quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

PRATICAR O PERDÃO


“Perdoar. Gesto de amor, de natureza divina, que eleva os seres às esferas superiores e que dá à alma a paz e a serenidade dos puros de coração. Vós que estais nessa escola que é a vida terrena e que tendes a instrução de que deveis perdoar incontavelmente, que tendes em mãos ensinamentos que educam e transformam o ser, praticai o perdão. Sede instrumentos de paz, pois se perdoardes vosso irmão, tereis envolvido sua alma num sentimento que só os corações nobres e virtuosos transmitem. E praticando o perdão estareis cumprindo o mandamento maior da Lei Divina que é amar o próximo como a si mesmo.
Quero também, lembrar-vos do que nos ensinou o Mestre quando lhe trouxeram a mulher adúltera: “aquele que estiver sem pecados, que atire a primeira pedra”. Vós já sabeis que estais ainda necessitados do perdão. Sede, pois, indulgentes, benevolentes e perdoai tantas e quantas vezes forem necessárias, pois é perdoando que se é perdoado.
E vós que já podeis vislumbrar a realidade da vida futura, o exercício do perdão será para vós um dos propósitos nessa breve existência. Deveis vos dedicar com fervor à pratica dessa virtude, seguindo a vossa caminhada com a compreensão de que agora estais tendo uma grande  oportunidade. Fostes aquinhoados com um grande tesouro para ser usado de forma que este seja centuplicado, pois está escrito: muito se pedirá àquele que muito recebeu. Dai, pois, testemunho do que tendes aprendido. Meditai sobre tudo e bendizei ao Pai por Sua bondade e por Seu amor por todos vós. Que o querido Mestre vos abrace com amor”. – Um Espírito amigo 

Mensagem mediúnica
Classificação: Espíritos familiares
Data: 29.08.00
                                 Espírito: Um Espírito amigo
SEEAK

A SUPERIORIDADE DE ALLAN KARDEC 

Em 31 de março de 1869 desencarna, em Paris, Allan Kardec. Ao contrário do que afirmam muitos pastores mal informados, e talvez mal intencionados, ele não morreu louco internado num hospício. Como registra a história, foi vítima de ruptura de um aneurisma, em conseqüência de uma enfermidade do coração.

Hippolyte Léon Denizard Rivail, seu verdadeiro nome, foi discípulo de Pestalozzi, adotando seu revolucionário sistema de educação na sua profissão de educador. Falava vários idiomas, detinha profundos conhecimentos em várias áreas, tendo lecionado química, física, astronomia, astrologia e publicou inúmeras obras na área da Pedagogia, razão pela qual gozava de grande conceito entre os profissionais desta área em sua época.
Como todo idealista viveu modestamente, equilibrando seu parco orçamento com aulas particulares. Em 1855, então com 51 anos, interessa-se por fenômenos bastante popularizados na época: as mesas girantes. Tendo estudado e pesquisado sobre magnetismo julgou serem estes fenômenos consequências de ações magnéticas e passou a frequentar diversas reuniões com interesse científico.
Entreviu, desde logo, o princípio de leis naturais até então desconhecidas, as que regem as relações entre os mundos material e espiritual, das quais pôde deduzir graves consequências filosóficas. Passou então a dedicar-se prioritariamente a estas pesquisas que resultaram em inúmeras obras, tais como: O Livros dos Espíritos, O Livros dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, A Gênese e a Revista Espírita, publicadas com o pseudônimo Allan Kardec para diferenciar de sua obra pessoal.
Allan Kardec era um exigente pesquisador que baseava seus argumentos no bom senso, na razão e na comprovação dos fatos, como se vê em uma das suas mais célebres frases: "Não há fé inabalável senão a que pode encarar face a face a razão, em todas as épocas da humanidade. À fé, uma base se faz necessária e essa base é a inteligência perfeita daquilo em que se pode crer. Para crer, não basta ver, é preciso, sobretudo, compreender".
Aos leitores habituais desta página pode parecer desnecessário esta breve biografia de Allan Kardec por ser ele já bastante conhecido dos espíritas em geral, porém, embora a maioria realmente conheça estes dados biográficos, grande parte dos espíritas simplesmente desconhecem o verdadeiro valor do codificador. Não foi um simples compilador com a função de reunir as informações e os ensinamentos, reunindo-as em um corpo de doutrinário, como pensam alguns. Foi um partícipe da Revelação pois, a par das revelações dos Espíritos Superiores, desenvolveu estes ensinos com seus profundos conhecimentos alicerçados nas pesquisas, observações e em seu grande adiantamento moral e intelectual.
O desconhecimento da superioridade espiritual do mestre lionês se dá pela falta do estudo de suas obras que, a pretexto de serem de difícil compreensão, foram relegadas a plano secundário nas casas espíritas. Na verdade a obra kardequiana só é difícil para os que ainda não tem a maturidade suficiente para compreendê-las. Por conta desta imaturidade e devido a linguagem superficial da maioria dos livros mediúnicos com teores fantasiosos, são seduzidos os que não se dispõem a se aprofundar nos ensinamentos espíritas, preferindo ficar na superficialidade destes conhecimentos.
Sem desmerecer tais escritos que sem dúvida prestaram, ou ainda prestam, bons serviços à Doutrina Espírita, é preciso colocá-los nos seus devidos lugares e, para tal, basta dar uma olhada na questão no. 100 de O Livro dos Espíritos - Escala Espírita - para constatarmos que poucos podem ser identificados, em toda a história da humanidade, como Espíritos Superiores e, dentre eles está, sem dúvida, aquele que reutilizou em sua última encarnação o nome que já usara em vida anterior como sacerdote druida, numa época de pouco avanço intelectual e moral da humanidade: Allan Kardec.
Não é exagero, tampouco endeusamento, afirmar que Allan Kardec é um dos maiores pensadores que a humanidade já teve, reconhecimento que certamente o mundo um dia ainda terá. Sua superioridade pode ser constatada em seus escritos, especialmente em O Evangelho Segundo o Espiritismo onde se constata que suas observações estão no mesmo nível das manifestações do Espíritos Superiores, algumas até com mais profundidade. Não crer nesta sua condição espiritual, é descrer na superioridade dos ensinamentos da Doutrina Espírita e do seu caráter revelatório.

