terça-feira, 31 de maio de 2011

Deus é quem cura
Alguns homens, quando realizam grandes feitos, costumam encher-se de orgulho. Chegam a pensar que são infalíveis em sua atuação e creem que tudo podem. E isso nos recorda do grande mestre e criador da homeopatia, Samuel Cristian Hahnemann. Uma postura de verdadeiro sábio. Em 1835, chegou a Paris e começou a clinicar, embora o descrédito e o ataque de muitos dos seus colegas alopatas.
Foi então que a filha de Ernest Legouvé, membro da Academia Francesa, famoso escritor da época, adoeceu gravemente. Um artista de nome Duval foi chamado para fazer um retrato da jovem agonizante. Era a derradeira lembrança que o pai amoroso desejava ter da filha que se despedia da vida.
Concluída a tarefa, executada com as emoções que se pode imaginar, Duval fez ao pai uma pergunta nevrálgica: Se toda a esperança está perdida, por que o senhor não tenta uma experiência com a nova medicina que tanto alvoroço tem feito? Por que não consulta o doutor Hahnemann? Nada havia a perder e o pai chamou o homeopata. Quando o viu, pareceu-lhe estar defronte a um personagem fantástico de contos infantis.
Hahnemann era de baixa estatura, robusto e firme no andar, envolvido em uma capa e apoiado sobre uma bengala com castão de ouro. Uma cabeça admirável, cabelos brancos e sedosos, lançados para trás e cuidadosamente encaracolados em torno do pescoço. Com seus olhos de um azul profundo, sua boca imperiosa inquiriu minuciosamente sobre o estado da menina. Na sequência, pediu que transferissem a enferma para um quarto arejado, abrindo portas e janelas para que ar e luz entrassem abundantes. No dia seguinte, iniciou o tratamento. Foram dez dias de expectativa e de tensão. Finalmente, a esperança se confirmou. A menina estava salva. O impacto dessa cura, quase milagrosa, foi enorme, em toda Paris.
Em reconhecimento pela salvação de sua filha, apesar de muitos ainda afirmarem que Hahnemann não passava de um charlatão, Legouvé presenteou o médico com o próprio quadro pintado por Duval. Era uma obra prima. O criador da Homeopatia a contemplou demoradamente, tomou da pena e escreveu: Deus a abençoou e salvou.Hahnemann.
Considerava pois a cura uma bênção de Deus, da qual ele não fora mais do que um instrumento.
Assim são os verdadeiros sábios, os grandes gênios da Humanidade. Eles sabem que dominam grandes porções do conhecimento. Mas não esquecem de que a inteligência lhes foi dada por Deus, de onde todos emanamos. Somos os filhos da Suprema Inteligência, que nos permite crescer ao infinito. Contudo, a Ele cabem todas as bênçãos, permitindo-nos, na qualidade de irmãos uns dos outros, atuar, agir, no grande concerto da criação. Pensemos nisso e façamos o bem, sempre nos recordando que sem Deus nada podemos. Redação do Momento Espírita, com base em dados biográficos de Samuel Hahnemann.

 
Salários

Em certa passagem do Evangelho, narra-se uma pregação de João Batista.
A multidão interage com o profeta e lhe pede orientações.
Em dado momento, alguns soldados perguntam o que devem fazer.
João lhes responde que devem contentar-se com o seu soldo e não tratar mal ou defraudar a ninguém.
Essa frase tão concisa mostra grande sabedoria.
Muita gente se perde em tortuosos labirintos por não entender os problemas da remuneração na vida comum.
A busca de ganhos cada vez maiores pode fazer com que a pessoa esqueça os deveres que justificam seu salário atual.
Por se sentir injustiçada, arde em inveja de quem ganha mais.
Há operários que reclamam a remuneração devida a altos executivos.
A ganância costuma lançar um véu sobre a realidade e o ganancioso tudo vê sob uma ótica particular.
Ele sempre encontra uma forma de comparar sua situação com a dos outros, em seu favor.
Entretanto, não examina seriamente as graves responsabilidades que repousam sobre os ombros dos homens altamente colocados.
Muitas vezes, estes se convertem em vítimas da inquietação e da insônia.
Suas decisões e ações afetam a vida de incontáveis seres humanos e eles sentem o peso que isso representa.
Frequentemente, têm de gastar as horas destinadas ao descanso e à vida familiar em representações sociais.
De outro lado, há homens que vendem a paz do lar em troca de maiores ganhos.
Abdicam da convivência com os filhos enquanto se entregam a atividades desnecessárias.
Muitas vezes, justificam seu proceder com o propósito de dar conforto à família.
Contudo, olvidam que o afeto e a educação são os tesouros mais preciosos que podem proporcionar aos seus rebentos.
Ao eleger os bens materiais como o objetivo superior da existência, dão exemplos perniciosos.
Inúmeras pessoas seguem, da mocidade à velhice, descontentes com seus salários.
Apresentam-se ansiosas e descrentes, enfermas e aflitas, por não entenderem as circunstâncias do caminho humano, no que tange ao dinheiro.
Não é por demasia de remuneração que a criatura se integrará nos quadros Divinos.
Segundo a sabedoria popular, para a grande nau surgirá a grande tormenta.
Valorizar cada servidor o seu próprio salário é prova de elevada compreensão, ante a justiça do Todo Poderoso.
Para alcançar a paz, o relevante é estar muito atento aos próprios deveres.
Trabalhar com honestidade e desenvolver o próprio potencial.
Buscar melhoria, progresso e bem-estar, mas sem a angústia da ganância material e sem cobiçar o que é do próximo.
Antes de analisar o pagamento da Terra, é preciso se habituar a valorizar as concessões do Céu.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 5 do livro Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 23.05.2011.

