda está limitada. Sentis em vosso íntimo a gravidade da tarefa e deveis levar a todos os cantos deste Planeta as idéias que frutificarão em tempo apropriado.
Quando não mais souberes qual rumo seguir, soltai o leme nas mãos de Jesus. Praticai a caridade para compreenderdes os acontecimentos que ora vos impelem ao desencanto. Vossas atitudes devem visar o bem estar comum e o progresso moral daqueles que caminham convosco. Quando achades que tudo se perde, olhai o Alto e procurai compreender que as boas obras sempre encontrarão corações onde poderão engrandecer e se espalhar. A cada um a colheita certa. Aquele que interferir na semeadura, não verá a colheita farta que alegrará os que confiaram no Senhor e implantaram seus ensinamentos, fazendo-os frutificar.
Se tendes a má semente embutida em vós, procurai destruí-la para que não possa expandir suas raízes e apossar-se do vosso ser. Cabe a vós intrometer-se na fertilidade da boa ou da má semente. Se compreenderdes os que vos digo, tereis vosso comportamento alterado, voltado para o que de melhor podeis oferecer. Sois poucos ainda, mas já tendes raízes fincadas naqueles que possuem a capacidade da compreensão das coisas divinas. Em frente, irmãos! Jesus vos fortaleça ampare.” - Um Espírito protetor

Mensagem mediúnica
Classificação: Espíritos superiores e instrutores
Espírito: Um Espírito protetor
GEBEM

ESPÍRITOS ENGANADORES

“Por que atormentai-vos frente às galhofarias de espíritos zombeteiros? Não há motivos para vos preocupardes com essas doutrinas estranhas que nesses últimos tempos vem penetrando o pensamento espírita, tal como se fossem as vias de salvação para a humanidade. Jesus predisse em seu discurso profético que nos derradeiros dias haveria a manifestação de falsos cristos e profetas de mentira. Paulo, o apóstolo dos gentios, clamava aos seguidores da Boa Nova para que estivessem atentos contra a ação de Espíritos enganadores.
Invigilância, lembrou o Senhor. Mais vale rejeitar nove verdades do que aceitar uma só mentira, disseram os guias da humanidade.
Por que hoje os espíritas aceitam tantas fantasias, sem ao menos submetê-las ao crivo da razão?
É hora de despertar as consciências. Espíritos mentirosos vêm explorando escritores orgulhosos para semear no movimento espírita a ilusão.
Por descuido dos adeptos da Doutrina, as falanges do mal encontram espaço para estabelecerem a confusão doutrinária, subdividindo o pensamento.
A transcomunicação instrumental é produto de simples efeitos físicos. Submetei os dizeres destas entidades ao exame da inteligência, comparando suas teorias à doutrina virginal, e vereis suas patentes contradições.
Espíritas sinceros, ocupai-vos com zelo de restabelecer a prática do Espiritismo, tendo como bússola a Codificação. Só as lições do Mestre de Lyon poderão restituir a ordem nas práticas doutrinárias e expulsar dos centros espíritas a dominação dos Espíritos inferiores.
Não queirais modificar aqueles que se comprazem na cegueira. O Cristo inspira em seus servos os sentimentos de luta, para que estejam preparados e alertas perante a transformação.
Não espereis um futuro de glória como algumas entidades prometeram. O tempo será de sofrimentos e de provações tenazes.
Assim como sofrem as grávidas no período que antecede o nascimento de seus filhos, acontecerá o mesmo com o mundo antes da vinda do Reino do Bem. Assim disseram os profetas de Deus. Antes do Reino da Luz virão dias de transtorno e confusão, onde o mal estará misturado e confundido com o bem. Mas como o joio na colheita se distingue do trigo, assim também será na hora da ceifa.
Estejais vigilantes e prepareis vossas casas para tempos difíceis”.

GEBEM
Mensagem mediúnica
Classificação: Espíritos familiares
Espírito: O guia do médium

COMEMORAÇÃO DE 07 ANOS DO GRUPO DE VOLUNTÁRIAS DO ARTESANATO:

Voluntárias do Artesanato do NAEEJA comemoraram no dia 31 de julho de 2012, 07 (sete) anos deste trabalho maravilhoso, executado com muita dedicação e muito carinho na produção de artesanato, cuja renda das vendas é e foram totalmente revertidas para a manutenção dos projetos socioeducativos e socioassistenciais desenvolvidos pela Instituição.O NAEEJA parabeniza e agradece imensamente por este efetivo apoio durante este período em que caminhamos todos juntos.
Que Deus, as abençoe e que possam continuar nesse trabalho por muito e muitos anos.