Escreve: Delmo Martins Ramos
Texto publicado no site em 05/05/2000

ESCRAVO DO MUNDO

“Mestre querido! Derrama tuas bênçãos sobre todos nós. Sou um pecador. Um Espírito que passou pela vida terrena, em sua última encarnação, servindo apenas aos poderosos do mundo. Procurei por todos os meios ser um deles, mas só consegui me envolver em seus crimes.
Poderão dizer que tive pouca culpa por estar apenas fazendo um serviço,  mas não é bem assim. Fazia aquilo por dever algumas vezes e por ódio outras tantas, por não poder usufruir de tudo aquilo que eu e alguns companheiros, com o nosso trabalho, proporcionávamos a eles. Um dia, cheio de ódio por uma situação vivenciada entre mim e meu patrão, saquei da arma a atirei. Não o matei, mas o feri gravemente.  Fugi dali para viver uma vida de clandestinidade por 30 anos.
Por todo esse tempo nutri um ódio desmedido por todos, por Deus, pela vida. Criei meus filhos escondidos do mundo e longe das facilidades e amarguei no desgosto quando um deles se enveredou pelo mundo da prostituição, revoltado pela situação que lhe impingi.
Depois de longa enfermidade, finalmente libertei-me do corpo e me vi em um mundo negro onde pessoas que jamais havia conhecido pareciam ter grande afinidade comigo e me levavam para os piores ambientes onde predominava a luxúria, o jogo e a sensualidade. Vivi assim por um bom tempo até cansar-me daquela vida.
Isolei-me em meu mundo permanecendo imóvel em um lugar por quase 2 séculos. Era minha antiga morada, no meu antigo trabalho. Meu patrão já não existia mais no corpo de carne também e eu não sei o que lhe aconteceu. Um dia arrependi-me de todo o mal que causei a tanta gente e o socorro veio em forma de uma luz que me envolveu. Adormeci.
Estou cansado agora, pois ainda estou enfermo. O irmão que me assiste me diz que em outra oportunidade terminarei minha história. Peço a Jesus que tenha misericórdia de mim. Tenho muito medo do que tenho que viver na carne para sanar meus débitos. Sei, porém, que o mal maior é permanecer preso da ignorância e o bem é tentar resgatar nossas dívidas através do sofrimento resignado.
Deus é Pai justo e bom e não me faltará com Sua proteção. Que Jesus abençoe este grupo de caridade” (Um pecador arrependido).

Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec
Mensagem mediúnica
Classificação: Depoimentos
Data: 22.09.98
Espírito: Um pecador arrependido
SEEAK


A INSTRUÇÃO DO ESPÍRITO


 “Caros irmãos em Cristo. Fortalecidos pela grande fé que anima nosso ser, prestamos assistência ao vosso grupo, orientando-vos conforme nos é permitido pelo Mestre e dentro do que podeis compreender desse presságio sobre a criatura humana.
Cercados por tantos conceitos ligados à matéria, o homem sente-se dono de si e esta situação se forma a partir do instante em que seu Espírito começa a libertar-se da infância, fase em que teria condições para reformular-se de forma mais acentuada, pois está propício aos ensinamentos. Seu Espírito, ainda em estado latente, tende, nesta fase, a ser menos orgulhoso, menos egoísta e ainda não possui os vícios que o mundo lhe impõe.
Vejamos o papel daqueles que Deus permitiu serem os responsáveis pela sua vivência encarnatória. Se estes estão preparados para a grande tarefa, encaminham seus tutelados para o lado do bem, colaborando assim com a reforma espiritual deste pequeno ser, que está sob seus cuidados. Na grande maioria das famílias, os pais assumem a tarefa de forma arbitrária e muitos são os enganos que se verificam. Vedes por vós mesmos. Quantas vezes corrigistes vossos pupilos em detrimento daquilo que o mundo, com seu sistema materialista, impõe. Quantas vezes arrancastes das garras da opressão o vosso querido, transformando uma cômoda situação em momento de desavença e firmastes, assim, o ponto de vista cristão, não importando-vos com aquilo que o mundo prega ou critica em vós.
A verdadeira educação recai sobre bases morais sólidas, onde o ser é formado de maneira a constituir-se em criatura plena dos gozos intelectuais e morais, onde sua estrutura psíquica deficitária encontra apoio seguro a indicar-lhe caminhos certos para que, paulatinamente, as deficiências de seu Espírito possam ser extirpadas.
É árdua a tarefa, pois tereis que lutar também com vossas próprias imperfeições para ajudar a construir um novo homem naquele que, ora, Deus vos empresta para que realizeis importante missão. A família é, portanto, portal primário no mundo material para o encaminhamento dos filhos de Deus.
Seguramente, este papel de reformulação do ser é ampliado para a esfera da sociedade, grandemente responsável no amparo a estes pequeninos. O sistema social, que deveria complementar o trabalho iniciado pela família, está enfraquecido nas questões morais. Basta observardes os modelos que tens: o poderoso é aquele que tem fortuna; o belo é aquele que possui a beleza física; o bom é o que tudo aceita como certo. Permeando a tudo, estão o orgulho, o egoísmo, a vaidade, que são ventilados por toda parte, sob matizes variados.
Então, aquele ser que inicia sua caminhada terrena em seio familiar desajustado e em uma sociedade corrupta em termos morais, terá que, por si só, reencontrar caminhos para que não se perca neste emaranhado de enganos, frutos do desconhecimento da Verdade.
As religiões. O que falar que ainda não sabeis? Observai ao longo da história as decepções em torno das questões religiosas. Aquelas que deveriam ser mais um reformador do Espírito, em verdade, estiveram sempre voltadas para interesses de classes, transformando o ser em servos cegos a segui-las sem a luz da razão e da verdade. O poder, a serventia, eram seus alvos. E, para tanto, muitas guerras foram deflagradas.
E hoje, verificai que a discrepância persiste, pois falam em nome de Deus, mas o que vai em seus corações distancia-se demasiadamente da lei divina. Conduzem o homem a querer para si, não a religião que o transforme moralmente, mas que seja conivente com seus interesses.
“A quem muito foi dado, muito será cobrado”. Assim está escrito. Aqueles que têm em mãos a verdade e não a transmitir ao próximo, sofrerá as amarguras da missão não cumprida e da responsabilidade de suas ações pervertidas. O Pai bondoso jamais abandona os filhos, e, certamente, estes encontrarão, mesmo em vosso mundo, bons caminhos a seguirem e trabalhadores do Senhor a ampará-los. Que vossos corações estejam em sintonia com o Bem, para moldar vossos Espíritos, conforme nos ensina a Lei.” – Um Espírito amigo.