ATRIZ DA GLOBO DIZ QUE CONVERSA COM SEU FILHO

24/05/2011 - 17h52 - Atualizada em 24/05/2011 - 19h10 Cissa Guimarães diz que conversa regularmente com seu filho Atriz diz que sente a presença espiritual de Rafael Mascarenhas. da Redação

Cissa Guimarães - Foto: TV Globo/Bob Paulino
A atriz Cissa Guimarães concedeu uma entrevista exclusiva à revista "Quem" e afirmou que conversa regularmente com seu filho Rafael Mascarenhas, que morreu há quase um ano após ser atropelado por um carro.
"Você tem que estabelecer sua conexão com esse portal de amor, é a única saída. O Rafael abriu um portal enorme de amor, de atenção com os outros, de atitudes na minha vida", disse.
Cissa contou que sua alma está exausta: "Eu ainda choro e estou sangrando muito. As vezes tenho vontade de ir embora (ela está no elenco da novela "Morde & Assopra"). Todos sabem que estão lidando com uma pessoa que saiu do CTI. Isso pode acontecer a qualquer hora do dia". 
A atriz revelou que não sente raiva dos responsáveis pelo atropelamento do seu filho: "Eu tive muita pena dessa mãe. Como ela vive com esses dois filhos e com esse marido? Morro de pena."
Cissa contou que pretende homenagear o filho quando se completar um ano de sua morte: "Penso em fazer um show com os amigos dele tocando. Só para a gente, para as internas. Vou comemorar com música, celebrar um ano de vida do Anjo Rafael. E não a perda. A gente ganhou um anjo".A entrevista completa você confere na revista "Quem" que chega às bancas nesta quarta-feira, 24.
FONTE: UOL

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Atenção ao idoso

Dona Marlene era uma senhora alegre, ativa, independente e muito lúcida. Aos oitenta anos, apresentava algumas limitações físicas compatíveis com a idade.
As dores articulares, provocadas pelo desgaste natural e consequente artrose, a incomodavam diariamente, mas nada que lhe diminuísse o entusiasmo.
Vibrava com cada conquista pessoal e profissional dos filhos e netos. Novos empreendimentos, cursos, especializações, casamentos, uma nova gravidez na família. Tudo era motivo para seus olhos brilharem de alegria.
Morava com uma das filhas e sua casa era muito bem cuidada. Sempre limpa, arrumada, arejada e repleta de porta-retratos, onde cada fotografia contava uma história.
Certo dia, durante uma caminhada de rotina, a senhora sofreu uma queda que resultou em uma fratura articular, necessitando ser submetida a cirurgia
Após a alta hospitalar, por recomendação médica, ela precisaria ficar um período em repouso, pois levaria algum tempo para voltar a caminhar com independência.
Os filhos acharam que a melhor solução seria encaminhá-la a uma Casa de Apoio para Idosos. A justificativa era de que ela necessitava de cuidados especiais, para os quais a família não estava devidamente preparada.
Já instalada na Casa de Apoio, dona Marlene recebeu a visita de uma jovem amiga, que a encontrou acamada, totalmente dependente.
Durante a conversa, ela dizia que sentia falta da sua casa, dos objetos pessoais, da presença da família, enfim, do seu alegre cantinho.
Com o tempo, ela voltou a caminhar. Aos poucos, apesar da fragilidade física, foi se tornando novamente independente. Uma das filhas a visitava semanalmente, mas não falava em levá-la de volta ao seu lar.
Nas visitas periódicas, a amiga foi percebendo que a senhora deixara de falar em voltar para casa. Percebeu também a tristeza que lhe ia na alma.
Tinha certeza que dona Marlene não falava no assunto porque no fundo se envergonhava da situação de abandono.
Nas poucas vezes em que se referia à amada família, justificava de várias formas a dificuldade que seria se ela voltasse para casa. Dizia que a família não poderia assisti-la, pois todos tinham seus compromissos pessoais.
Em verdade, seus lábios diziam palavras que seu coração não compreendia. No lugar daquele olhar alegre e doce, antes cheio de brilho, surgiu um olhar triste, sem vida, que refletia solidão e abandono.
Não era necessário ter muita sensibilidade para perceber que, por dentro, ela morria a cada dia. Que a esperança de voltar para o seio da família ia embora e junto ia também a vontade de viver.
Passado algum tempo, devido a uma determinada complicação de saúde, tornou a ser hospitalizada. Seu organismo cansado, enfraquecido pela dor maior da solidão, não resistiu. Ela havia desistido de viver.
* * *
Algumas famílias necessitam contar com o apoio das instituições especializadas para cuidar dos seus idosos.
É uma difícil decisão e se justifica, em muitos casos.
É compreensível então, contar com tal recurso, enquanto se necessita cumprir nossos deveres profissionais e familiares.
Essa atitude não significa abandoná-los.
O importante é se fazer presente, levando amor e carinho, pois nada justifica a desatenção e o desamparo.

Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Dia 15 de maio foi o dia da família- Dicas para mantê-la unida!!


Quinze de maio foi  o dia da família, que benção né. A instituição mais antiga do mundo. 
Vamos celebrar!
Recebi um texto sobre 12 hábitos que ajudam a manter a família unida:

