SUICÍDIO
DIGA SIM À VIDA!!!
Causas
frequentes do suicídio
Quadro geral
da situação dos desertores da vida, no plano espiritual
Consequências
em futuras reencarnações
Primeiras
Impressões dos que "morrem" por suicídio
Textos
extraídos das obras espíritas"O Pensamento de Emmanuel", autoria de
Martins Peralva, 2ª ed. FEB, e "O Consolador" da autoria espiritual
de Emmanuel e psicografado por Francisco Cândido Xavier.
Difícil seria
abranger, no simples capítulo de um livro, problema tão angustioso e sombrio,
que se tem agravado, ultimamente, nas comunidades terrestres, elevando as
estatísticas mundiais.
Que poderá
levar o homem a recorrer ao gesto extremo?
Eis a
pergunta, inquietante, que a mente humana formula, em todos os continentes, em
face da incidência de suicídios em milhares e milhares de lares do mundo - em
lares humildes, em lares de mediana condição, em palácios suntuosos!...
Anotaríamos,
em tese, as principais motivações, crendo, no entanto, que outros estudiosos do
assunto possam aduzir novas razões, às quais acrescentaríamos, evidentemente,
as por nós relacionadas:
a. - Falta de fé;
b. - Orgulho
ferido;
c. - Esgotamento nervoso;
d. - Loucura;
e. - Tédio da vida;
f. - Moléstias consideradas incuráveis;
g. - Indução
de terceiros, encarnados ou desencarnados.
Acreditamos,
firmemente, que a falta de fé responde pela quase totalidade dos suicídios.
A fé é
alimento espiritual que, fortalecendo a alma, põe-na em condições de suportar
os embates da existência, de modo a superá-los convenientemente.
A fé é mãe
extremosa da prece.
E quem ora com
fé tem o entendimento aclarado e o coração fortalecido, eis que, segundo
Emmanuel, quando a dor nos "entenebrece os horizontes da alma",
subtraindo-nos "a serenidade e a alegria, tudo parece escuridão envolvente
e derrota irremediável", induzindo-nos ao desânimo e insuflando-nos o
desespero; todavia, SE ACENDEMOS NO CORAÇÃO "LEVE FLAMA DA PRECE, FIOS
IMPONDERÁVEIS DE CONFIANÇA" ligam-nos o ser a Deus.
Analisando as
demais causas, observamos que todas elas tiveram por germe, aqui e alhures, na
Terra ou noutros mundos, nesta ou em encarnações pretéritas, a ausência da fé.
O orgulho
ferido é, também, falta de fé, porque a fé conduz à humildade profunda, e esta
é inimiga do orgulho.
É o seu
melhor, o seu mais poderoso antídoto.
O orgulho
ferido pode levar o homem a sérios desastres que se perpetuarão, durante
séculos, em seu carma.
O esgotamento
nervoso, que poderia ser evitado, no seu começo, se movimentados pudessem ter
sido os recursos da "oração, filha da fé", pode conduzir o ser
humano, nessa altura já fortemente assediado por forças obsessoras, ao extremo
gesto.
A loucura, por
sua vez, responde por elevado número de deserções do mundo.
E o chamado
"tédio da vida"?
Quantas cartas
foram deixadas por suicidas referindo-se ao "cansaço da vida" e
implicações correlatas?
Por quê?
AUSÊNCIA DE FÉ, evidentemente da fé que reside e brota dos escaninhos mais
sagrados e mais profundos da alma eterna.
Sim, há muita
fé que existe, apenas, nos lábios.
A fé iluminada
pela razão, que é a fé espírita, capaz de encarar o raciocínio "face a
face, em todas as épocas da humanidade", suporta e vence, resiste e
transpõe os mais sérios obstáculos, inclusive os relacionados com uma existência
dolorosa, sob o aspecto moral ou físico, fértil em aflitivos problemas.
Quem tem fé
não deserta da vida, pois sabe que os recursos divinos, de socorro à
humanidade, são inesgotáveis.
Não esvaziam
os mananciais da misericórdia de Deus!
Ante moléstia considerada
incurável, procura o enfermo, algumas vezes, no suicídio, a solução do seu
problema.
Infeliz
engano, pois a ninguém é lícito conhecer até onde chegam os recursos curadores
da Espiritualidade Superior, que é a representação da Magnanimidade Divina.
Quantas vezes
amigos de Mais Alto intervém, prodigiosamente, quando a Medicina, desalentada,
já ensarilhara a armas, por esgotamento dos próprios recursos?!...
Há outro tipo
de suicídio, aquele que resulta da indução, sutil ou ostensiva, de terceiros,
encarnados ou desencarnados, especial e mais numerosamente dos desencarnados,
não sendo demais afirmar, por efeito de observação, que a quase totalidade dos
auto-extermínios foi estimulada por entidades perversas, inimigas ferrenhas do
passado, que, ligando-se ao campo mental de quantos idealizam, em momento
infeliz, o suicídio, corporificam-lhe, na hora adequada, a sinistra idéia.
Julgamos ter
analisado, com razoável acervo de exemplos, as causas mais freqüentes do
suicídio.
Estudemos,
agora, o quadro geral da situação dos trânsfugas da vida, após a morte.
A ilusão do
suicida é de que, com a extinção do corpo, cessam problemas e dores, mas a
palavra de André Luiz, revestida da melhor essência doutrinária, informa que
sai ele do sofrimento, PARA ENTRAR NA TORTURA...