Mensagem mediúnica
Classificação: Espíritos instrutores
Data: 25.11.99
Espírito: Um Espírito amigo
GEBEM

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013


A IMPORTÂNCIA DO CASAMENTO

“Em todas as épocas da humanidade discutiu-se a importância do casamento para a vida dos seres humanos. Já vos dissemos e voltamos a repetir que a união de um homem e de uma mulher, tendo em vista a constituição de uma família, é marca indelével do progresso. O contrário também é verdadeiro. Quando virdes os laços que constituem o casamento se enfraquecerem, estareis diante de um recrudescimento da vida moral.
É certo que cada país e povo tem seus costumes, hábitos e normas herdadas de gerações passadas. As regras que orientam o casamento diferenciam-se de lugar para lugar na face da Terra. E Deus, que tudo julga com perfeição, leva em consideração as atitudes dos cônjuges conforme as leis humanas estabelecidas em cada região. Assim, o que parece bárbaro ao homem civilizado não o é para aqueles que ainda se encontram sob o guante da ignorância.
Vós, homens que habitais o Ocidente, estais em contato com a mensagem viva do Cristo de Deus, que por meio de Jesus de Nazaré, apresentou novas concepções acerca do casamento, proscrevendo os costumes mosaicos e colocando a união entre o homem e a mulher na categoria de compromisso espiritual. Portanto, nesses quase dois mil anos de Cristianismo, pudestes refletir em muitas ocasiões sobre como proceder nas relações conjugais.
Através das encarnações fostes guindados à condição masculina ou feminina por diversas vezes. E, assim, recebestes do Pai Celestial as abençoadas oportunidades para vos redimirdes de enganos e refazerdes caminhos enganosos que foram trilhados pela inexperiência. Hoje, na transição para o Terceiro Milênio, não é possível elegerdes o divórcio e a separação conjugal como ato de normalidade entre os homens.
Pensai que os compromissos entre um casal não envolve apenas fenômenos materiais, mas acima de tudo, estabelece-se nele apertados laços de compromissos entre dois Espíritos.  A responsabilidade daqueles que se separam sem motivos justos, será cobrada. As conseqüências de seus atos para a comunidade onde viver junto dos filhos, que sofrem emocional e psicologicamente por isso, recairão sobre os ombros de ambos que, cedo ou tarde, terão de resgatar tais débitos perante Deus. 
Vós espíritas, sois infinitamente mais responsáveis pelas vossas atitudes e pelas palavras que proferirdes sobre este tema. Receberam muito em termos de esclarecimentos e muito vos será cobrado. Ai dos que ensinam lições que tiram do próprio coração e que iludem os que são fracos da fé. Deles, muito mais se pedirá contas.
O casamento precisa ser zelado como uma coluna que sustenta a sociedade. Se esta coluna ceder, verás o edifício social ruir e nada podereis fazer para impedirdes. O homem do mundo insiste em fechar seus olhos para as Leis reveladas. Não há outro caminho para a felicidade, senão viver ao abrigo da Lei. Fazei da vossa família o santuário de realizações e educação para vossas almas. Na Espiritualidade muito receberão pelos esforços de dedicação, resignação, paciência, que foram despendidos em prol da felicidade dos esposos, esposas, filhos e filhas.
Que o bom Deus vos abençoe e vos ilumine com a luz do entendimento. Vosso amigo e irmão, Antônio de Larzim.”

Mensagem mediúnica
Classificação: Espíritos superiores e instrutores
Data: 02.04.99
Espírito: Antônio de Larzim
GEBEM

A SUJEIRA SOB O TAPETE


Muito se tem falado sobre a onda de violência que assola o país, que tem levado a população ao pânico e, como consequência imediata, criam-se condições para a volta da discussão da inclusão da pena de morte em nosso código penal. Nos últimos dias foi encaminhada, para tramitação no Congresso, uma emenda constitucional de um plebiscito sobre a pena capital para sequestro seguido de morte.
O momento é inoportuno para propor um plebiscito de assunto tão grave pois, em meio a rebeliões, fugas de presídios, crimes com requintes de crueldade, assassinatos por motivos fúteis e outros atos de violência, a população está acuada e, num clima altamente emocional, não terá a serenidade necessária para tomar uma decisão tão importante. Haja visto que, numa pesquisa feita no calor destes fatos, apenas 27,8 % responderam serem contrários à pena de morte, enquanto 67,1 % responderam sim, divididos em 38,6 % totalmente a favor e 28,5 % a admitindo apenas para alguns tipos de crimes, como o sequestro.
A pena de morte torna legal o assassinato e serve apenas como atestado de sociedade primitiva, voltando aos tempos do olho por olho e dente por dente, além de vir comprovar a falência e o fracasso do sistema vigente em nossa sociedade que não consegue educar, dar um mínimo de dignidade à grande parte da população e, tampouco, protege o cidadão. Também demonstra que efetivamente a influência das religiões sobre seus fiéis é insignificante, quando se trata de assuntos mais graves, pois é surpreendente que uma população considerada religiosa deseje tirar a vida de um ser humano como castigo pelos seus atos.
A experiência secular nos mostra que a pena de morte não diminui a criminalidade, caso contrário teríamos hoje um mundo pacificado, já que a pena de morte é quase tão antiga quanto a humanidade. Ao contrário, a ameaça da perda da vida, no caso de prisão, pode fazer o criminoso ser ainda mais contundente em suas ações, mesmo porque ao cair no crime já sabe que sua vida não tem mais nenhum valor. Neste sentido, a rigor, a pena de morte não será para o criminoso um castigo.
Nos países onde a pena de morte é instituída, não houve diminuição significativa dos crimes e, quando isto aconteceu, como se divulgou recentemente ter acontecido na América, não é pela pena em si, já que lá foi restituída em 1976 e neste período só vinha aumentado a violência; mas por uma série de medidas conjuntas, como: maior repressão ao crime, combate sistemático contra o tráfico de drogas, diminuição da impunidade, práticas conhecidas como "tolerância zero" e, mais importante, reaquecimento da economia com mais empregos e melhores condições de vida à população daquele país que, embora rico, ainda tem bolsões de miséria.
Num país como o nosso, onde 95% da população carcerária é formada de pobres e que 87% não tem condições sequer de contratar um advogado; onde apenas 34 crimes foram a julgamento, dos cerca de 1301 praticados contra menores nos últimos anos no Rio de Janeiro; onde o sistema Judiciário não funciona e os processos se perdem nos tortuoso caminhos da Justiça literalmente cega; onde os ricos e poderosos dificilmente são punidos; onde há um forte preconceito racial e social; há clima para julgar com isenção e não correr o risco de condenar à morte um inocente?
Paralelamente a esta discussão, outra sugestão tem encontrado grande apoio entre a população. Trata-se da diminuição da responsabilidade criminal de 18 para 16 anos, como se só isto bastasse para acabar com a criminalidade entre os menores de idade. Apesar do alto índice de crimes praticados por menores, 90% dos homicídios ocorridos em S. Paulo são praticados por adultos, afinal, estes criminosos não deixaram de sê-lo por terem passado à maioridade.
Cabe à sociedade como um todo cuidar de seus membros, principalmente dos mais necessitados. É preciso que haja uma melhor distribuição de renda, emprego com salários dignos, educação para todas as crianças e, ao mesmo tempo, leis severas para penalizar os infratores, porem, sempre com o objetivo de reeducá-los. No nosso sistema carcerário, ao contrário, as penitenciárias funcionam como verdadeiras escolas do crime, onde os detentos vivem em condições subhumanas.
A adoção de penas alternativas para réus primários que cometeram delitos mais leves, outra sugestão que tem sido feita por renomados juristas, pode ser uma boa medida, se for implantada com o propósito de educar. Não pode, porém, ser utilizada para criminosos reincidentes ou para crimes mais graves, tampouco apenas com o objetivo de diminuir a população carcerária. Os crimes hediondos devem ser punidos rigorosamente com penas de reclusão maiores onde o criminoso possa trabalhar, estudar e ter a assistência psicológica adequada para melhor refletir sobre seus crimes.
Muitos acreditam que não é viável a reeducação de presidiários, em função do inexpressivo número de detentos que conseguiram se recuperar . Porém se, mesmo diante da atual situação do nosso sistema carcerário, alguns conseguiram superar tais dificuldades e se recuperaram, quantos não poderiam ser reintegrados à sociedade e tornarem-se cidadãos produtivos com uma política carcerária mais humana e com condições mais adequadas? Além do mais, não há de se pré julgar quem vai ou não se recuperar. Deve-se dar a todos a oportunidade de refazerem suas vidas, ficando com o mérito aqueles que se aproveitarem da oportunidade e ficarão nos desenganos os que forem renitentes nos seus erros.
Quanto à pouca influência das religiões sobre seus fiéis sobre temas tão graves comentada acima, verificamos que a Doutrina Espírita oferece o maior argumento contra a pena de morte ao demonstrar que a morte não existe. Assim, ao punir o indivíduo com a pena de morte para seu corpo físico, estará na verdade apenas agravando ainda mais sua situação, podendo provocar a revolta em seu espírito que ficará vagando pela escuridão em busca de vingança e, aliando-se a outros de seu nível, poderá dar inicio a terríveis processos obsessivos. Por outro lado, ao ser o criminoso reeducado, estará preparado para ser reintegrado à sociedade e apto a ser melhor não só nesta vida mas, principalmente, para a vida eterna. Aliás, a educação para a vida eterna, deve ser a preocupação maior do homem em todos os sentidos.
Verifica-se que, sem dúvida, a humanidade passa por momentos difíceis, onde as populações dos países mais pobres, como o nosso, sofrem ainda mais as consequências das crises econômicas, sociais e morais. A nação precisa enfrentar todos os seus problemas frente a frente e que buscar as soluções, no entanto, é necessário esclarecer devidamente a população para que a sociedade, como um todo, encontre as causas de toda a problemática e não fique apenas atacando seus efeitos.
Eliminar pura e simplesmente aqueles que não se enquadrem às normas e leis, é uma solução cômoda, porém, além de ser uma atitude contrária aos ensinamentos cristãos, sabidamente não resolve o problema definitivamente e estará, a sociedade, apenas jogando para baixo do tapete suas misérias humanas.