1. Respeite os limites de cada um
Esse é um dos hábitos mais difíceis, pois implica aceitar algumas diferenças. "Cada indivíduo da família tem seu ritmo, seu jeito de vivenciar as coisas da vida. Tanto os filhos como os pais desenvolvem essa percepção do 'jeito de cada um'", conta o psiquiatra Paulo Zampieri, Terapeuta de Casais e Famílias, de São Paulo. Procurar respeitar essas peculiaridades - desde que não sejam preocupantes - pode ajudar a resolver conflitos familiares de uma forma muito mais fácil.
2. Priorize o bom humor
Procure encarar os conflitos familiares com mais disposição. Muitos deles surgem por motivos pequenos e são alimentados pelo cansaço e estresse do dia a dia. "Encarar conflitos já é melhor do que evitá-los e há de ser com bom humor, senão fica sempre parecendo cobrança ou bronca", aconselha o psiquiatra Paulo Zampieri. 
3. Cozinhe em conjunto
A
psicóloga Eliana Alves fala que é importante criar espaços que propiciem um vínculo afetivo. "Vivemos no imperativo da falta do tempo, mas é necessário se preocupar em criar momentos para conviver com nossos familiares", diz a especialista.
Para driblar essa falta de tempo, os programas conjuntos podem ser tarefas diárias como as atividades domésticas, que permitem uma troca de experiências. "Atividades lúdicas e domésticas ajudam todos os membros da família a se apropriarem dos pertences do lar, aprendendo juntos as tarefas que um dia os filhos também farão", afirma o psiquiatra Paulo Zampieri.
4. Incentive o diálogo
Essa é uma das práticas mais fundamentais. De nada adianta viver unidos sob o mesmo teto se não há conversa, se as pessoas não compartilham seus sentimentos e experiências de vida. O diálogo permite saber o que o outro está pensando e sentindo e é a melhor forma de resolver desentendimentos.
"Os familiares são os maiores parceiros que filhos, pais e avós têm naturalmente na vida", lembra o psiquiatra Paulo Zampieri, que dá uma boa dica para fortalecer os vínculos por meio do diálogo. "Peça aos avós que contem como foi a vida deles, como se uniram, o que pensavam da vida. É um jeito interessante de co-construir a história da família por meio dos protagonistas mais velhos e permite conhecer como os costumes mudaram", completa
5. Crie momentos de lazer com todos
Os familiares servem de apoio nas horas difíceis, mas também podem ser ótimas companhias para momentos de distração e divertimento. O psiquiatra Paulo Zampieri conta que, quando os filhos são pequenos, fica mais fácil: "É só convidar que todos vão", comenta.
No entanto, quando os filhos crescem e se tornam mais independentes, essas ocasiões ficam cada vez mais incomuns. "Quando a família cultiva esses hábitos desde cedo, gera a possibilidade de conservar atividades de lazer em conjunto em etapas mais adultas", completa o especialista.
6. Procure estar disponível
Não precisa ser super-herói: é impossível estar disponível o tempo todo e a família precisa entender isso, principalmente as crianças. Entretanto, mostrar disponibilidade para conversar e dar atenção, sempre que possível, é fundamental. De acordo com o psiquiatra Paulo Zampieri, os pais devem fazer isso de forma declarada. "Conte comigo", "sou seu parceiro" ou "se precisar, estou aqui" são frases que ajudam os filhos a encontrarem um momento de poder falar
7. Evite que a rotina agitada e estressante interfira no contato familiar
É nada agradável encontrar uma pessoa em casa com a cara fechada, sem vontade de conversar. Experimente imaginar que, no momento em que você for passar pela porta de entrada, as preocupações do trabalho ficarão do lado de fora. A família poderá ser uma excelente forma de distração!
Em alguns momentos, procure também deixar o trabalho e demais compromissos em segundo plano. "Tal postura pode indicar valorização do contato, como se a pessoa estivesse dizendo à família: 'vocês são importantes para mim'", afirma a psicóloga clínica Michelle da Silveira, de São Paulo.
8. Invista no afeto
Há várias formas de manifestá-lo, vale a sua criatividade de adaptá-las ao tempo e à rotina que você possui. Não se esqueça também do carinho físico. Um simples abraço proporciona conforto e uma ligação muito forte. "O afeto pode ser uma forma de aproximação das pessoas. A partir dele, outros sentimentos fundamentais para as relações serem estabelecidas são formados, como: respeito, compreensão, tolerância, entre outros", explica a psicóloga Michelle da Silveira.
9. Não espere os finais de semana
Procure se lembrar de estreitar os vínculos sempre. Um telefonema, um email ou mesmo uma mensagem por celular podem ser demonstrações de afeto que fazem a diferença. "Com maior tempo de interação, as pessoas poderão se conhecer melhor, agregar pontos positivos da outra pessoa, descobrir afinidades e, a partir daí, estreitar os laços que podem levar à construção de vínculos mais estáveis", esclarece a psicóloga Michelle da Silveira. 
10. Reconheça os próprios erros
Ninguém na família é perfeito, inclusive os pais. Segundo a psicóloga Michelle da Silveira, assumir falhas pode implicar em mudança, uma vez que a pessoa refletiu sobre a sua ação e, em uma próxima situação parecida, tentará agir de forma diferente. "Esse comportamento de flexibilidade gera confiança na pessoa com a qual se relaciona, pois ela fica com a idéia de que o erro poderá não se repetir", completa.
11. Crie momentos a sós com cada um
Estimular ocasiões exclusivas entre marido e mulher ou mãe e um dos filhos, entre outras possibilidades, facilita a comunicação. A psicóloga Michelle da Silveira explica que isso favorece o conhecimento entre as pessoas e facilita a criação de sentimentos, como intimidade e confiança. 
12. Seja um exemplo
Suas pequenas atitudes no âmbito familiar podem gerar admiração pelos parentes. Quando há essa admiração, a possibilidade de existir vínculos é maior. A psicóloga Michelle da Silveira explica: "Existe nas relações a intenção comum entre as partes de agregar valores, e só é possível obter esses valores, em geral, de alguém sobre o qual se nutre admiração".

FONTE: UOL DE 15 DE MAIO DE 2011.

CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA DO MÊS DE MAIO

 ENTREGA A TE A DEUS, psicografia de Divaldo Pereira Franco,
    pelo Espírito de Joanna de Ângelis

 SABER É PARA SEMPRE. CRER É TRANSITÓRIO.

A beleza da escrita e a profundidade do conhecimento de alguém que ilumina a humanidade há séculos.
Eis o que se encontra nesta obra da venerável Joanna de Ângelis, psicografada pelo excepcional orador,
médium, autor e educador Divaldo Franco.

Perguntas eternas, problemas atuais, desafios vindouros são abordados e elucidados com mestria,
demonstrando a direção segura que conduz à iluminação interior. A ética de Jesus e a sua moral, o amor,
 a caridade, a verdade, a alegria, a simplicidade... a depressão, a morte, a agressividade, a intolerância,
o egoísmo, o poder, o fanatismo... as conquistas da ciência e da tecnologia, o conforte e o prazer...

Tudo isso e muito mais em 30 capítulos, acompanhados por mais de 470 notas explicativas e índice geral
com mais de 860 entradas.