A Diretoria




EXERCÍCIO DE CIDADANIA?

Daqui há menos de dez dias o povo irá às urnas. Estará exercitando o direito de escolher seus representantes, uma das maiores conquistas do mundo moderno em termos de expressão de cidadania. Poderá contribuir muito para a melhoria de sua vida, pois escolherá os nomes de quem conduzirá os destinos da nação. São pessoas que trabalharão em nome do povo, lutarão por leis mais justas, por condições melhores de moradia, saúde, educação e trabalho. Serão dignos representantes do povo brasileiro nos Estados e na capital federal. Governarão juntamente com o presidente, que, igualmente, será eleito e trabalhará para estabelecer no país um estado de tranquilidade política e econômica, proporcionando ao povo uma situação de vida respeitável e digna. Bem, pelo menos é assim que deveria ser. Mas aqui teremos que traçar uma linha entre o real e o imaginário.
Assistindo o horário eleitoral gratuito, constatamos uma realidade: o povo nunca foi tão festejado e valorizado como em época de eleições. Se todas as lutas e conquistas realizadas pelos políticos em favor do povo, propaladas nas campanhas, fossem verdadeiras, pouco ou nada restaria para ser feito. São tantas as realizações e tantos os homens, que se dizem de bem, que lutam pelo bem-estar da população, que tratam as questões públicas com seriedade, que são altruístas e abnegados servidores do povo, que só nos resta duas possibilidades de conclusão: ou estamos em um país melhor, e não sabemos, ou os políticos não têm um maior compromisso com a verdade.
Não queremos aqui fazer uma apologia ao negativismo, mostrando uma imagem negra do país, mas, lamentavelmente, o panorama político que aí está não é nada animador. O que poderia nos trazer esperanças de mudanças seria a escolha de melhores representantes através do exercício do voto. Infelizmente isso passa por uma melhor conscientização do homem como cidadão, que por sua vez, está intimamente ligada à educação e amadurecimento político da sociedade.
A realidade do nosso país, nesse aspecto, nos traz grandes preocupações e prognósticos sombrios a curto e médio prazo, no que diz respeito às melhorias do quadro representativo político da nação. Embora tenha havido um crescimento do eleitorado nos últimos 30 anos, em decorrência, em parte, à extensão do direito de voto aos analfabetos, o quadro parece desalentador quando se analisa a capacidade de exercício de cidadania dos eleitores. Para se ter uma idéia, 66% da população do país vota. Entretanto, segundo dados do próprio TSE, mais de 65% dos eleitores não possuem sequer o primeiro grau completo. E o que é ainda pior, cerca de 30% destes são analfabetos totais ou funcionais, para se usar um termo técnico, ou seja, são pessoas que entendem com dificuldades textos pequenos e simples.
O resultado desse desastre e descaso com a educação se vê no enorme prejuízo que traz para o exercício da cidadania, entre outros tantos, consequentemente a escolha de candidatos com o mesmo perfil de sempre: prometem muito, mas pouco fazem para mudar a face ignorante e analfabeta do Brasil, por ser este seu maior contigente de eleitores.
Na região Norte e Nordeste do país, onde se concentra maior número de necessitados, elegem-se aqueles que distribuem mais na época das campanhas. E as distribuições são as mais inusitadas. Desde sandálias até dentaduras, incluindo óculos, remédios, consultas médicas, ligaduras de trompas etc. Sem consciência do seu poder de mudanças e acostumado a viver com migalhas, na verdade os pobres aproveitam a época das campanhas eleitorais para conseguir um pouco do que jamais conseguirão nos anos seguintes de mandato de seus representantes. É triste, mas é a pura e dura realidade.
Enquanto persiste a campanha, sentem-se valorizados, seus bairros sem saneamento são visitados com frequência, seus pobres filhos são acariciados e beijados diante das câmeras de TV, seus jegues aparecem nos jornais do país inteiro, suas ruas são asfaltadas, suas escolas pintadas e por aí vai. Tudo se resolverá como num sonho. Passam as eleições, os "amigos do povo" recolhem-se aos seus gabinetes e tudo volta aos costumes. As promessas? Bem, isso é outra história.
Tivesse o homem público a noção da imensa responsabilidade que assume ao se comprometer com essa missão, teria uma outra postura. Lutaria de fato por melhores condições de vida para a comunidade que representa e que confiou nele. Legislaria para o povo e não em causa própria. Buscaria um estado novo de paz e fraternidade, estabelecendo leis mais justas. Principalmente se tivesse a idéia da lei de causa e efeito e da pluralidade das existências, pois estaria trabalhando para o seu próprio futuro como Espírito imortal. Mas para isso necessitaria de um maior amadurecimento moral que o faria compreender a transitoriedade de tudo. Sem isso não sabe, por exemplo, que amanhã poderá estar no lugar dos pobres que hoje o elegem. Por enquanto, só compreende que seu mandato pode acabar e luta freneticamente para mantê-lo. E salve-se quem puder!
Texto publicado no site em 25/09/98. Analise o editorial acima e verifique se isso ainda acontece hoje