Escreve: Delmo Martins Ramos

Texto publicado no site em 29/10/99. Mais de uma década se passou e, como está a situação nos dias de hoje? Pense nisso.

ENCONTRO COM A CASA ESPÍRITA

“Estava triste em meus aposentos, quando resolvi buscar um pouco de alegria. Queria algo que falasse fundo dentro de mim. Não queria divertir-me com as frivolidades do cotidiano e do gosto comum. Gostaria de sentir mais uma vez, daquelas sensações agradáveis que tocam fundo na gente em raras ocasiões.
Caminhei um tanto embaraçado entre os meus conhecidos, sem conseguir explicar o que desejava. Fiquei só e confesso que decepcionado e muito constrangido. O que eu queira realmente? Que vontade tola, infantil era essa? Algum tempo depois retornei ao meu lar e no caminho tive atenção desviada para um ambiente estranho à minha pessoa. Um salão com pessoas dentro se assemelhando a um templo ou uma escola. No letreiro, que estava à frente do salão, identificava-se "Centro Espírita".
Uma curiosidade forte me conduzia para o tal local, e uma dúvida voraz inquietava minha alma. O que eu encontraria ali? Certamente não seria o que eu buscava; nada que tivesse lugar dentro de meus conceitos de alegria, mas para um frustrado quanto custa o que pouco interessa? Entrei naquele ambiente e fiquei em pé ao lado da porta de entrada. Ouvi a explanação de um palestrante que falava sobre a vida, mas de maneira que eu jamais ouvira. Trouxe-me elementos novos, respostas à situações que vivenciei e que me perturbavam pela falta de explicações.
Fui aos pouco me envolvendo com os pensamentos apresentados e dentro de mim, ideias e reflexões surgiram como estrelas ao final da tarde. Criou-se na minha alma uma amplitude de considerações que foram me levando a um estado de contemplação ou êxtase, que encheu o meu coração de uma sensação que jamais esquecerei. Admirado, voltei ao meu lar prometendo retornar ali para conhecer um pouco mais sobre tudo o que havia escutado.
Voltei uma, duas, três vezes e não mais estive naquela casa novamente, não naquela que um dia deixei para procurar a felicidade. Engajei-me nas atividades do Centro e deixei este plano que vós habitais, estudando e trabalhando nesse pequeno núcleo de vida na matéria. Hoje me dirijo aos irmãos para falar um pouco do que posso observar do lado de cá. Muitos pensam que importam as instituições que se medem pela dimensão material. Grandes, belas e conhecidas, mas daqui elas são pequenas opacas e frias. Enquanto outras, que se apresentam materialmente sem importância são como uma Betel, que serve de ponte entre os Espíritos e os encarnados para que possam os homens conhecer o que é bom e o que é ruim. Apresentam-se para nós Espíritos, como grandes focos de Luz que existem em vosso mundo.
Meus irmãos, valorizem a pureza doutrinária, o respeito à Lei de Deus e deixais perecer o vosso orgulho e o vosso egoísmo como a matéria, para que possais encontrar como eu a razão para serdes felizes para sempre.” - Luiz Paulo Araújo

Mensagem mediúnica
Classificação: Depoimentos
Data: 18.02.99
Espírito: Luiz Paulo Araújo
GEBEM