Compreenda como ir além da crença, da transitoriedade, para encontrar a sabedoria, a eternidade.
O caminho está posto, a vida está a clamar: Entrega-te a Deus!

RESGATANDO VALORES ESQUECIDOS!
Maria Luzia Almeida Rosa, Araçatuba, SP

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. O homem terá que conviver com a natureza social do próprio homem; mas sempre nos vem à mente: será que estamos realizando as tarefas adequadamente ou esperando que os outros façam por nós, aquilo que somente à nós compete. A midia nos contempla todos os dias com atos, notícias, ocorrências, acontecimentos muito duros, tragédias, barbáries que nos amedrontam. A passividade tomou conta do homem, levando-o a uma acomodação que dá medo de viver. Medo de tudo, da vida. A vida moderna com todas as facilidades e dificuldades vêm preenchendo tanto o tempo e a vida fugaz do ser humano, que o pouco espaço que lhe resta não sobra lugar para a busca dos valores nobres do espírito. Onde a ética, a justiça, a disciplina, a honestidade, a solidariedade, a verdade. Valores imprescindíveis para o desenvolvimento de uma sociedade equilibrada e mais feliz. Como almejar esse equilíbrio social se perdemos a dignidade, a beleza e a graça da vida, tornando-nos engenheiros do mau humor. Clientes assíduos das clínicas psicológicas e as sessões de terapias, até mesmo regressões de vidas passadas para resolver problemas emocionais criados pelas nossas invigilâncias, nossos deslizes, nossos lixos mentais, emocionais  e afetivos no coração .Geralmente, vivemos caçando e remexendo lixos alheios. Há gente que só tem olhos para o lixo, e lamentavelmente não cogitam em reciclar suas próprias atitudes, seus pensamentos, seus posicionamentos e idéias. Acomodam-se na busca insana pelo lixo dos outros; criticam os familiares, parentes, amigos, vizinhos, o governo, o salário, a política, a religião do outro, o lixo e a sujeira da cidade, e esquece o lixo seu. Viu como adoramos caçar encrencas para nós próprios? Não mandamos em nossos hábitos, não respeitamos leis impostas pelo próprio homem, há um desrespeito total á tudo: à natureza, ao transito, ao corpo físico, à saúde, ao ser humano, ao outro; é um abuso à integridade, a esse espírito reencarnante que veio para a busca da perfeição.
Onde os valores essenciais para essa constante busca? Que condições o planeta Terra nos oferece?
O que estamos fazendo para melhorar? O que nos resta é a Educação dos sentimentos; a Pedagogia do respeito, o resgate da dignidade humana e a valorização do Ser. A receita é fácil e maravilhosa: adote o Cristo em suas atitudes. Se sonhamos com uma sociedade justa e feliz estamos precisando um pouco de luz e beleza; de graça e alegria para continuar a sonhar, para que a vida se torne suportável e especial.

O mundo está melhor sem Bin Laden?
Wellington Balbo – Bauru - SP

A morte de Osama Bin Laden é apenas uma pequena amostra da ilusão que o ódio pode ocasionar na criatura humana. Integrantes da família universal podem, quando revestidos de sentimentos menos felizes, considerarem-se ferrenhos inimigos, como no caso em questão. Lamentável, pois, as atitudes dos terroristas que se voltam contra os EUA, como também é lamentável a felicidade com ares de vitória da terra do Tio Sam pela morte de Bin Laden. Em ocasiões assim não há vencedores. Todos perdem. 
Interessante que o desconhecimento das leis que regem a vida faz com que até mesmo figuras inteligentes percam-se em devaneios.
Explico melhor: André Trigueiro, jornalista do Globo News, no programa em que apresenta questionou renomado professor de História Contemporânea se o mundo ficaria melhor com a morte de Bin Laden. O acadêmico, impetuosamente respondeu: Obviamente que sim!
Certamente o professor desconhece que despojado do invólucro de carne Bin Laden não perdeu sua ira. Ele não sumiu, apenas está sem o corpo físico. Não vejo, então, qual a melhora efetiva do mundo sem a presença física do terrorista. O mundo estaria melhor se ele tivesse mudado suas disposições íntimas, regenerando-se. Sabemos que nada disso ocorreu, portanto...
Vale destacar também que o sentimento de pseudo-alegria de uma nação pela morte de alguém que os tem como inimigos somente acirra os ânimos exaltados de alguns fanáticos, fazendo a perpetuação do ódio e da vingança.
A morte do corpo não significa a morte do sentimento ou da individualidade. Continuamos existindo e atuando em consonância com nossos propósitos e objetivos. E as vibrações destemperadas de alguns encarnados atingem em cheio o objeto de suas doentias emanações mentais.
Portanto, fácil concluir que desprovido do corpo Bin Laden continuará atuando.
Por isso recomenda-se o perdão das ofensas, para que as contendas não se transformem em ardilosos e nefastos processos de obsessão que perduram por tempo indeterminado, até que as partes envolvidas disponham-se a aparar arestas. É fácil perdoar, simples, passe de mágica? Todos sabemos que não. O perdão é uma construção daquele que busca estar em paz consigo e sua consciência. Muitos dizem: Mas como perdoar? Como conceder o benefício do perdão a um terrorista ou a alguém que tirou a vida de uma pessoa que eu amo? Primeiro é preciso compreender que o perdão beneficia quem o concede, porquanto o livra das correntes do ódio e da vingança.
Aliás, a vingança é claro sinal de inferioridade. Conforme consta em O evangelho segundo na elucidativa mensagem de Júlio Olivier que transcrevemos parcialmente:
A vingança é um dos últimos remanescentes dos costumes bárbaros que tendem a desaparecer dentre os homens. E, como o duelo, um dos derradeiros vestígios dos hábitos selvagens sob cujos guantes se debatia a Humanidade, no começo da era cristã, razão por que a vingança constitui indício certo do estado de atraso dos homens que a ela se dão e dos Espíritos que ainda as inspirem.
Se buscamos seguir Jesus é inconcebível que vibremos com a desdita do outro. Se não é possível perdoar, ao menos não alimentemos a vingança. Se o perdão se faz impossível e nosso coração ainda não é brando o suficiente para concedê-lo, que ao menos não cogitemos de prejudicar quem quer que seja.
Por essas e outras é que discordamos com veemência do professor que concedeu entrevista ao André Trigueiro.
O mundo não está melhor nem pior sem a presença de Bin Laden.
O mundo só estará melhor quando aprendermos a perdoar e o mundo só será o ideal quando aprendermos, de fato, a amar. Assim, nada de perdão, porquanto não estaremos mais no primitivo estágio de causar dano ao outro.
Reflitamos com gravidade nesse momento e analisemos nossa postura como espíritas. O ódio não combina com aqueles que pretendem seguir Jesus.
Pensemos nisso.

