quinta-feira, 25 de agosto de 2011


ACONTECIMENTO – ALMOÇO DA POLENTADA FOI UM SUCESSO:





MENSAGEM DE AGRADECIMENTO:

" O NAEEJA AGRADECE A COLABORAÇÃO DE TODOS QUE PARTICIPARAM COM SUAS PRESENÇAS E TAMBÉM ÀQUELES QUE COLABORARAM PARA QUE O EVENTO PUDESSE SER REALIZADO. TODA RENDA AUFERIDA É APLICADA NAS ATIVIDADES SOCIOASSISTENCIAIS E MANUTENÇÕES DA INSTITUIÇÃO"

Atenciosamente
Natal Norogildo Ragozo
 Presidente

quinta-feira, 18 de agosto de 2011


O triunfo do amor

Os que laboram com Direito de Família estão habituados a atenderem dramas humanos.
Mães, que são sós para tudo, desde levar o filho ao colégio, ao médico, ensinar, educar, chorar, sofrer, entram com ações, no intuito de despertar nos ex-maridos os deveres de, ao menos, alimentarem seus rebentos.
E os casos mais tristes se avolumam: pais que abandonam filhos por um novo amor, pais que desejam ter direito a visitas, enfim, dores e mais dores.
E, de modo geral, o ex-casal não se dá conta que os filhos ficam no meio dessa disputa de egoísmo, incompreensão e teimosia.
Contou-nos um advogado espírita, que labora em Varas de Família, a respeito de uma ação de regulamentação de visitas. A mãe desejava estabelecer dia e hora do acesso do pai ao filho.
O menino foi à audiência. Seu olhar era triste, traduzindo profunda melancolia. A separação fora tumultuada. O marido traíra a esposa e fora expulso aos tapas de casa. Isso há três anos.
Nesse ínterim, raras tinham sido as vezes que o pai vira o filho.
O conciliador da audiência perguntou da possibilidade de ser estabelecido um acordo. O pai, réu na ação, quedou-se em silêncio.
A mãe esclareceu que buscara a justiça para que o pai fosse obrigado a visitar o filho.
O menino baixou a cabeça, meneando-a de um lado para outro, como a dizer: Deixa, mãe. Ele não me quer.
Mas ela não parava de falar. As palavras brotavam da sua boca, em jorros, colocando toda sua mágoa para fora. Afinal, perguntou, se não dera certo a relação matrimonial, que culpa tinha o filho?
Convidado a falar, o pai, numa frieza cadavérica, perguntou se já podia ir embora, desde que não haveria acordo mesmo.
Sem olhar para o filho, que era sua fotocópia autenticada, disse que queria virar aquela página da sua vida.
Ele já tinha outra família, uma esposa e uma filha que era o seu xodó.
Quando ele abriu a carteira para, naquele gesto espontâneo de pai, mostrar a foto da filha, o menino se esticou todo.
Olhou a foto e, entusiasmado, falou: Ô, pai! Leva a garota lá em casa. Quero brincar com minha irmã!
Foi o que bastou para que o pai, antes duro como uma rocha, caísse em pranto convulsivo.
E o que a catadupa de raiva da esposa e todas as ponderações do conciliador acerca da responsabilidade paterna não haviam conseguido, o garoto alcançara com as palavras mágicas: Quero brincar com minha irmã.
Esquecendo o próprio abandono e o que ali se discutia, o menino o chamava de pai e desejava conviver com a desconhecida irmã.
E a fera foi dominada pelo amor, mais uma vez. Isso porque o amor é a maior força do Universo.
Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita, com base no artigo O direito de família e a Doutrina Espírita, de Hélio Ribeiro, dirigente e expositor espírita de Niterói/RJ.

Em 03.08.2011.

Chico Chavier - Mensagem




domingo, 14 de agosto de 2011


“Pela inclusão de Valores Humanos nos currículos escolares”

Companheiro de ideal espírita, paz e contentamento.

Estamos pedindo que se engaje na campanha pela “Inclusão de Valores Humanos nos currículos escolares” do país, um movimento importantíssimo, tendo em vista o momento de transição que estamos vivendo.
O momento é muito importante e oportuno porque o CNE - Conselho Nacional de Educação está fazendo um debate em nível nacional para incluir a disciplina Direitos Humanos nos currículos escolares do ensino básico ao superior.