Vanda Simões

EVOCAÇÃO DO ESPÍRITO DE UM MÉDICO

“- Poderíamos conversar com o Espírito de um médico?
Resposta: Sim estou aqui à vossa disposição.
- Estáveis aqui antes da evocação?
Resposta: Sim, faço parte da equipe de trabalhadores desta casa.
- Poderíeis no falar um pouco da medicina que exerceis no mundo espiritual?
Resposta: Sim, perguntai e responderei.
- Desempenhais sua profissão tal qual se exerce aqui na Terra?
Resposta: Tal qual não é o termo, pois aqui exercemos essa profissão de modo muito mais pleno, uma vez que os conhecimentos são infinitamente mais amplos.
- De que forma trabalhais, então?
Resposta: Curando doenças, aliviando dores, minimizando sofrimentos dos desencarnados e encarnados.
- Poderíeis nos explicar melhor?
Resposta: Perguntai e responderei dentro de minhas possibilidades.
- Sois um Espírito superior?
Resposta: Ainda temos que caminhar muito para nos considerarmos superiores. Somos Espíritos de mediana evolução, com um avanço maior no campo do intelecto e trabalhado com vigor e perseverança para o crescimento no campo moral. Espíritos superiores, na verdadeira acepção da palavra, são os missionários designados para tarefas muito nobres nos diversos campos do conhecimento.
- De que forma trabalhais?
Resposta: Atendendo enfermos do corpo nos núcleos afinizados com o trabalho de cura, ou nos hospitais do mundo terreno.
- Trabalhais com vários grupos?
Resposta: Sim, temos muito trabalho a fazer e buscamos aqueles que se dedicam com amor a esta tarefa de abnegação e altruísmo.
- De forma trabalhais? Apenas manipulando fluidos?
Resposta: Sim, basicamente tudo é feito com a manipulação das energias do cosmo, mas não da forma simples como imaginais. Para tanto necessitamos de profundo conhecimento de que nem suspeitais que existam. Os homens ainda estão por levantar a ponta do véu da ciência do infinito.
- Poderíeis nos dizer sobre as curas produzidas pelas cirurgias de corte no corpo físico? São autênticas? Como os Espíritos trabalham? Fazeis parte de uma equipe desta natureza?
Resposta: As cirurgias chamadas de intervenção do corpo físico na verdade são realizadas no corpo perispiritual e se são feitas dessa maneira é pela necessidade que se impõe num planeta de atraso como o vosso. A maioria dos habitantes jamais acreditaria em intervenções cirúrgicas que não vissem e, como Tomé, gostariam de tocar na ferida para serem convencidos do ato. Essas intervenções exercem um papel importante na credulidade das pessoas, e muitos são tocados para as coisas verdadeiras da alma depois de terem passado por essa experiência. Se fossem auxiliados pela fluidoterapia comum certamente não seriam tocados no coração. São os sinais necessários ao vosso tempo.
- Estais dizendo que se não houvesse corte os Espíritos teriam feito a obra do mesmo jeito?
Resposta: Sim, sem dúvida, pois não estou dizendo que a intervenção é no corpo espiritual? Acaso pensais que os benefícios prestados nas grandes moléstias são feitos com esses pequenos cortes realizados ou que a ausência de dor é por conta da mistura anti-séptica utilizada pelos encarnados? Não. O trabalho maior é feito no invisível e não podeis enxergar com os olhos da carne, tampouco entender com vossa ciência.