PIEDADE FILIAL


“Graça e paz a todos! Sou José, um irmão que se aproxima pela primeira vez no intuito de aprender convosco. Estou ajustado há algum tempo e sinto agora a necessidade de contatar com a matéria para me estruturar adequadamente para uma próxima encarnação.
Ouvi o que foi dito a respeito da piedade filial e considero que este é um grande mal que envolve o planeta nos dias atuais, pois a piedade neste sentido é quase nula. Após amadurecerem, os homens precipitam-se a um sistema de vida frio e calculista, afastando-se largamente dos princípios afetivos e morais.
Vemos em vosso meio situações que são amostras tenebrosas do mal que rodeia o mundo. O abandono físico, mas sobretudo o moral, acompanhado de maus tratos e ingratidão justificados pelas formalidades sociais, demonstram como surgirão males mais graves, crimes hediondos que farão mais trevas sobre o vosso mundo. Sendo as criaturas incapazes de amar aos seus pais, tampouco serão de amar ao próximo, gerando um ambiente hostil pela disputa e pela intolerância. Vosso mundo há de sofrer muito estes percalços que se amontoam ao longo do caminho.
Mas como nada que ocorre é obra casual faz-se necessário analisar a sua causa. Por que isto ocorre? De onde virá este mal fruto? Certamente de uma semente má que foi plantada e que distribuirá novas sementes, até que seja ceifada. Assim como não há preocupação entre os homens em cuidar de seus pais, atualmente os pais não se ocupam da moralização de seus filhos. A instrução profissional tomou o lugar da educação e já não mais promove o homem, mas uma máquina incapaz de executar processos afetivos, existindo somente para acumular valores materiais.
Não é possível querer que um animal selvagem seja domesticado depois de adulto. O máximo que se consegue é aprisioná-lo para que não ataque a ninguém. Espíritas, vós sabeis da Lei. Vós sabeis da Vida, porém vos afastais da Verdade e levais convosco toda a família e um tanto da sociedade quando agis indiferente à moral, quando vos preocupais com os conceitos transitórios e esqueceis da vossa responsabilidade. Aquele que ignora é repreendido para que se eduque. Tenhais, pois, a preocupação primeira de ser exemplo para os seus, antes de cobrá-los a conduta correta para que não caia sobre vós a força da Lei de Deus”. – Um Espírito amigo.

             Mensagem mediúnica
             Classificação: Espíritos familiares
Data: 23.12.99
Espírito: Um Espírito amigo
GEBEM

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013


PERFEIÇÃO: A META DO ESPÍRITO


“Livrai vossas consciências dos tormentos voluntários. Perfazei vossa caminhada em consonância com os desígnios da Divindade. Os malfazejos atos, frutos da ignorância dos seres humanos, têm seus dias contados e aqueles que não tiverem a observância da lei moral, serão rechaçados para os confins de sofrimento moral. A dor moral está entremeada pela insistência em permanecerdes na passividade, nos devaneios das alegrias terrenas, na conquista de bens obsoletos.
Em atitudes hostis, estais engajados pelo mal existente em vosso íntimo. Se tenderdes a continuar em vossa prisão interior, não podereis alçar os vôos mais elevados da continência espiritual. Portanto, meus queridos, sois barcos a navegar em alto mar, onde as ondas grotescas da imperfeição insistem em vos fazer perder o rumo e naufragar. As velas desse barco são a vossa vontade, e devem estar direcionadas para a meta maior do Espírito: sua perfeição. Os remos, que vos conduzirão em meio às tormentas, devem ser a vossa coragem e vossa fé. A esperança em atingir o fim deve fazer parte da  jornada. 
Por mais que considerais impossível resistir às tentações, não desistais. Sereis abençoados pelas mãos de nosso Senhor, e, certamente, sereis salvos quando os cascos do orgulho e do egoísmo estiverem corroídos pelas experiências sofridas e já não mais tereis os desenganos da ignorância impedindo-vos de velejar por águas serenas. Não vos deixeis retornar em vossa viagem, apesar da vivência adquirida. Utilizai-a como ferramenta para que refaças vosso Espírito e continues em busca da perfeição.” - O Guia da Médium

Mensagem mediúnica
Classificação: Espíritos familiares
Data: 01.07.99
Espírito: O Guia da Médium
GEBEM

DOLOROSA EXPERIÊNCIA


“Dor, palavra tão pequena mas que normalmente exprime tantos sentimentos! As dores do mundo são tantas, mas não há maior do que a do arrependimento por um ato impensado que traz terríveis conseqüências a quem o praticou. Venho relatar um pouco de minha experiência do processo de dor que sofri em conseqüência de um ato impensado num momento de invigilância e de total desvario. A vida, meus caros, é o bem mais precioso que Deus concede às suas criaturas e a vivência na matéria, já disseram os Espíritos superiores, é a única forma de evolução do Espírito.
Assim, quando desperdiçamos nossa vida, o sofrimento que nos aflige é muito grande, além de ter de recomeçar novamente a trajetória interrompida, nem sempre numa situação igual àquela perdida. Imaginem o sofrimento de quem que, além de desperdiçar sua vida com ações contrárias às Leis Maiores, ainda comete a insensatez de interrompê-la em razão de problemas puramente materiais!
O que relato agora nestas breves linhas é a ação de um ser que não se preocupou com as conseqüências de seu ato insensato motivado por problemas passageiros, insuportável para quem só tinha a ambição material como meta de sua vida. Tive uma vida que pode ser considerada comum, como são as da maioria das pessoas que habitam este mundo de provas e expiação. Não violava a lei humana e, por isso, acreditava estar também cumprindo com as Leis Divinas. Minha maior preocupação nesta vida foi a de amealhar bens materiais. Para esta conquista sacrifiquei alguns valores que, hoje vejo, são fundamentais para o progresso espiritual do ser. Entre eles, a falta de interesse em angariar conhecimentos na área espiritual que foi substituído pela busca do sucesso material e do acúmulo do ouro que pensava poder satisfazer-me definitivamente.
Então, não sei se por provação ou para servir-me de alerta, alguns negócios maus feitos, aplicações financeiras especulativas num momento impróprio, levaram-me à falência material. Repentinamente deparei-me com uma situação de pobreza, para mim inaceitável, com dívidas com as instituições financeiras que de forma implacável passaram a cobrar-me pagamento de valores impossíveis de cumprir. O desespero apossou-se de minha alma e a vergonha cegou-me. Naquele momento não via saída para a situação e, para fugir deste drama, acreditei que a solução seria tirar minha própria vida. Qual a razão deste ato tresloucado? Agora sei que o orgulho exacerbado pela posse do tesouro do mundo, ferido pelo desprezo no olhar dos que me achavam um perdedor, aliado à ignorância quanto aos mecanismos da vida verdadeira, levaram-me a este gesto que tanto sofrimento me tem causado.
Não vou relatar os momentos de extrema dor e desespero que passei nos momentos seguintes a este gesto extremo, principalmente quando me dei conta da inutilidade deste ato que, ao contrário do que pensava, não solucionou a situação. Desejo apenas que as pessoas ao lerem estas linhas, conhecendo meu drama compreendam que de nada adianta buscar apenas o ouro terreno e descuidar-se do verdadeiro tesouro, aquele que ficará como patrimônio de cada um, ou seja, os bens espirituais.
Para chegar à situação em que agora me encontro o sofrimento foi indescritível. Mas a esperança que me foi dada por abnegados Instrutores de que poderei recomeçar é grande. Sei que feri gravemente a Lei de Deus, mas sei também que Sua misericórdia é tanta que terei novas oportunidades de resgatar meus débitos. Sei que não será fácil e que não será sem sacrifícios a retomada da caminhada, mas sei também que terei condições de superar estas dificuldades, principalmente porque estarei sempre sendo encorajado e acompanhado por generosos amigos, alguns dos quais me acolheram no mundo espiritual.
Meus amigos, pensem no caminho que têm seguido! Busquem primeiro o Reino dos Céus, ou seja, os tesouros espirituais, e tudo o mais lhes será acrescentado, nos disse Jesus. Por nada, por nenhuma razão atentem contra as suas  vidas, bem divino que nos é dada gratuitamente pela sublime bondade e extremo amor do Criador pelos seus filhos. Esta lição aprendi duramente na dor e sofrimento que todos poderão evitar se buscarem o caminho certo. Que a paz de Jesus esteja conosco sempre e que, nos momentos de nossas dores, possa nos dar a tranqüilidade necessária”. - Um Espírito em recuperação.