Pedimos que reflita sobre o seguinte:
Este é um momento único no qual o movimento espírita pode fazer a diferença, nesta fase de transição que vivemos.
Como não podemos tornar espírita toda a população brasileira, podemos colaborar para que ela se torne mais ética, mais justa, mais fraterna, mais honesta, mais pacífica, etc.
Se os espíritas se engajarem nessa campanha, fortalecendo-a, é bem possível que o CNE se decida a incluir Valores, ao invés de Direitos Humanos nos currículos escolares. Mas mesmo que isto não venha a acontecer, ao menos terá sensibilizado muitos educadores para a necessidade de passarem a ensinar esses valores em sala de aula.
Para um melhor entendimento da situação, estou anexando, abaixo, um texto explicativo sobre essa campanha.
É muito IMPORTANTE que ela cresça com a máxima urgência, antes que o CNE bata o martelo pela inclusão de Direitos Humanos...
Receba meu abraço fraternal com votos de saúde e sucesso em todas as suas movimentações,

Saara Nousiainen - Fortaleza-CE
Tel. 85 3249-6812

caminhos2008@gmail.com

www.cincominutos.org


Fique Sabendo!

O Conselho Nacional de Educação – CNE está promovendo um debate para inserir a disciplina Direitos Humanos nos currículos escolares.
Não seria mais acertado incluir Valores Humanos nesses currículos? Observe-se que quem aprende a respeitar os outros (o respeito é um dos itens mais importantes dos Valores Humanos) já estará praticando os próprios Direitos Humanos.
É fácil perceber que esse esforço do CNE terá um efeito limitado, tendo em vista que a disciplina Direitos Humanos cuida mais de informar do que de formar o caráter, posto que a formação do caráter vai muito além, incluindo a ética, a justiça, a verdade, a não violência, a honestidade, a solidariedade, a afetividade, o amor pela natureza, os cuidados com o meio ambiente, etc., ou seja, Valores Humanos, sendo que é desses valores que a nação mais está necessitando.
As crianças e jovens que recebem diuturnamente ensinamentos sobre esses valores vão aprendendo a vivenciá-los em seu cotidiano, passando a olhar os outro com um olhar de acolhimento, de paz. Esse é o caminho para a não violência.
Certamente o ensino de Valores Humanos em todas as escolas do Brasil será o início de grandes mudanças porque começaria por reformular a mentalidade das novas gerações.
Sabemos também do alto custo financeiro que terá a nação com a inclusão da disciplina Direitos Humanos nos currículos escolares. No entanto, a inclusão de Valores Humanos seria a custo insignificante, já que existem excelentes conteúdos, inteiramente gratuitos (pela Internet) para o ensino desses valores nas escolas, conteúdos esses já testados, avaliados e recomendados por sec.retarias de educação estaduais e municipais, e por centenas de escolas.
Não permitamos que o Brasil perca a oportunidade, muito preciosa, de iniciar um processo de transformações na mentalidade vigente mediante o ensino de VALORES HUMANOS nas escolas do país, tendo em vista ser essa a condição única para podermos sonhar com um futuro melhor para nós e para nossos descendentes.
Se concorda com o exposto, pedimos que colabore da forma como lhe for possível.
Pode fazê-lo da maneira mais simples, divulgando esta a seus contatos e enviando o texto para os jornais de sua cidade, difundindo a idéia.
Mas pode atuar de forma bem mais produtiva, levando-a a alguém que possa influir junto aos que têm poder de decisão nessa questão, ou seja: membros do Conselho Nacional de Educação (CNE), da Se.cretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, do Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos, de Sec.retários Estaduais de Educação, políticos, etc..
Pode ainda levá-la a dirigentes de escolas, a secretarias de educação, etc., que poderão adotar o ensino desses valores em sala de aula, mesmo sem estarem incluídos nos currículos oficiais.
Quanto maior o número de pessoas que divulguem este movimento, que falem com aqueles que podem decidir essa questão, que enviem e-mails a seus contatos... maiores serão as possibilidades de conseguirmos a inclusão do ensino de Valores Humanos nos currículos escolares.
A sua colaboração pode ser fundamental para que esta campanha possa vir a se transformar num grande movimento a desencadear um processo de mudanças estruturais em nosso país.

