sexta-feira, 25 de maio de 2012

 FREDERICO FIGNER
(1866-1947)

Nasceu no dia 2 de dezembro de 1866, em Milevska, na então Tcheco-Eslováquia, atua República Tcheca. Aos 16 anos, deixou sua terra natal e esteve em diversos países, antes de se estabelecer no Rio de Janeiro, em 1892, onde se tornou um bem-sucedido empresário no ramo de gravação de músicas e distribuição de máquinas de escrever, conquistando imensa fortuna. Em 1897, casou-se com D. Esther de Freitas Reys, com a qual teve seis filhos.
Foi apresentado ao espiritismo por volta de 1903, por Pedro Sayão, pai da cantora Bydu Sayão. Decente, no início, passou a crer, após acompanhar a cura da esposa de um funcionário seu, por meio de receita mediúnica. A partir daí, Figner se tornou adepto do espiritismo, chegando a assumir os cargos de vice-presidente, tesoureiro e membro do Conselho Fiscal na Federação Espírita Brasileira – FEB.
Alma generosa, chegou a acolher em sua própria casa vários enfermos, vítimas do surto da gripe espanhola que assolou o Brasil, em 1918 e quase sempre conduzia à morte. Seu trabalho em tomar (receber) ditado de receitas espíritas e dar passes a enfermos celebrizou-se em sua época. Chegava a tomar (receber) de 150 a 200 receitas por dia e atender inúmeros necessitados que conheciam sua dedicação, bastante propagada nos jornais.
Com uma disciplina digna de louvores, dividia seu tempo entre a atividade profissional e os afazeres espíritas, chegando a presidir vários grupos de trabalho na sede da FEB e em seu lar. Promoveu a publicação de diversos livros, sempre custeando as edições. Viajando ao exterior, buscou contato com o médium Willy Hope encontrou-se na Inglaterra, com Sir Arthur Conan Doyle.
Por solicitação de um grupo de atores, Figner doou terreno de sua propriedade, em Jacarepaguá, para a construção do Retiro dos Artistas, que continua atuante até a presente data. Ao falecer, em 19 de janeiro de 1947, aos 81 anos de idade, verificou-se que, em seu testamento, Figner havia destinado grande parte dos seus bens à obras sociais de Chico Xavier.
Após seu desencarne, utilizando o pseudônimo Irmão Jacob, Figner trouxe a lume, pela psicografia de Chico Xavier, o livro Voltei, publicado pela FEB, fidedigno relato de sua experiência no retorno ao plano espiritual, abordando assuntos como: desligamento do corpo físico, encontro com amigos, dificuldades de intercâmbio mediúnico e reajustamento à nova vida, dentre outros. Era o dedicado trabalhador voltando para nos dizer que a oportunidade de servir e crescer abrange os dois lados da vida!

FONTE: Catálogo Aliança- maio/agosto-2012
BIBLIOGRAFIA: HTTP://www.febnet.org.br

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