- Fazeis parte dessas equipes?
Resposta: Não, mas existem equipes de médicos especializados nessa área. São Espíritos que desenvolveram técnicas apropriadas para serem utilizadas nesses ambientes que prestam grande socorro às criaturas. São entidades que ainda não avançaram muito no campo da moralidade, mas possuem grande potencial intelectual e o utilizam de forma proveitosa.
- Podeis explicar melhor isto? Pensamos ter esses Espíritos grande moralidade como condição essencial para realizar esse trabalho?
Resposta: Sim, sem dúvida que é condição essencial, mas na forma como são feitas essas cirurgias envolvendo sentimentos outros que não tão somente o bem espiritual das criaturas, associam-se a isso Espíritos de médicos cirurgiões que querem trabalhar pelo bem, mas que ainda não alcançaram um estágio superior de prática cristã. Deus utiliza todos os caminhos possíveis para levar o benefício à seus filhos. Os que já atingiram a compreensão e o entendimento do essencial buscam trabalhar em áreas onde não seja necessário ver para crer. Trabalhar as energias em ambientes saneados é mais fácil por contar com a ajuda dos encarnados de bons sentimentos que se associam às tarefas.
- Fazeis também cirurgias? Usais instrumentos como aqui no mundo terreno?
Resposta: Sim, usamos ferramentas e utilitários muito mais avançados que na Terra, e às vezes quando aparece no vosso mundo já está obsoleto no nosso, pois aqui certamente o progresso se dá de forma mais rápida.
- E como se procede a cura?
Resposta: As cirurgias são feitas no corpo perispiritual que está intimamente ligado ao corpo físico, célula a célula, como bem sabeis. Como a ligação é fluídica, as moléculas sadias colocadas no corpo perispiritual vão sendo transferidas para o corpo físico, saneando as estruturas danificadas, e ao cabo de um tempo que é variável, a cura se dará. Evidentemente, obedecendo a lei de causa e efeito.
- Então dizeis que não existem curas instantâneas?
Resposta: Sim, existem mas são raras, pois necessitam de condições especiais tanto do corpo físico quanto do perispiritual, tanto do médium quanto do Espírito que o assiste.
- Então devemos entender que o futuro da medicina é trabalhar apenas com a energia?
Resposta: Não, pois o homem necessita da matéria bruta e com ela evolui, mas certamente que à medida que o planeta e os homens evoluírem cessarão a necessidade de tratamentos dessa ordem, pois as doenças estão diretamente relacionadas ao grau de evolução do Espírito.
- Podeis responder mais perguntas?
Resposta: Por ora não, pois estamos no final dos trabalhos. Em breve voltaremos para mais esclarecimentos.” - Mauro Vasconcelos

Mensagem mediúnica
Classificação: Evocações
Espírito: Mauro Vasconcelos
SEEAK

quinta-feira, 9 de agosto de 2012


A MELHOR ESCOLHA

                                             
“Tem o homem o livre-arbítrio de seus atos?
Pois quem tem a liberdade de pensar, tem
igualmente a de obrar. Sem o livre-arbítrio,
o homem seria máquina”.
                                                            LE q.843