Contato: caminhos2008@gmail.com
(Informação recebida em email de Caminhos2008 caminhos2008@gmail.com)

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Livro do mês
A Casa do Bosque

Vera Lucia Marinzeck de Carvalho
Pelo espírito Antonio Carlos

Distante da cidade, a casa do bosque esconde um estranho segredo. Seus vizinhos estão certos de que a residência é assombrada. Frondosas árvores cercam a misteriosa sede do Sítio São Judas Tadeu – isolada por um muro e habitada apenas por duas mulheres. Elas não permitem a entrada de outras pessoas e evitam sair da propriedade. Seu estranho comportamento reforça as suspeitas de que dividem a moradia com o sobrenatural. Desafiando o perigo, Leandro invade o lugar. Acobertado pelo entardecer, ele penetra na casa e cai nas garras do desconhecido. O primeiro a recebê-lo é um vulto sombrio...

Editora Petit
193 páginas

Conhecendo o velho pai

Filho, acorda! São oito horas! Você vai se atrasar!
De um salto, o rapaz se levantou. Contudo, logo se deu conta que era seu primeiro dia de férias.
Atrasar para quê, mãe?
Para pescar com seu pai.
O jovem perdeu todo o entusiasmo. Sim, ele prometera, quando estivesse em férias, pescar com seu pai. Mas, tinha que ser logo no primeiro dia de férias?
Enfim, ele foi, mesmo a contragosto.
Sentado ao lado do pai, que dirigia, cantando, ele pensava em como seu pai estava ficando velho e meio lelé.
Ficava cantando músicas antigas, ria, conversava e conversava.
Finalmente, chegaram. Quer dizer, o carro estacionou, mas o pai disse que ali não era local apropriado para pesca. Só dava peixe pequeno.
Andaram durante duas horas, no meio de mata densa, até chegar ao pesqueiro secreto do pai.
Claro que é secreto, falou o rapaz, incomodado. Ninguém, a não ser você vem aqui. Nem os peixes.
Isso é o que você pensa! – Falou o pai. Aqui é que se reúnem as maiores tilápias da represa.
E, disposto, colocou botas altas, calças impermeáveis e entrou na água para cortar o mato que tomava conta quase total do lago.
Tudo aquilo estava parecendo muito doido ao filho. Que graça podia ter tudo aquilo?
Quando o pai preparou a vara e jogou o anzol, ele não aguentou e falou:
Pai, estou preocupado com você.
Essa maluquice de vir até este fim de mundo para pescar tilápias. E a mamãe falou que você nunca volta com peixe.
Já pensou em procurar um psicólogo?
Estou ótimo, falou o pai. O Freitas, que vem sempre aqui comigo, é psicólogo. O Tavares é psiquiatra.
Nesse momento, ele sentiu a fisgada no anzol, puxou a linha e lá estava ela: uma grande tilápia.
O rapaz estava surpreso.
Pai, você já pescou peixe grande assim, antes?
Sempre, meu filho.
Mas eu nunca vi você levar para casa nenhum.
Eu vou mostrar por que, falou o pai.
E fotografou o filho segurando o peixe. Depois, pegou a tilápia e a devolveu à água.
Eu pesco por prazer, não para encher a barriga.
Aquilo sim era legal, pensou o filho. O resto do dia passou pescando com o pai. E devolvendo às águas o que pescava, depois de fotografar.
Vá procurar o seu irmão, dizia, soltando o peixe.
Ao final do dia, no retorno ao lar, confessou que fazia tempo que não se divertia tanto. Aquilo sim, era radical.
À noite, enquanto se preparava para dormir, pensou que seu pai não tinha nada de louco ou de desequilibrado.
Seu pai sabia viver. Seu pai era um gênio. E ele descobrira naquele dia.
*   *   *
Você já se dispôs a passar um dia inteiro ao lado de seu velho pai, bebendo da sua sabedoria?
Já tentou puxar conversa dos tempos em que ele passava brilhantina no cabelo para ir namorar sua mãe?
Você já pensou que seu pai também foi moleque, adolescente, rapaz? Que teve sonhos?
Olhe seu velho com esses olhos de quem valoriza a experiência, os anos da madureza, as lutas que lhe nevaram os cabelos.
E, sem receio, abrace seu velho, agradeça por todos os dias de alegria que ele lhe proporcionou.
Faça isso. Mesmo que seja pela primeira vez. Hoje, enquanto é tempo e ele está ao seu lado.