Relatos de
antigos suicidas e obras especializadas, de origem mediúnica, falam-nos,
inclusive, de vales sinistros, onde se congregam, em tétricas sociedades, os
que sucumbiram no auto-extermínio.
Nessas
regiões, indescritíveis na linguagem humana, os quadros são terríveis.
Visão
constante das cenas do suicídio, seu e de outrem.
Recordação,
aflitiva, dos familiares, do lar distante, dolorosamente perdidos na insânia.
Saudade da
vida - vida que o próprio suicida não soube valorizar, por lhe haver faltado um
mais de confiança na ajuda de Deus, que tem sempre o momento adequado para
chegar...
Outras vezes,
solidão, trevas, pesadelos horrendos, com a sensação, da parte do infeliz, de
que se encontra "num deserto, onde os gritos e gemidos têm ressonâncias
tétricas".
Os mais
variados efeitos psicológicos e as mais diversas repercussões morais tornam a
presença do suicida, no mundo espiritual, um autêntico inferno, onde estagiará
não sabemos quanto tempo, tudo dependendo de uma série de fatores que não temos
condições para aprofundar, eis que inerentes à própria Lei de Justiça.
Ataques de
entidades cruéis.
Acusações e
blasfêmias.
Sevícias e
sinistras gargalhadas povoam a longa noite dos que não tiveram coragem para
enfrentar o tédio, a calúnia, o desamor, a desventura...
Se pudessem os
homens levantar uma nesga da Vida Espiritual e olhar, à distância, as cenas de
torturante sofrimento a que são submetidos os suicidas, diminuiriam, por certo,
as estatísticas, mesmo nos mais conturbados e infelizes continentes.
O Espiritismo,
descortinando tais horizontes, dizendo aos homens que a vida é patrimônio de
Deus, que lhes não cabe destruir, cumprirá na Terra sua augusta missão de
acabar com os suicídios.
E agora,
afinal, apreciemos as consequências com vistas às futuras existências.
Se a tortura
do Espírito, após o suicídio, é horrível, seu retorno ao mundo terreno, pela
reencarnação, far-se-á na base das mais duras penas.
Reencarnações
frustradas, isto é, que se interromperão quando maior for o desejo de viver, o
"anseio de vida"- vida que ele não teve fé suficiente para valorizar.
No capítulo
das enfermidades impiedosas, preferível darmos a palavra a Emmanuel, que, em
notável estudo, sintetizou todas as conseqüências:
"Os que
se envenenaram, conforme os tóxicos de que se valeram, renascem trazendo as
afecções valvulares, os achaques do aparelho digestivo, as doenças do sangue e
as disfunções endócrinas, tanto quanto outros males de etiologia obscura; os
que incendiaram a própria carne amargam as agruras da ictiose ou do pênfigo; os
que se asfixiaram, seja no leito das águas ou nas correntes de gás, exibem
processos mórbidos das vias respiratórias, como no caso do enfisema ou dos
cistos pulmonares; os que se enforcaram carreiam consigo os dolorosos
distúrbios do sistema nervoso, como sejam as neoplasias diversas e a paralisia
cerebral infantil; os que estilhaçaram o crânio ou deitaram a própria cabeça
sob rodas destruidoras, experimentam desarmonias da mesma espécie, notadamente
as que se relacionam com o cretinismo, e os que se atiraram de grande altura
reaparecem portando os padecimentos da distrofia muscular progressiva ou da
osteíte difusa.
Segundo o tipo
de suicídio, direto ou indireto, surgem as distonias orgânicas derivadas, que
correspondem a diversas calamidades congênitas, inclusive a mutilação e o
câncer, a surdez e a mudez, a cegueira e a loucura, a representarem terapêutica
providencial na cura da alma."
O suicídio,
longe de ser a porta da salvação, é o sombrio pórtico de inimagináveis
torturas.
Que nenhum ser
humano, em lendo estas considerações doutrinárias, homem ou mulher, consinta a
permanência em sua mente, UM INSTANTE SEQUER, da sinistra ideia de exterminar a
própria vida, a fim de evitar que, sob o estímulo e a indução de adversários
cruéis, venha a cometer a mais grave das infrações às leis divinas.
Este o apelo
que o Espiritismo, por seus humildes expositores, faz descer sobre os corações
sofredores.
Quais as primeiras impressões dos que
desencarnam por suicídio?
A primeira
decepção que os aguarda é a realidade da vida que se não extingue com as
transições da morte do corpo físico, vida essa agravada por tormentos
pavorosos, em virtude de sua decisão tocada de suprema rebeldia.
Suicidas há
que continuam experimentando os padecimentos físicos da última hora terrestre,
em seu corpo somático, indefinidamente. Anos a fio, sentem as impressões
terríveis do tóxico que lhes aniquilou as energias, a perfuração do cérebro
pelo corpo estranho partido da arma usada no gesto supremo, o peso das rodas
pesadas sob as quais se atiraram na ânsia de desertar da vida, a passagem pelas
águas silenciosas e tristes sobre os seus despojos, onde procuraram o olvido
criminoso de suas tarefas no mundo e , comumente, a pior emoção do suicida é a
de acompanhar , minuto a minuto , o processo da decomposição do corpo
abandonado no seio da terra , verminado e apodrecido.
De todos os
desvios da vida humana o suicídio é, talvez, o maior deles pela sua
característica de falso heroísmo, de negação absoluta da lei do amor e de
suprema rebeldia à vontade de Deus, cuja justiça nunca se fez sentir, junto aos
homens, sem a luz da misericórdia.