“Não sois máquina! Homem é que sois!
Charles Chaplin

Na vida, todos necessitamos, hora ou outra, fazer escolhas.
Optamos pela profissão que nos completará, pela pessoa afim que será namorado ou namorada, pelo partido político que nos agrada ideologicamente, pelo clube de futebol pelo qual iremos torcer. Realizamo-nos através de sonhos que movem nossas escolhas e dos esforços que empreendemos para torná-los realidade.
Teoria e prática, reflexão e ação, alimentam nossa existência, fazendo com que as utopias que geramos nos completem durante e após suas realizações.
Somos felizes por termos capacidade de sonhar, por arquitetarmos nosso futuro nas realizações do hoje, através da capacidade sublime do livre-arbítrio, que demarca nossa condição co-criadora.
O momento atual, de conflitos e violência estrutural, convida a Humanidade, especialmente os jovens, a realizar a melhor escolha, a mais consciente opção.
Escolhendo a paz, o bem proceder, a retidão moral, cumpriremos nosso papel de artífices da realidade, de seres transformadores.
Sendo da espécie homo, elaboramos um senso ético que regula nossa moral, estruturando nossa existência. Quando o utilizamos, a cada escolha, a cada atitude, possibilitamos a autoconstrução, visto que, através das eleições acertadas e das ações edificantes nos tornamos pessoas melhores, humanas e solidárias.
Dentre tantas doutrinas, tantas morais, filosofias e religiões, temos no Espiritismo proposta esclarecedora que nos convida para a melhor escolha.
Mais do que simples teoria, a Doutrina dos Espíritos nos convoca à ação, à prática nobre de seus postulados, impedindo que tenhamos o vício de vestir personalidades que se ajustam a cada situação. Pede-nos a busca pela transparência para que conheçamos nossas limitações, dando subsídios para a caminhada transformadora rumo à autonomia espiritual.
Ao mesmo tempo que o Espiritismo nos pede reflexão, propondo uma fé raciocinada, negando a criação de fundamentalismo ou interpretações ingênuas e perturbadoras. Bom seria, portanto, agirmos de forma tranquila e consciente, sem atropelos ou ânsia de sermos o que ainda não somos.
Não nos tornamos “anjos” de hora para outra, tampouco nessa existência lograremos a perfeição. Daí a necessidade de agirmos conscientemente, sem teatralizar atitudes, sem exterioridades inúteis, sem nos preocuparmos em demasia com a opinião alheia, visto que nosso aprimoramento moral não pede aplausos de aprovação, mas esforço íntimo e sinceridade.
A melhor escolha é seguir o caminho de Jesus, amparando os pobres e auxiliando-os na conquista da sua autonomia, articulando nossas forças para lutar em prol dos excluídos, melhorando a própria conduta frente ao cosmos, agindo conforme nos dita a consciência, independente do que nos proponham os falsos amigos ou as mídias perturbadoras.
Essa escolha pede coragem, pede maturidade. E o jovem na carne, em tese, Não é jovem em espírito. Somos multimilenares e não há desculpa que nos impeça de tomar a decisão apropriada diante dos desafios que se colocam em nossas vidas.
Jovens, temos nas mãos a força para a mudança, para a real transformação da Humanidade.
Ao sentirmos, pulsando em nós, o desejo de revolução, é momento de nos darmos conta de que mudaremos o mundo começando por nós mesmos, sem agressividade, sem intolerância, mas com muito amor e decisão.
O Mestre Jesus foi considerado revolucionário por apresentar ao mundo a ação amorosa, a caridade, que é dinamizada através da benevolência, do perdão, da indulgência. Se nos considerarmos cristãos, necessariamente, nossa ação, na realidade, deve privilegiar esses aspectos.
Façamos a escolha e trabalhemos com alegria, levando a força juvenil e Arrebatadora para todos os núcleos espiritistas e, principalmente, para todas as Dimensões de nossas vidas, agindo retamente para construirmos um novo Movimento cristão, sem intolerância ou espírito de casta, espalhando na sociedade a felicidade de servir.