Redação do Momento Espírita com base na história Meu pai... o rei do peixe, de Maurício de Sousa, da Revista Cebolinha, nº. 224.
Disponível no cd Momento Espírita, v. 19, ed. Fep.
Em 10.08.2011.
FOTOGRAFIA SE TORNA NOVO ESTANDARTE A FAVOR DE VIDA


  Um fotógrafo que fez a cobertura de uma intervenção cirúrgica para espinha bífida feita dentro do útero materno em um feto de apenas 21semanas de gestação, em uma autêntica proeza médica, nunca imaginou que sua máquina fotográfica registraria talvez o grito a favor da vida mais eloqüente conhecido até hoje.
  Enquanto Paul Harris cobria, na Universidade de Vanderbilt em Nashville,Tennessee, o que considerou uma das boas notícias no desenvolvimento deste tipo cirurgias, captou o momento em que o bebê tirou sua mão pequena do interior do útero da mãe, tentando segurar um dos dedos do doutor que estava o estava operando.
  A foto espetacular, que pode ser vista acima foi publicada por vários  jornais nos Estados Unidos e a sua repercussão cruzou o mundo para chegar  na Irlanda onde se tornou uma das mais fortes bandeiras contra a legalização do aborto.
  A mão pequena que comoveu o mundo pertence a Samuel Alexander, cujo nascimento estava previsto para o dia 28 de dezembro de 1999 (no dia da foto ele tinha pouco mais de cinco meses de gestação).
   Quando pensamos bem nisto, a foto é ainda mais que eloqüente. A vida do bebê estava literalmente por um fio; os especialistas sabiam que não conseguiriam mantê-lo vivo fora do útero materno e que deveriam tratá-lo lá dentro, corrigir a anomalia fatal e fechá-lo para que o bebê continuasse seu crescimento normalmente.
  Por tudo isso, a imagem foi considerada como uma das fotografias médicas mais importantes dos últimos tempos e uma recordação de uma das operações mais extraordinárias registradas no mundo. A história atrás da imagem é ainda mais impressionante, pois reflete a luta e a experiência passada por um casal que decidiu esgotar todas as possibilidades, até o último recurso, para salvar a vida do primeiro filho deles.