Mensagem mediúnica
Classificação: Depoimentos
Data: 11.07.00
Espírito: Um Espírito em recuperação
SEEAK
A SOCIALIZAÇÃO DAS DROGAS


Cerca de 215 kg de drogas, apreendidas no último ano em São Paulo, foram incineradas no Dia Nacional Antidrogas, 27 de junho, a exemplo do que ocorreu em vários Estados. Com a presença de algumas autoridades do setor, o evento teve algum destaque na mídia e, como sempre, palavras de ordem e a promessa de empenho no combate às drogas foram, mais uma vez, feitos.
O crescente aumento no consumo de drogas é atualmente um dos maiores males que atinge a humanidade, principalmente por atingir em maior número as camadas mais jovens da população mundial, diminuindo a cada dia a idade dos que se iniciam nos vícios. É cada vez mais comum crianças com 10 anos, ou menos, iniciarem-se nesta prática.
Desde a massificação do consumo das drogas, na década de 60, o perfil do consumidor tem-se ampliado bastante. Inicialmente, somente os hippies e alguns pessoas ligadas às artes tinham o hábito de consumi-las e não escondiam seu vício alimentando a imagem de rebeldes. Depois, a partir da década de 80, esta prática passou a fazer parte dos hábitos de muitos executivos, os chamados yuppies que pretendiam mostrar modernismo. Nesta última década as noticias sobre festas de milionários regadas com cocaína, ecstasy e outros tipos de drogas vieram a público, provavelmente pretendendo mostrar que estão acima da lei e das regras. Causou espanto, pelos menos no cidadão comum, as revelações feitas no livro de uma socialite sobre tais festas e o grande consumo de drogas por parte dos mais ricos que tinham, juntamente com seu “personal training”, um traficante pessoal.
O que se tem noticiado ultimamente é que, lamentavelmente, o consumo de drogas está atingido cada vez mais as classes mais pobres. Não bastando todo o mal que já atinge esta camada da população, mais este vem infernizar ainda mais suas vidas. Os narcotraficantes demonstram ter uma grande visão de mercado e utilizam cada vez mais o sub produto das drogas tradicionais, que são mais baratos, como a merla e o crak, porém com maior poder de destruição. Assim não tem perda em seus produtos e aumentam a base de consumidores.
O mundo está na era da socialização das drogas. Enquanto as autoridades mundiais não conseguem socializar a riqueza, diminuir as diferenças sociais e gerar oportunidades de trabalho a todos com salários dignos, o consumo das drogas se populariza cada vez mais, até em conseqüência deste desinteresse e inoperância das elites, gerando a violência e todo o tipo de desequilíbrio que se vê atualmente no mundo.
Está claro que tal problema só será totalmente resolvido quando forem atacadas as causas que provocam a busca do prazer efêmero, na maioria das vezes mortal, que as drogas proporcionam. Há a necessidade de educar o homem para a verdadeira vida e mostrar-lhe os verdadeiros objetivos de sua vida terrena. Porém, no atual estágio em que se encontra a humanidade, esta mudança de comportamento e de conceitos é ainda utópica, embora se saiba que esta situação seja temporária e, um dia, ela estará livre destes apelos terrenos.
Porém, enquanto não houver a mudança definitiva, é necessário que haja um combate mais eficaz dos sistemas de produção e distribuição das drogas que, infelizmente, tem se mostrado, baseando-se pela quantidade de drogas apreendidas, ineficaz. Em nosso país sequer há acordo entre as autoridades de qual o departamento governamental deva dirigir o combate ao tráfico, numa verdadeira luta de vaidades e de poder. Frequentemente, por conta destas lutas na busca do aumento do poder no governo, ministros e secretários importantes perdem seus cargos.
Enquanto isto os narcotraficantes aumentam seu poder e influência na sociedade, haja visto a grande números de juízes, deputados e outras autoridades envolvidos com o trafico de drogas. E o que é pior, enquanto os poderes ficam nos discursos, a juventude está sendo dilapidada. É bem verdade que alguns avanços foram feitos nos últimos tempos, a exemplo da CPI do Narcotráfico, mas o resultado ainda é tímido em relação ao poder do tráfico de drogas. Houve mais barulho e promoção pessoal do que resultados efetivos. Com exceção de alguns nomes mais ou menos conhecidos, que estão respondendo à Justiça, na verdade o narcotráfico não sofreu baixas significativas. As organizações do narcotráfico cada vez mais se fortalecem, aumentam sua ação nos vários segmentos da sociedade e hoje já são mais poderosas do muitos os governos formando um poder paralelo, maior até do que o legal.
É preciso, pois, a união de todos os seus segmentos da sociedade, para combater este terrível cancro que pode ser considerado o mal deste e do próximo século. A educação formal e moral; a diminuição da diferenças sociais; o combate à corrupção e ao crime são medidas urgentes e básicas para combater o crescente domínio das drogas e, sobretudo, olhar com mais atenção para a juventude, ouvir seus anseios, dar-lhes um objetivo real e definitivo para suas vidas, enfim, cuidar deles antes que os traficantes os adotem.