Cristian Macedo

TRAÇOS BIOGRÁFICOS

A aldeia se situa no sul da França, quase na divisa com a Espanha. Chama-se Pouy e a família leva o sobrenome De Paulo. Vicente é o terceiro entre os seis filhos do casal João de Paulo e Bertranda de Moras. O ano é 1581. Vicente é encarregado de levar o rebanho a pastar e seu olhar se perde na contemplação da natureza. Cedo nele se manifestam a inteligência aguda, o olhar observador, o espírito vivo, o coração generoso e sincera devoção a Maria, o que motiva seus pais a encaminhá-lo aos estudos eclesiásticos, ordenando-se sacerdote aos 19 anos. Para poder frequentar os estudos, o jovem estudante dá aulas particulares
No ano 1610, a rainha Margarida, ex-esposa do rei Henrique IV, admite Vicente entre seus esmoleres, ou seja, encarrega-o de distribuir as esmolas. Afetuoso, visita os doentes, abranda as desavenças, dissipa as dúvidas, instrui na fé os empregados e a todos presta incontáveis serviços.
Contudo, Vicente vive no mundo dos grandes e dos ricos. Esmoler da rainha Margarida e protegido da senhora De Gondi, até o dia que opta por se dedicar à instrução e ao serviço dos camponeses, sendo-lhe designada a paróquia de Châtillon, uma das mais problemáticas e desleixadas da região.
Num domingo, ele recebe as notícias de uma família miserável que está a morrer. Estão todos doentes. Instados pelo seu sermão, os paroquianos se dirigem à casa da família e prestam auxílio. O cérebro de Vicente fervilha:
"Eis aqui uma grande caridade," pensa, "mas está mal organizada." Idealiza, portanto, a criação de uma Associação, e, no dia 20 de agosto de 1617, com sua iniciativa nasce uma associação de mulheres, com o objetivo de visitar, alimentar e prestar aos enfermos todos os cuidados indispensáveis: a Confraria da Caridade. As pessoas que a compõem chamam-se ―Servas dos Pobres ou Damas da Caridade‖. Em 1620, Vicente institui a ―Caridade dos Homens‖. As mulheres se dedicam aos doentes, os homens devem se dedicar aos velhos, viúvas, órfãos e prisioneiros. Homem de visão, Vicente de Paulo orienta as Confrarias, incentivando a organização de cooperativas agrícolas, ensinando novos métodos de cultivo da terra, implantando, nas cidades pequenas manufaturas para produzirem objetos de uso na região e, finalmente, criando centros de aprendizagem onde as crianças indigentes possam receber educação cristã e aprender uma profissão, a fim de tirá-las à miséria. Tendo estabelecido diretrizes à assistência aos camponeses, um novo campo se lhe abre. Ele é convidado a trabalhar junto aos condenados às galés. São criminosos e delinquentes, que vivem amontoados em calabouços infectos, acorrentados pelo pescoço e pelos pés, cheios de vermes, revolta e desesperança.
Como poderia Vicente lhes falar das coisas espirituais? Necessário é lhes melhorar as condições, pois apodrecem vivos. O alimento é pão preto, a água é semi poluída e os golpes de chicote são constantes. Interfere Vicente junto ao general das galeras, Manuel de Gondi e consegue realizar sensíveis mudanças. Oferece-lhes cuidados corporais, distribui alimento entre eles, consola-os, fala-lhes de Cristo e do Evangelho, chama-os de "meus filhinhos". Vicente ama. Por isso, mostra-se incansável na descoberta das misérias humanas de ordem material e espiritual, estendendo socorro pessoalmente ou enviando as Damas da Caridade a hospitais, prisões, asilos, escolas e às ruas. (...)
Vicente é mestre na arte de conquistar corações. Consegue apoio de muitos nobres e ricos para atender os seus pobres. (...) Desde os 35 anos de idade, Vicente conhece o trabalho da doença em sua própria carne. As pernas e pés incham. Chegará um tempo, 1645, em que já sente dificuldade para se manter a cavalo, para a realização das suas viagens. (...)
Aos 74 anos necessita ficar encerrado por longos dias em seu quarto, enquanto a febre se instala em seu corpo. Com dificuldade e o auxílio de uma bengala, consegue dar alguns passos. Contudo, dotado de indomável energia, ele profere palestra, todas as manhãs aos seus discípulos, demonstrando serenidade e lucidez, apesar das dores atrozes que o atormentam.
Diante da morte iminente, brinca: "Em breve enterrarão o miserável corpo deste velho e se transformará em cinzas e o pisarão com os pés."
Então, em 27 de setembro de 1660, antes que o sol se levante, sentado numa poltrona, perto do fogo, Vicente desencarna. Essa figura ímpar está presente em O Evangelho Segundo o Espiritismo, em O Livro dos Espíritos e em O Livro dos Médiuns .