Liliana de La Torre

Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho

Alvo de enorme controvérsia o livro Grito de Guerra da Mãe-Tigre, publicado no Brasil pela Editora Intrínseca, da chinesa/americana Amy Chua, 48 anos, professora de direito, e atual best-seller na América do Norte, nos remete prá muito além do assunto ali tratado, ou seja, um método à chinesa para a criação de filhos.
O polêmico método apresentado que inclui ameaçar, chantagear, proibir internet, TV, celular, em casos de desobediência, não permitir que se alimente ou vá ao banheiro até que se consiga fazer determinada tarefa, chamar as crianças de lixo e até mesmo xingá-las, além de não aceitar nenhuma nota que não seja “A” – pois resultado insatisfatório é sinônimo de preguiça, cujo modelo baseia-se quase que exclusivamente no sucesso, faz com que qualquer mãe brasileira que se considere linha-dura sinta-se uma manteiga derretida.
Mas, muito mais importante que o controverso conteúdo do livro, é a demonstração de que estamos, querendo ou não, adentrando à influência da maior, há quem ainda diga que não, e que mais cresce economia do mundo, a China.
Os maiores prédios do mundo, a maior usina hidrelétrica, a maior ponte, o hotel mais luxuoso, os melhores atletas, os melhores artistas e tudo o que há de mais, maior e até melhor hoje em dia está na China. Além de que nossos sapatos, tecidos, máquinas, equipamentos, veículos, brinquedos e tudo o mais também vem da China.
Enquanto os antigos “donos do mundo” cuidam de suas crises, na rabeira da China vem a Índia e atrás dessa o Brasil, seguido da Rússia. Esse grupo tem sido denominado de B.R.I.C. - de Brasil, Rússia, Índia e China e é quem tem dado as cartas no mundo, ou melhor, é quem ainda tem tido condição de bancar as apostas no jogo econômico mundial.
Seguindo o raciocínio, se a Europa antiga, representada por Portugal e Espanha, conquistou o mundo e levou consigo o catolicismo a era moderna representada pela Inglaterra e os Estados Unidos ao dominarem terras, nações e povos, levaram consigo o protestantismo, aí vem a pergunta que não quer calar, o que virá com o domínio da China, Índia e Rússia?
Quanto à Rússia não teremos maiores dificuldades de imaginar. Formada em longo período de comunismo onde a não religião era a tônica, não tem muito o que apresentar nesse sentido, nem mesmo faz muita questão e a religião predominante naquele país, o catolicismo ortodoxo, não apresenta grande chance de difusão, pois claro está ficando que o mundo caminha no sentido contrário às idéias enquanto ortodoxas.
Assim, a novidade parece que virá da China e Índia. A China tem para apresentar, e num segundo momento impor, ao mundo o confucionismo (ensinamento dos sábios), já a Índia o hinduísmo. A grosso modo e em análise bastante superficial seria o confucionismo a religião sem deus, por outro lado o hinduísmo a religião com infinitos deuses.
Num primeiro momento essa apresentação pode parecer absurda, mas é fato, pois muito mais que religiões o confucionismo e o hinduísmo são doutrinas, filosofias, princípios, modo de ser enquanto pessoa, forma de comportamento em vida, idéias filosóficas, abordagens pedagógicas, políticas, religiosas e morais, através da disciplina, estudo, consciência política, trabalho e respeito aos valores.
Diferentemente da maioria das religiões ocidentais que pregam o Cristianismo e são organizadas basicamente em hierarquia, obediência, rituais, dogmas o confucionismo e o hinduísmo nada disso possuem, buscam por outro lado orientar para busca da boa natureza do homem.
É nesse momento que o Brasil entra, e com grande responsabilidade, perante o planeta e a humanidade. O mais cristão dos B.R.I.C. o Brasil terá que apresentar algo ao mundo onde nossa influência chegar, ou por outro lado, dependendo do que apresentarmos ao mundo nossa influência chegará.
As religiões cristãs com atuação no Brasil deverão, também, passar por uma reciclagem considerável, se desvencilhando da orientação européia-anglo-americana, até como forma de se sustentar ante a nova ordem mundial que caminha no sentido de se apresentar orientações para o crescimento do homem e não apenas para sua salvação, dando-se ênfase para as questões filosóficas/principiológicas/doutrinárias/integrativas.
O Brasil tem hoje o maior contingente espírita do planeta. Doutrina Cristã com origem na França e que, se um dia foi perseguida, mal interpretada e até proibida, hoje goza de enorme prestígio, admiração e quantidade de membros, tornando-se uma religião/doutrina/filosofia puramente à brasileira, surgindo assim como hipótese adequada para apresentação do Brasil ao mundo, bem mais completa e adequada do que tem a apresentar China, Índia e Rússia.
A Doutrina Espírita não busca nem nunca buscou qualquer tipo de domínio religioso, mas é certo que sua filosofia encanta e esclarece, assim como as religiões irmãs, porém desatrelada de amarras que remetem mais ao modo de ser europeu-romano/anglo/americano se distanciando do jeito do brasileiro, que encanta o mundo, apresenta-se como modelo ou orientação a ser seguido.
De forma alguma estamos pregando a desnecessidade ou o fim das demais religiões irmãs, cristãs, estabelecidas em nosso país, muito pelo contrário, como opções para o crescimento espiritual são por demais necessárias, úteis, divinas e desenvolvem suas tarefas com maestria. Porém, fato é que mudanças para adequação ao que virá deverão ocorrer, transferindo a orientação Européia/Americana para formas mais brasileiras com nosso modo e jeito e como se ouve no meio espírita “o espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro das religiões”, há que se adequar para a profecia que encontramos no livro de Humberto de Campos psicografia de Chico Xavier do Brasil, coração do mu ndo pátria do evangelho.