Malhação de Judas

Ary Brasil Marques
        As comemorações que antecedem a Páscoa acontecem por toda a semana. Muito mais que festejar o verdadeiro sentido do evento que é a ressurreição, uma grande parte da população se regozija com o consumo de chocolate.
        O sábado da aleluia, que deveria trazer para todos as alegrias espirituais, tem uma tradição popular chamada de malhação do Judas.
        Essa tradição é um verdadeiro exercício de violência e de vingança. A pretexto de malhar, espancar, destruir a figura que representa Judas, o traidor de Jesus, as pessoas buscam vingar o Mestre, fazendo justiça através da explosão de um ódio concentrado. A meninada, incentivada pelos adultos e até pelos pais, fantasia o Judas a ser malhado, colocando nele a figura de políticos corruptos, de pessoas antipáticas e de criminosos a quem gostariam de punir.  
        Dentre os atingidos pela ira popular figuram governantes, criminosos como o casal Nardoni recentemente julgados, o mensalão de Brasília e outras vítimas da sanha de vingança, desejo de matar e de ver sangue, e o Judas é estraçalhado em um poste pela multidão ensandecida. Com isso, acham que estão fazendo justiça e punindo não só aquele que traiu Jesus como todos aqueles que mataram e roubaram.
        O curioso é que esse ato contraria em tudo e por tudo os ensinos do Mestre Jesus, que nos deu exemplos de amor e de perdão.
        Agir como selvagens e voltar ao tempo dos bárbaros não vai certamente levar nossas crianças a se tornarem melhores e aprender a amar e respeitar o semelhante.
        Precisamos evitar que hábitos perniciosos como esses passem a fazer parte obrigatória dos usos e costumes de nosso povo.
        Vamos abolir esse costume bárbaro e ensinar aos nossos filhos e netos que só o amor e o perdão pode fazer com que o nosso planeta deixe de ser violento e triste.

SBC, 04/04/2010.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA ASSISTENTE DO LAR

Em parceria CRAS e NAEEJA, realizaram nos dias 07.05 (sábado), 09.05 (segunda-feira) e 10.05 (terça-feira) das 8h00 as 12h00 totalizando a carga horária total de 12h00 curso de capacitação para Donas de casa e empregadas domésticas.

Com a utilização de material multimídia (data-show) a instrutora Regina

Léon Denis,
O Sucessor de Kardec

Léon Denis, considerado o continuador lógico da obra de Allan Kardec, nasceu a 1º de janeiro de 1846 na pequena localidade de Foug, na França.
Denis foi despertado ainda jovem, (18 anos) para as maravilhas do Espiritismo, ao ler entusiasmado o "O LIVRO DOS ESPÍRITOS" que lhe apresentou, segundo a sua afirmativa, uma "solução clara, completa, lógica do problema universal".
Denis foi um bom médium vidente e psicógrafo. Recebia mensagens de Sorella (Joana Darc), do Espírito Azul e de Jerônimo de Praga. Foi também brilhante orador, participando de numerosas conferências em que defendeu a Doutrina Espírita com inteligência e ardor.
A Doutrina Espírita apresenta em seu conteúdo três aspectos: científico, filosófico e moral, porém, Denis aprofundou-se mais na abordagem do aspecto filosófico do Espiritismo, no qual fez estudos profundos nessa área.
Denis  tratou de assuntos históricos como as origens celtas da França e o dramático episódio do martírio da grande médium francesa Joana D'Arc. E preocupou-se com as origens do Cristianismo e seu processo evolutivo através dos tempos.
A sua bibliografia é vasta e composta de obras monumentais que enriquecem as bibliotecas espíritas, entre as quais destacamos: Depois da Morte, Cristianismo e Espiritismo, No Invisível, O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Provas Experimentais da Sobrevivência, Joana D'Arc Médium, O Porquê da Vida, O Grande Enigma e muitas outras.
Dentre suas múltiplas ocupações, foi presidente de honra da União Espírita Francesa, membro honorário da Federação Espírita Internacional e presidente do Congresso Espiritista Internacional, realizado em Paris, em 1925. Durante longos anos dirigiu um grupo experimental de Espiritismo, na cidade francesa de Tours.
Sua atuação no seio do Espiritismo foi bastante diversa daquela desenvolvida por Allan Kardec. Enquanto o Codificador exerceu suas atividades na própria capital francesa, Léon Denis desempenhou a sua dignificante tarefa na província. Kardec se destacou como uma personalidade de formação universitária, que firmou seu nome nas letras e ciências, antes de se dedicar às pesquisas espíritas e codificar o Espiritismo. Denis foi um autodidata que se preparou em silêncio e na pobreza material para surgir subitamente no cenário intelectual e impor-se como conferencista e escritor de renome, tornando-se figura de destaque no campo da divulgação do Espiritismo.
Sua inusitada capacidade intelectual e a percepção das coisas transcendentais fizeram com que o movimento espírita francês e mesmo mundial, gravitassem em torno da cidade de Tours. Após a desencarnação de Allan Kardec, essa cidade tornou-se o ponto de convergência de todos os que desejavam tomar contato com a Doutrina Espírita recebendo assim as luzes do conhecimento, pois, inegavelmente, a plêiade de Espíritos que tinham por incumbência o êxito do processo de revelação do Espiritismo levou a Léon Denis toda a sustentação necessária a fim de que a nova doutrina se firmasse de forma ampla e irrestrita.
Denis jamais cursou uma academia oficial: formou-se na escola prática da vida, na qual a dor própria e a alheia, o trabalho mal retribuído e as privações heróicas ensinam a verdadeira sabedoria, por isso dizia sempre: “Os que não conhecem essas lições ignoram sempre um dos mais comovedores lados da vida”.
Deve-se a ele, a oportunidade ímpar que os espíritas tiveram de ver ampliados novos ângulos do aspecto filosófico da Doutrina Espírita Suas obras, de um modo geral, focalizam numerosos problemas que assolam os homens e a questão da sobrevivência da alma humana em seu trabalhoso processo evolutivo.
Mesmo prostrado por uma pneumonia, não deixou de trabalhar até seus últimos dias, sendo auxiliado por duas devotadas secretárias na elaboração de mais obras edificantes. Desencarnou em 12 de abril de 1927, na cidade de Tours.
Léon Denis imortalizou-se na gigantesca tarefa de dissecar problemas atinentes às aflições que acometem os seres encarnados e forneceu valiosos subsídios, no sentido de lançar novas luzes sobre a problemática das adversidades terrenas. Durante toda sua vida, bastante atribulada, ele jamais deixou de escrever, falar, propagar e exemplificar aquilo que ensinava, tornando-se assim verdadeiro exemplo vivo de trabalho, perseverança e dedicação a uma causa nobre e altamente benéfica para a Humanidade.