VICENTE DE PAULO
Fonte: site www.caminhosluz.com.br/biografias/espiritosdacodificacao


SÚPLICA

Espírita, meu irmão.
Hoje procuro refúgio no teu coração, cansado como me encontro de mil embates, na longa jornada dos séculos.
Dizem que sou débil plantinha, no entanto, relegam-me ao vendaval, deixando-me à mercê da canícula ou na via das enxurradas imundas.
Afirmam que sou o futuro, todavia, desrespeitam o meu presente, colocando dificuldades e aflições ao alcance das minhas débeis mãos.
Expressam que eu sou diamante precioso, mas ninguém procura retirar a jaça e a ganga que me tornam imprestável, por enquanto.
Informam que eu sou um pequeno rei, no império da vida, todavia, descuidam do meu aprimoramento, sem me aformosearem o caráter para o nobre ministério.
Chamam-me anjo e conduzem-me, por negligência, ao inferno do desespero e da revolta.
Agradam-me e, muitas vezes, degradam-me, deixando-me sob o jugo imperioso de forças desordenadas.
Ajuda-me agora, para que, por minha vez, eu possa ajudar mais tarde.
Acolhe-me na terra fértil do teu coração e desenvolve-me os sentimentos latentes dentro de mim.
Serei amanhã o que fizeres de mim agora. Não te peço muito.
Rogo-te, apenas, que abras os braços e me alcances.
Suaviza tua voz para ensinar-me e dá leveza à tua mão quando seja necessário corrigir-me. Mas não me deixes sem o carinho que estimula nem a correção que educa e salva.
Confio em ti. Socorre-me hoje, e não mais tarde.
Necessito urgente de orientação e sustento
Recebe-me enquanto não me maculam as nódoas da vida.
Dilata as tuas possibilidades e eu coroarei os teus dias com as bênçãos da alegria perene, levando, pelas gerações em fora, a mensagem viva do teu auxílio como legatário natural da tua fé libertadora e santa.
Irmão do Cristo, recolhe-me no teu amor em nome de Quem, em apresentando os pequeninos aos discípulos amados, asseverou pertencer o Reino dos Céus.

Anália Franco

Fonte: FRANCO, Divaldo Pereira, SEMENTEIRA DA FRATERNIDADE (Diversos Espíritos), cap. 4, LEAL, 6ª Edição, 2008

NAEEJA – EDUCAÇÃO ESPÍRITA “ANÁLIA FRANCO
SÁBADOS DAS 14h30 às 16h00
• Grupos de infância a partir de 4 anos
• Grupo de jovens e adultos

RESPONSABILIDADE COM O PLANETA TERRA


Estamos vendo nos meios de comunicação, um constante alerta sobre a responsabilidade que temos quanto à preservação da saúde do nosso planeta.
Cientistas, ambientalistas, jornalistas, a sociedade como um todo, alertam sobre as consequências de uma agressão constante ao meio ambiente e nós, espíritas, como nos colocamos nesse processo?
A doutrina espírita nos ensina que a Terra é a nossa casa planetária e aqui estamos para cumprir um propósito de regeneração e progresso, é a escola onde burilamos nosso caráter.
Fica, portanto, muito claro que não podemos aprender e evoluir em uma casa doente, afligida pelas mazelas de nossa inconsequente ambição. Fica evidente que a consciência de um mundo preservado deve ser a soma das boas intenções de todos os segmentos sociais, incluindo aí, as diferentes denominações religiosas, pois esta é a morada que Deus nos ofereceu para o nosso crescimento, para o progresso de seus filhos.
Os espíritas, em particular, aprendem a importância do nosso planeta, em várias oportunidades, destacada por Allan Kardec, a Terra é um ser vivo, pulsante, passou e passa por diferentes processos de acomodação e evolui, como tudo o que existe na criação.
É, portanto, um ato de caridade para com a vida, a nossa preocupação com o ambiente em que vivemos, porque embora hoje estejamos no presente, não podemos nos esquecer de que, pelo mecanismo da reencarnação, amanhã aqui estaremos novamente, para viver no mundo que herdarmos.