Escreve: Delmo Martins Ramos
Texto publicado no site em 28/07/2000 (COMO ESTÁ A SITUAÇÃO HOJE? PENSE NISSO)

A HUMANIDADE SE PERDE

“Filhos amados! A humanidade se perde nestes últimos anos em um emaranhado de ilusões que conduzem seu destino para os campos inenarráveis do sofrimento. Deixa a Mensagem Divina em plano secundário e busca conhecer o sabor do poder, atrelando-se a compromissos cármicos cada vez mais comprometedores. A palavra de vida eterna emudeceu nos corações e mentes dos homens. Mesmo naqueles que vieram dotados da luz da inteligência perdem-se em interpretações errôneas sobre a mensagem cristã, pois baseiam-se em seus próprios princípios de moralidade.
Caríssimos! O mundo agoniza. O homem já não sabe o que buscar para encontrar seu equilíbrio. Chora, geme, grita, agita-se e morre a cada dia, sem saber para onde vão suas obras de iniquidades. Olha em volta e vê o resultado de seu trabalho de séculos de impiedade. Incrédulo, já não sabe a quem pedir ajuda. Orgulhoso, não volve os olhos para os céus, pois acha que é criado por si mesmo e que o destino é o pai de suas aflições.
Insensatos! Quantas vezes terão os Espíritos de Deus de vir em socorro dessa humanidade doente? Por muitas vezes foi socorrida após trilhar caminhos de dor. Jamais reconheceu a ajuda dada pelo Alto. Antes foram martirizados os enviados de Deus pelos detentores da força e da ignorância. Agora chorais lágrimas amargas vendo vossos irmãos banhados na água da injustiça e envolvidos no vento da desigualdade social, terríveis feridas criadas pelo desmedido orgulho e egoísmo do homem em querer ter para si o que jamais fora seu.
Deus, pai misericordioso e bom, continua pacientemente aguardando que seus filhos despertem para a realidade do Espírito. Entretanto, sabe que só com muita dificuldade conseguirá dissipar a  pesada nuvem que se formou em volta deste orbe, envolvido que está em desmantelos e desequilíbrios do próprio homem.
Alerta, pois! Suas horas de choro e ranger de dentes está próxima. E aos que compreenderem a mensagem e seguirem pelos caminhos da caridade e do amor ao próximo, será dado o maior quinhão da boa aventurança. Benditos, pois, os que entendem estas minhas palavras de agora para esta humanidade que sofre e que geme sobre sua própria desgraça.” - Um Espírito Protetor.    

Mensagem mediúnica
Classificação: Espíritos superiores e instrutores
Data: 30.03.99
Espírito: Um Espírito Protetor
SEEAK

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


PERGUNTANDO AOS ESPÍRITOS

O que é o trabalho?
“Já vos foi dito que é o esforço em sustentar e promover a vida, mas que tem o objetivo primário de edificar as almas”.

Como se deve trabalhar?
“Deve-se acima de tudo ter em mente a propensão de servir, para que prevaleça na atividade do trabalho o sentimento da humildade e da utilidade. Desta forma os elementos serão utilizados no sentido produtivo da vida, dificultando a ação das vossas imperfeições que fatalmente estimularão os vícios, tornando-vos repetentes e improdutivos”.

O trabalho teria algum outro objetivo?
“Sim, a vida na Terra depende da ação dos Espíritos nela encarnados, ou seja, a vida útil é aquela  que está em movimento de progressão. Aqueles que não se ocupam estão em situação pior do que a de muitos que se ocupam do mal, pois estes, fazendo o que fazem, estão sujeitos à Lei e serão corrigidos no instante que se esforçam por realizar algo, exercitando as suas faculdades intelectuais, enquanto que aqueles outros estando encarnados permanecem mortos, pois são quase nada”.

Que pensar da preguiça?
“Trata-se de um mal sério, que por vezes torna-se vício. A preguiça é resultado de uma série de fatores como a insatisfação, a ignorância, a presunção que impedem o homem de observar melhor a vida e de utilizá-la devidamente. Aos olhos do Espírito este estado é deprimente, pois leva ao estacionamento, que conduz ao sofrimento, por vezes intenso, donde surge a depressão, a melancolia e o aumento das necessidades”.

Que fazer para combatê-la?
“Trabalhe. Assim como se combate fogo com água, a preguiça é combatida com o trabalho. A sabedoria divina é evidente porque é perfeita. Não age conforme as concepções humanas, onde se acredita resolver um problema com outro. O mal se combate com o bem, pois este é sempre o caminho mais curto e preciso. Qualquer outra alternativa leva ao comprometimento do que se espera alcançar”.

Mas como responsabilizar uma pessoa despreparada?
“Novamente é o Senhor quem vos ensina pela sua Obra. Ele também coloca os seus filhos imaturos na experimentação, mas aguarda de cada um, um grau diferente de responsabilidade e sobre isso já vos alertou o Evangelho. Sede fiel nas pequenas intendências, que te darei as grandes, diz o Mestre”.

“Que neste dia cada um de vós vos ocupeis com o sagrado ato do trabalho e que sejais dotados da humildade e da servidão necessárias para serdes úteis e que vos conduza ao progresso.” - Diógenes

Mensagem mediúnica
Classificação: Evocação
Data: 01.08.2000
Espírito: Diógenes
GEBEM

PAIS E FILHOS

“Em minhas andanças pelo mundo presencio cenas de tanto sofrimento que às vezes me pergunto porque o homem insiste em permanecer no erro.
Visito famílias que, mergulhadas em seus problemas, não percebem a ação benéfica que muitas vezes se estabelece entre eles, como resultado das preces emitidas por alguns de seus membros.
Mães e pais! Não sejais insensatos! Esse adolescente que agora grita seus direitos de filho, um dia foi a criança rebelde que não foi devidamente disciplinada e orientada. E se agora, desconheceis neste ser o seu filho, não foi por falta de alerta. Todos os ensinamentos necessários para bem direcionar as criaturas estão no mundo há milênios. Os casos de aberração familiar que aí estão são frutos de uma inadvertência na condução da educação dos filhos.
O desfrute do prazer fácil é obra dos pais e não dos filhos, quando na interpretação equivocada do amor, satisfazeis todos os desejos de uma criatura que mal sabe o significado da palavra responsabilidade.
A quem culpar por um filho desequilibrado, se em tenra idade não soubestes combater os germes do egoísmo e do orgulho que se encontrava de forma explícita no comportamento rebelde e temperamental da criança?
São reflexões sérias e difíceis, eu sei, mas necessárias se quiserdes pôr fim de forma equilibrada a situações de desregramento familiar, tão comum atualmente e que tantas dores e decepções têm trazido ao mundo.
A atual situação é consequência de uma célula familiar doente. A gravidade da doença se avoluma a cada dia e os crimes se multiplicarão nos próximos tempos, pois o homem não terá limite para sua insensatez. É no seio das famílias que se verão as coisas mais absurdas e catastróficas. Cuidai, portanto, da educação segura dos vossos filhos, vós que tendes olhos de ver.
Lembrai-vos sempre: amar um filho não significa somente suprir todas as suas necessidades e vontades fúteis, mas é, acima de tudo, ensinar-lhe o caminho do Bem, da Justiça e do Amor. Que Deus vos abençoe!”.