Bibliografia:
Personagens do Espiritismo
Antonio de Souza Lucena - Paulo A. Godoy
Folhetim Espírita no 30 (nov/dez/86), matéria de autoria de Antonio Sérgio C. Piccolo
(Artigo originalmente publicado no jornal Entre nós - Informativo CEOS/ IAM - No 49 e reproduzido com a autorização do autor)

quinta-feira, 12 de maio de 2011

4ª FEIRA, DIA 18/05 TEM MACARRÃO CASEIRO NO NAEEJA

Você já conhece o nosso macarrão caseiro?
Se disser sim, você já sabe da qualidade e do sabor.
Caso contrário, venha experimentar e verá.
Nosso macarrão caseiro não tem conservantes químicos e pode ser congelado.
Cozinha bem mais rápido que o macarrão industrializado.
Ligue e faça sua encomenda pelo telefone 3842-1098 ou pelo e-mail:
CONHEÇA MELHOR: CLÉLIA SOARES DA ROCHA

Mais conhecida por Clélia Rocha, nasceu na cidade de Barra Mansa, Estado do Rio de Janeiro, no dia 18 de outubro de 1886 e desencarnou, com 50 anos de idade, no dia 16 de fevereiro de 1936.
Foi educada como interna do Colégio Bom Conselho, na cidade de Taubaté, completando sua educação na cidade de Piracicaba, onde recebeu o diploma de professora primária. Lecionou durante vários anos no Colégio das Freiras, da cidade de São Carlos. De família tradicionalmente católica, Clélia Rocha logo demonstrou repugnância pelos dogmas da religião de seus pais, o que aconteceu logo em sua primeira infância, originando- lhe sérios castigos no Colégio interno, onde passou a ser considerada criança rebelde.
Em Piracicaba ainda quando estudante, conheceu um jovem médico, com quem acertou casamento. Entretanto, o rapaz desencarnou repentinamente, frustrando todo o seu sonho de menina moça, que nunca mais pensou no casamento, dedicando toda sua vida ao magistério e ao amparo da criança órfã e desvalida. Um dia deliberou abrir um estabelecimento de ensino na cidade de Dourados, para a alfabetização de adultos que não tivessem condições de freqüentar aulas no período diurno, mantendo- o por algum tempo e fornecendo gratuitamente o material de ensino para todos aqueles que não o pudessem adquirir.
Nessa época a grande missionária Anália Franco fez uma visita à cidade e, vendo o sacrifício inenarrável pelo qual passava a jovem professora, convidou- a a fazer parte da sua equipe de trabalho, prontificando- se a ajudá- la no que lhe fosse possível. Dessa época em diante, tornaram- se grandes amigas e mútuas colaboradoras. Fundaram uma Creche para as mães pobres daquela redondeza e um abrigo para órfãos.
Anália Franco depositava irrestrita confiança no trabalho de Clélia Rocha. Numa das suas cartas chegou mesmo a afirmar: "Você é a diretora que mais assimilou os nossos ideais e muito tem produzido. Se todas as demais cooperadoras fizessem como você, muito realizaríamos".
Em fins de 1918, Anália Franco fundou um Asilo na cidade de Uberaba, em Minas Gerais, e convidou Clélia Rocha para ser sua diretora. Logo após, no dia 13 de janeiro de 1919, Anália desencarnou em S. Paulo, não podendo concretizar a obra. Clélia, fiel à sua memória, respeitando a sua última vontade, deliberou transferir- se para Uberaba, com todas as suas pupilas, fundando mais tarde naquela cidade um Colégio com 18 pensionistas, para manter as suas 72 alunas internas. Diante de sua obra assistencial pleiteou por várias vezes subvenções municipais, estaduais e federais, nunca conseguindo ressonância para as suas petições, pois, pelo fato de ser espírita, intensa perseguição lhe foi movida pelos sacerdotes locais. Como Anália Franco, organizou um Conjunto Litero-Artístico e Musical, com as próprias pupilas e demandou as cidades do interior dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, conseguindo meios de subsistência para manter o seu estabelecimento, tendo para tanto alcançado algum êxito. Fiel à memória de Anália Franco, tudo fez para que os ideais por ela esposados fossem mantidos em toda a sua plenitude, conduzindo- se sempre com verdadeiro espírito de abnegação e sacrifício, atestando sempre a sua grandeza espiritual.
Fundou com suas pupilas maiores de 16 anos a Liga Feminina Operárias do Bem, objetivando a formação de novas equipes de cooperadoras que pudessem mais tarde dar continuidade ao seu grandioso trabalho assistencial. Em 1924 transferiu- se para a cidade de São Manuel, no Estado de S. Paulo, onde conheceu Amando Simões, rico fazendeiro da região, espírito bem formado e coração generoso que, conhecendo as suas grandes dificuldades e estóica coragem, resolveu ajudá- la, fazendo a doação de um prédio e parte de seu terreno para que ali Clélia pudesse instalar o seu estabelecimento educacional. Graças ao prestígio desse abnegado confrade, contou logo com o concurso de parte da população e a simpatia da Câmara Municipal, podendo desta forma ampliar a sua obra beneficente. Acolheu no "Lar de Anália Franco" dezenas de crianças órfãs e ali realizou numerosos casamentos de suas ex- educandas, entregando- as ao mister de donas de casas, reintegradas na sociedade, para servirem como esposas e como mães.
Em 1930, na época do Natal, fundou a "Creche Berço de Ouro", destinada a receber as criancinhas, mantendo- a com todo o carinho de sua alma.
Era espírita fervorosa e muito se interessava pelos assuntos doutrinários. Como Anália foi literata, jornalista, poetisa, escritora, teatróloga, musicista e professora de línguas. Escreveu várias peças para teatro; dramas, comédias e enquetes de sua autoria foram encenadas com muito êxito no Grupo Teatral. Apresentou ainda muitas poesias e composições musicais. Exímia professora de trabalhos manuais, ministrava aulas de flores artificiais, pinturas, bordados, arte culinária e música, preparando suas filhas adotivas para tornar- se prendadas donas de casa do futuro.
Na intimidade era chamada "Mãe Lili", por todas as suas filhas adotivas. Deu o seu próprio nome a muitas delas, quando enjeitadas na "Creche Berço de Ouro" e não apareciam os parentes. Tendo que regularizar os seus registros civis, não hesitava jamais, registrava- as com o seu próprio nome.
Fundou o jornal literário "Lírio Branco" e o "Mensageiro do Órfão" hoje "Mensageiro do Lar", órgão de divulgação do Espiritismo, que continua a ser editado nas oficinas gráficas do Lar Anália Franco, na cidade de S. Manuel.
Clélia Rocha foi, portanto, uma missionária na verdadeira acepção da palavra, pertencendo à plêiade de valorosas mulheres espíritas do mesmo nível de Anália Franco, Olímpia Belém, Aura Celeste, Eurídice Panar, Abigair Lima e tantas outras.