Editorial CEBM - ano 54- nº656 - julho/2012

FENÔMENOS MEDIÚNICOS

Os fenômenos mediúnicos a se evidenciarem, inevitáveis, nas estradas do homem, guardam expressiva similitude com a presença das águas, nos caminhos da Terra.
Águas existem, por toda parte.
Possuímo-las cristalinas em fontes recamadas de areia, pesadas de barro nos rios que desgastam o solo, tisnadas na sarjeta em que rolam depois da chuva, lodacentas no charco, furtadas de represas, concentradas em lagoas infectas, amargas em poços largados no esquecimento, semi-envenenadas nos esgotos de lama...
Todas elas, contudo, podem ser decantadas, medicadas, purificadas e renovadas para servir.
Assim também os fenômenos mediúnicos.
Venham de onde vierem, assinalam-se por determinado valor.
Entretanto, é preciso não esquecer que devem ser examinados, raciocinados, interpretados e compreendidos para mostrarem proveito justo.
Para eles e junto deles, todos nós temos a Doutrina Espírita por filtro de tratamento.
À vista disso, não desprezeis fato algum, mas igualmente, em tempo algum, não vos canseis de estudar.
Albino Teixeira

Fonte: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo . IDEAL ESPÍRITA (Espíritos Diversos), cap. 55, 12ª Edição, Editora CEC, MG

 ENTRE O BEM E O MAL


“Bem sabeis que no mundo em que viveis nada se consegue sem o esforço pessoal, que designais em vossa linguagem como a luta pela vida. Para as conquistas da matéria, lutais no chamado mercado de trabalho. Lutais na busca dos conhecimentos para o progresso intelectual e, cada vez mais lutais para manter em equilíbrio o corpo material. As lutas, aqui falo-vos no sentido literal da palavra, sempre fizeram parte das conquistas dos povos pela expansão dos seus territórios. 
Assim também, para que o Bem possa se fazer presente em vosso planeta, as lutas devem ser incessantes, pois o Mal, que é insidioso, domina ainda a maioria da ações do homem, e muitas vezes utilizando a aparência do Bem. Observai que, para a propagação do Bem através de obras que tragam os verdadeiros benefícios, as dificuldades são grandes, enquanto para as ações que trazem os prazeres libertinos e as paixões terrenas, tudo é facilitado.
Que dizer então da propagação da mensagem renovadora trazida por Jesus, que o Espiritismo tão bem explica e complementa! As dificuldades são tamanhas, pela incompreensão e desinteresse do homem com relação às verdades divinas, que mesmo os que já detém alguns conhecimentos acerca desta mensagem, ainda não a compreendem em sua plenitude.
Irmãos, digo-vos por experiência já vivida, que a luta maior deve ser a que deveis travar contra vossas tendências, buscando a renovação interior. É a luta do homem velho, aquele ainda preso às coisas do mundo, contra o homem novo, o que pretende reformar-se com a Boa Nova.
Esta batalha, que é diária, deve ser o objetivo principal de toda a vossa atenção, pois estarão a secundar-vos influências de ambos os lados. Da mesma forma que estarão a encorajar-vos e auxiliar-vos os bons Espíritos, se vossa intenção for verdadeira, do outro lado estarão aqueles que não desejam o vosso progresso espiritual e, por consequência, também do vosso mundo.
A balança penderá para o lado em que estiver o vosso coração.
Segui, irmãos. Empreendei o bom combate do qual falava o apóstolo. Deixai aflorar os bons sentimentos, reforçados pelos conhecimentos que vos proporcionam a doutrina de Jesus, e sufocai os vossos vícios, principalmente o orgulho, a vaidade e o egoísmo. Muitas vezes o desânimo baterá à vossa porta acompanhado pelo canto tentador do mundo, mas não sucumbais. Quanto maior for vosso empenho nos embates da vida, mais satisfação tereis em derrotar as más tendências e maior será a vossa recompensa. Após o combate, vem o repouso do guerreiro. Não o repouso na inatividade como podeis pensar, mas o da paz de espírito. Podereis, então, ajudar outros que ainda labutam pela melhoria e, assim, estareis fazendo o que o Mestre ensinou: amar o próximo como a si mesmo.
Não vos esqueçais de que aqueles que estão a vos orientar e ajudar, já passaram por tudo isto, estando portanto aptos a vos instruir nesta labuta em busca da perfeição. Que o mestre Jesus, guia dos guias, esteja sempre a vos amparar e orientar através do seus mensageiros”. – Um Espírito amigo

Mensagem mediúnica
Classificação: Espíritos familiares
Espírito: Um Espírito amigo.
SEAK