SEEAK
Mensagem mediúnica
Classificação: Espíritos familiares
Data: 14.04.98
Espírito: Um protetor da casa

DESESPERO E ESPERANÇA

"Há tempos aguardo uma oportunidade de comunicar-me convosco através da escrita. Fui um dos socorridos por esta equipe de caridade. Agora faço parte de um grupo que desempenha pequenas tarefas, sobre as vistas amorosas e cuidadosas do nosso instrutor, anjo bom que Deus nos dá para nos auxiliar na caminhada.
Digo a todos vós, irmãos em Cristo, que qualquer tarefa que se possa desempenhar em nome do Bem é digna e edificante. Quando estava entre os encarnados constrangia-me dedicar algumas hora da minha semana para atividades que considerava menor. Irritava-me ver minha mãe querida envolvida em tarefas que proporcionavam amparo aos pobres da matéria. Não compreendia a sua nobreza de espírito e a considerava fanática, entregue aos caprichos do pastor de sua igreja. Ri muitas vezes quando me encarava muito séria e dizia-me que Deus um dia me mostraria o verdadeiro sentido de suas leis.
Estava eu muito preocupado com minhas coisas para dedicar-me a cuidar dos carentes. Entretanto, a vida me pregou uma peça e a dor chamou-me para a razão. Perdi a luz de minha vida. Minha pequena filha de 10 meses contraíra doença incurável e Deus a ceifou da face da terra. Busquei na igreja de minha mãe o consolo que veio em forma de prece, da entrega total aos desígnios de Deus e à orientação do instrutor do núcleo protestante que eu frequentava. Entrei num grupo de estudos com a intenção de preparar-me para servir na casa e para mim era difícil a aceitação de que seria apenas um servo de Jesus. Justo eu que a vida inteira sonhei em comandar grandes negócios e preparei-me sempre para isso.
Mas, amigos, novamente tive que curvar-me à vontade do Pai e mais uma vez a dor insuportável visitou-me. Minha mãe querida foi levada para a pátria do Espírito para viver em outra dimensão. E justo quando eu já compreendia e buscava ardentemente sua convivência para adquirir com ela novos conhecimentos.
Quis Deus que eu sofresse novos revés para que me conscientizasse definitivamente de minhas limitações. Na igreja era chamado para fazer as mais simples tarefas e lá ia eu, colocando minha vergonha e meu orgulho de lado, desempenhar minha função com dedicação. Mas, bem no fundo eu achava que bem poderia estar servindo em outra condição, já que era um homem com capacidade intelectual acima da média. Não sabia que meu instrutor encarnado vigiava-me com carinho, observando-me e atestando que ainda não tinha condições morais para assumir trabalhos mais sérios, que estivessem ligados à edificação de outros irmãos. Precisava antes edificar-me, melhorar minha condição espiritual para então servir de exemplo dentro da tarefa do Bem.
Um dia, desgraçadamente meus olhos caíram sobre uma bela figura e eu, em minha fragilidade de Espírito imaturo, vaidoso e orgulhoso, não me dei conta de que era apenas uma prova. Quedei-me às circunstâncias do momento. Quando dei conta de mim, estava envolvido nos laços escusos do adultério e da sensualidade. Grande escândalo. Não suportando a enorme carga desmoralizadora dei cabo de minha vida, mesmo conhecendo a fundo a história de Jó. Sentia-me um injustiçado e não compreendia que deveria ter lutado até o fim pela minha recuperação.
Acordei deste lado da vida completamente angustiado. Irmãos como eu, em desespero e desalinho diziam-me que jamais sairia daquele charco de dor e sofrimento. Muitos experimentavam aquele ambiente por mais de cem anos, outros tinham acabado de chegar. Era um local onde os Espíritos reuniam-se em grupos e lamentavam-se, gritavam, choravam. Outros apenas dormiam, outros permaneciam com laços atados ao pescoço ou com feridas sangrantes que só existiam em seu campo mental.
Ali fiquei por um tempo curto e logo roguei fervorosamente a Deus que me socorresse, socorro que demorou ainda um pouco a vir. Apareceu sob a forma de tênue luz que invadiu todo o meu ser e levou-me para um local de paz.
Fiquei sob os cuidados de pessoas carinhosas e doces, que me falavam de um reino de amor que um dia conheceria. Fiquei sabendo que era a extensão desta casa, no mundo espiritual, e que todos os que ali estavam foram socorridos pelos Espíritos que trabalham nesta casa em nome de Jesus.
Intriguei-me por não encontrar ninguém de minha família e por não estar entre os eleitos de Deus, ou então o Pai tinha me castigado por ter cometido o pior dos crimes. E agora? Pensei. Certamente não estou no inferno. O fogo não arde, não sinto dores. Uma brisa suave passa pelo meu corpo. Não ouço o pranto e o ranger de dentes e sim o canto alegre de uma irmã que trabalha dedicadamente em prol dos necessitados da alma.
Sim, antes estava no inferno, pensei. E Ele teve misericórdia de mim e de lá me tirou.
A irmã Laura cuidava de mim e me explicava algumas coisas. E dizia que em breve eu compreenderia muito mais.      
Um dia, que foi um dos mais felizes da minha vida, estava eu a orar em pedido de perdão ao Senhor quando acariciou-me a fronte mãos delicadas e leves como pluma, e uma doce voz eu ouvi: meu filho! Era minha amada mãe que tinha vindo visitar-me. Chorei copiosamente, agradecido pela benção recebida. Durante muitos dias  ela veio conversar comigo sobre muitas coisas, esclarecendo-me sobre as maravilhas do mundo espiritual.
A cada dia meu horizonte alargava e aos poucos fui tomando conhecimento, através de lembranças vivas, de minhas vidas passadas onde igualmente tinha tido a oportunidade de vivenciar os ensinamentos de Jesus sem, contudo, aproveitá-los. Em uma delas havia também tirado a minha vida. Chorei muito, envergonhado de minha última encarnação. Mas, minha doce mãezinha me consolava e dizia-me que Deus era justo e misericordioso. Iríamos descer à carne em breve tempo (não sei quando) como irmãos consanguíneos, para juntos aprendermos a lição da fraternidade e solidariedade. Ela deverá auxiliar-me em minhas limitações físicas e em meu aprimoramento moral.          
Esse espírito que na carne foi minha mãe habita planos mais elevados que este que estou no momento, pois ainda me encontro em colônia transitória.
Ela já desempenha tarefas mais nobres em favor dos necessitados e não pode dedicar-se só a mim, por isso ausenta-se por longos períodos e só vem ver-me de vez em quando para trazer-me carinho e mais esclarecimentos.
Meus irmãos, minha estada nesta casa é somente para relatar minha experiência, conforme orienta um instrutor responsável pelo trabalho.
Ainda há muito a ser feito e quisera ter compreendido as coisas que hoje sei, quando na carne estive. Benditos os que palmilham pelo caminhos da porta estreita. Benditos que se dedicam ao ideal cristão por amor a Jesus. Paz para todos".  – Espírito  Epaminondas - o suicida

SEEAK
Mensagem mediúnica
Classificação: Depoimentos
Data: 29.09.98