José Maria T. M. Silva

Outono/2011

NOVA RESENDE – MG.
A hora da colheita

É chegado o tempo da depuração. É chegado o tempo do restabelecimento da verdade revelada em sua pureza natural. Após dois mil anos da mensagem do Cristo e após cento e cinquenta anos da sua ratificação e sua explicação à luz da Doutrina Espírita, o homem ainda não compreendeu a profundidade dos ensinamentos e as responsabilidades deles decorrentes.
Os ensinamentos de Jesus libertam o homem do reino da ignorância, mas o que se verifica é que somente uma minoria dos homens se esforça em compreendê-los e em aplicá-los à sua vida. Da totalidade de Espíritos que habitam o orbe, permutando posições entre o invisível e o plano encarnado, talvez apenas 25% compreendam a proposta de Jesus e tenham condições de habitar um mundo mais evoluído do que este.
Um observador atento identificará nos dias atuais a profunda pobreza de valores morais existente no ser humano contemporâneo, a instabilidade no tocante às condições físicas do planeta, o erro no direcionamento dos objetivos da vida. Apesar do apreciável desenvolvimento científico, a humanidade cada vez mais continua presa ao materialismo asfixiante, que a escraviza num ciclo vicioso de sofrimento, aonde as vicissitudes tendem a ser mais e mais aguçadas. Este panorama poderia sem sombra de dúvidas ser outro, caso os homens se permitissem focalizar suas lunetas para o objetivo real da vida. A idéia reencarnacionista, se fosse aceita e compreendida, teria o poder revolucionador e moralizador desta humanidade decaída.
Acontece que as forças do sistema existente no orbe terrestre, próprias de um mundo de prova e expiação, por uma questão de sintonia, mantêm prisioneiros os Espíritos afins. São irmãos preguiçosos, de pouca vontade, que se nutrem com prazeres na esfera da matéria, que por seu livre arbítrio optam pelo caminho mais fácil. Como diria Jesus, larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz a perdição e muitos são os que entram por ela.
A escola da vida é o laboratório aonde o Espírito desenvolve seus valores, e como toda escola exige trabalho, dedicação para que se obtenha o aprendizado. O nosso orbe terrestre está saturado de alunos repetentes, que insistem em não despertar para um amanhã melhor. Os ensinamentos de Jesus e a Doutrina Espírita, revelações divinas que ampliam os horizontes do homem e o conscientiza da necessidade de mudança, conseguem sensibilizar a poucos. Uma parcela pequena da humanidade se diz espírita, e dentre estes, existe uma complexa heterogeneidade de modos de pensar e agir em nome do Espiritismo.
É necessário que se diga que a doutrina de Jesus e o Espiritismo não permitem variações de interpretações. Nós é que temos que nos adaptar aos novos ensinamentos. Temos que nos esforçar para compreendê-los, pois nada mais são que as leis naturais, ou seja as leis de Deus. E o homem não pode transgredir as leis naturais. Evoluir é colocar-se em harmonia com estas leis. Os espíritas deveriam ser, portanto, pessoas que têm um profunda identidade e afinidade com Jesus, que vivam conscientes de suas responsabilidades, colocando em prática os ensinamentos deixados, sendo um bom exemplo a seu semelhante. A constatação da realidade existente, porém, é bem diferente. Sob o nome de Espiritismo existe uma complexa confusão que mais atrapalha do que edifica.
A humanidade, entretanto, segue sua trajetória evolutiva. O planeta Terra vivencia uma época difícil. Existe um clima no ar que aspira por necessidade de mudanças, aonde seja restabelecido um mundo mais justo para aqueles que optaram por seguir segundo as leis divinas. As profecias falam isto e Jesus nos alerta em muitos de seus discursos. O joio e o trigo já cresceram. É chegada a época da colheita. O joio será colhido primeiro, atado em molhos e posto para queimar. Então o trigo será colhido e recolhido ao celeiro.
O mundo de regeneração será nosso próximo estágio evolutivo. Lá não haverá espaço para as tropelias da insensatez humana. Estaremos mais próximos do Novo Céu e da Nova Terra da profecia milenar. Os que não se tornarem dignos da promessa continuarão a esperar e amadurecer nas estufas dos mundos inferiores, purgando os resíduos da animalidade. Essa é a lei inviolável da antropologia espírita.

Francisco A. M. Medina

Texto publicado  em 03/03/2000. Leia com atenção e veja a atualidade do mesmo.