(Subsídios fornecidos por Antônio de Souza Lucena)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

CONHEÇA MELHOR: Anália Franco, a grande dama da Educação brasileira
1856-1919
Nascida na cidade de Resende, Estado do Rio de Janeiro, no dia 1o. de fevereiro de 1856, e desencarnada em S. Paulo, no dia 13 de janeiro de 1919.
Seu nome de solteira era Anália Emília Franco. Após consorciar- se em matrimônio com Francisco Antônio Bastos, seu nome passou a ser Anália Franco Bastos, entretanto, é mais conhecida por Anália Franco.
Com 16 anos de idade entrou num Concurso de Câmara dessa cidade e logrou aprovação para exercer o cargo de professora primária. Trabalhou como assistente de sua própria mãe durante algum tempo. Anteriormente a 1875 diplomou- se Normalista,
em S. Paulo.
Foi
após a Lei do Ventre Livre que sua verdadeira vocação se exteriorizou: a vocação literária. Já era por esse tempo notável como literata, jornalista e poetisa, entretanto, chegou ao seu conhecimento que os nascituros de escravas estavam previamente destinados à "Roda" da Santa Casa de Misericórdia. Já perambulavam, mendicantes, pelas estradas e pelas ruas, os negrinhos expulsos das fazendas por impróprios para o trabalho. Não eram, como até então "negociáveis", com seus pais e os adquirentes de cativos davam preferência às escravas que não tinham filhos no ventre. Anália escreveu, apelando para as mulheres fazendeiras. Trocou seu cargo na Capital de São Paulo por outro no Interior, a fim de socorrer as criancinhas necessitadas. Num bairro duma cidade do norte do Estado de S. Paulo conseguiu uma casa para instalar uma escola primária. Uma fazendeira rica lhe cedeu a casa escolar com uma condição, que foi frontalmente repelida por Anália: não deveria haver promiscuidade de crianças brancas e negras. Diante dessa condição humilhante foi recusada a gratuidade do uso da casa, passando a pagar um aluguel. A fazendeira guardou ressentimento à altivez da professora, porém, naquele local Anália inaugurou a sua primeira e original "Casa Maternal". Começou a receber todas as crianças que lhe batiam à porta, levadas por parentes ou apanhadas nas moitas e desvios dos caminhos. A fazendeira, abusando do prestígio político do marido, vendo que a sua casa, embora alugada, se transformara num albergue de negrinhos, resolveu acabar com aquele "escândalo" em sua fazenda. Promoveu diligências junto ao coronel e este conseguiu facilmente a remoção da professora. Anália foi para a cidade e alugou uma casa velha, pagando de seu bolso o aluguel correspondente à metade do seu ordenado. Como o restante era insuficiente para a alimentação das crianças, não trepidou em ir, pessoalmente, pedir esmolas para a meninada. Partiu de manhã, à pé, levando consigo o grupinho escuro que ela chamava, em seus escritos, de "meus alunos sem mães". Numa folha local anunciou que, ao lado da escola pública, havia um pequeno "abrigo" para as crianças desamparadas. A fama, nem sempre favorável da novel professora, encheu a cidade. A curiosidade popular tomou- se de espanto, num domingo de festa religiosa. Ela apareceu nas ruas com seus "alunos sem mães", em bando precatório. Moça e magra, modesta e altiva, aquela impressionante figura de mulher, que mendigava para filhos de escravas, tornou- se o escândalo do dia. Era uma mulher perigosa, na opinião de muitos. Seu afastamento da cidade principiou a ser objeto de consideração em rodas políticas, nas farmácias. Mas rugiu a seu favor um grupo de abolicionistas e republicanos, contra o grande grupo de católicos, escravocratas e monarquistas.
Com o decorrer do tempo, deixando algumas escolas maternais no Interior, veio para S. Paulo. Aqui entrou brilhantemente para o grupo abolicionista e republicano. Sua missão, porém, não era política. Sua preocupação maior era com as crianças desamparadas, o que a levou a fundar uma revista própria, intitulada "Álbum das Meninas", cujo primeiro número veio a lume a 30 de abril de 1898. O artigo de fundo tinha o título "Às mães e educadoras". Seu prestígio no seio do professorado já era grande quando surgiram a abolição da escravatura e a República. O advento dessa nova era encontrou Anália com dois grandes colégios gratuitos para meninas e meninos. E logo que as leis o permitiram, ela, secundada por vinte senhoras amigas, fundou o instituto educacional que se denominou "Associação Feminina Beneficente e Instrutiva", no dia 17 de novembro de 1901, com sede no Largo do Arouche,
em S. Paulo.
Em
seguida criou várias "Escolas Maternais" e "Escolas Elementares", instalando, com inauguração solene a 25 de janeiro de 1902, o "Liceu Feminino", que tinha por finalidade instruir e preparar professoras para a direção daquelas escolas, com o curso de dois anos para as professoras de "Escolas Maternais" e de três anos para as "Escolas Elementares".
Anália Franco publicou numerosos folhetos e opúsculos referentes aos cursos ministrados em suas escolas, tratados especiais sobre a infância, nos quais as professoras encontraram meios de desenvolver as faculdades afetivas e morais das crianças, instruindo- as ao mesmo tempo. O seu opúsculo "O Novo Manual Educativo", era dividido em três partes: Infância, Adolescência e Juventude.
Em 1o. de dezembro de 1903, passou a publicar "A Voz Maternal", revista mensal com a apreciável tiragem de 6.000 exemplares, impressos em oficinas próprias.
A Associação Feminina mantinha um Bazar na rua do Rosário n.º. 18,
em S. Paulo, para a venda dos artefatos das suas oficinas, e uma sucursal desse estabelecimento na Ladeira do Piques n.º. 23.
Anália Franco mantinha Escolas Reunidas na Capital e Escolas Isoladas no Interior, Escolas Maternais, Creches na Capital e no Interior do Estado, Bibliotecas anexas às escolas, Escolas Profissionais, Arte Tipográfica, Curso de Escrituração Mercantil, Prática de Enfermagem e Arte Dentária, Línguas (francês, italiano, inglês e alemão); Música, Desenho, Pintura, Pedagogia, Costura, Bordados, Flores artificiais e Chapéus, num total de 37 instituições.
Era romancista, escritora, teatróloga e poetisa. Escreveu uma infinidade de livretos para a educação das crianças e para as Escolas, os quais são dignos de serem adotados nas Escolas públicas.
Era espírita fervorosa, revelando sempre inusitado interesse pelas coisas atinentes à Doutrina Espírita.

SÚPLICA DE ÓRFÃO

Mãezinha,
sinto hoje imensa saudade de você!
O dia se doura e as flores arrebentam em perfume, cantando uma sinfonia de cores e de música, que me embala o próprio coração.
Mas não a encontro, mãezinha!
A casa da minha alma se cobre de tristeza, porque sua voz não mais canta, melodiosa, aos meu ouvidos...
Disseram-me que você partiu, deixando-me tão pequeno e só!...
Por que você se foi, mamãezinha?
Informaram-me que Nosso Senhor recolhe as mãezinhas na Terra,
para convertê-las em estrelas nos céus. Não acreditei! Todavia, quando a noite da soledade me envolveu na escuridão, vi duas estrelas brilhando junto de mim...
Seriam seus olhos fulgurantes, clareando meus passos trôpegos?
Oh! Mamãezinha, ouço em derredor outras crianças que gritam e abraçam em transportes de júbilo o abençoado coração maternal!
Somente eu não tenho mais você!... Sou débil plantinha que não encontra  alfombra para agasalhar-se, nem mesmo tronco robusto para se apoiar...
Todavia, eu sei que você partiu, embora eu a sinta comigo, pois que, frequentemente, me parece ouvir a sua voz, cantando baixinho aos ouvidos do meu coração, uma doce canção de ninar, quando eu não consigo dormir...
Enquanto as casas se iluminam e a Terra inteira se veste de alegria para homenagear as mães, deixe-me dizer também com as outras criancinhas: Deus a abençoe, mamãe!...
E, se lhe for permitido, somente hoje, quando eu me for deitar, volte outra vez ao meu berço pequenino, e repita bem suavemente, para que somente eu possa ouvir: Durma, durma, meu filhinho, para que os anjos dos céus venham buscá-lo...

Anália Franco

(Livro Terapêutica de Emergência, Diversos espíritos – Ed. LEAL, 2ª ed., 1991, nº6, pag.28)
HORÁRIO: ATIVIDADES SÓCIOASSISTENCIAIS - 2011


Sab

M

Manhã


FAXINA

GERAL

DANÇA

T1: 9h00- 10h00


T1: INFORMÁTICA
9h00-10h00

T2: INFORMÁTICA

     10h00-11h00
T2: CULINÁRIA
9h00-11h00

CRIANÇA E ADOLESCENTE


Sab
 


Tarde
FAXINA
GERAL
T1: CULINÁRIA
13h30-15h30

CRIANÇA E ADOLESCENTE

         DANÇA
  T2: 15h30-16h30

T3: INFORMÁTICA
14h00-15h00
T4: INFORMÁTICA
16h00-17h00
T5: INFORMÁTICA
17h30-18h30

T1: CULINÁRIA
13h30-16h30
ADULTOS

 
T2:
CULINÁRIA
13h30-16h30
ADULTOS

T1: JIU JITSU
15h30-16h30


T2: JIU JITSU
15h45-16h45



Dom
      
            
sab

OBS: A CULINÁRIA ADULTOS É UM MINICURSO REALIZADO MENSALMENTE.