quinta-feira, 22 de março de 2012

OS LIMITES DA PRÁTICA ESPÍRITA

A Doutrina Espírita foi obra realizada por um grupo de Espíritos superiores, denominados "Espírito de Verdade" e organizada por um dos seus membros encarnados, Hipollite Leon Rivail Denizard, que utilizava o pseudônimo "Allan Kardec". Por tudo que podemos ler e compreender em seus livros, vê-se que seu trabalho tinha uma origem muito elevada. O Espiritismo codificado nos traz princípios racionais nunca observados em outras doutrinas filosóficas e morais. É ele o Consolador Prometido por Jesus para ajudar na edificação do futuro da humanidade. Todos os homens que nele apoiarem suas vidas e tomarem suas normas como guia para a sua vida moral e desenvolvimento de suas faculdades psíquicas, muito terão a ganhar. Pode-se afirmar, sem sombra de dúvidas, que não existe orientação moral, filosófica e prática mais segura do que aquelas deixadas pelo Codificador.
Pergunta-se: Por que razão o Espiritismo vem sendo considerado como uma doutrina incapaz de solucionar certas dificuldades espirituais da problemática humana? Seus conhecimentos estariam ultrapassados? Não! Não há nada de errado com a Doutrina Espírita. O problema dessas dificuldades resume-se na falta de estudo e de preparo moral e intelectual adequados. Por razões diversas, algumas pessoas tornam-se dirigentes de centros espíritas sem possuírem condições doutrinárias para isso. O mesmo acontece com os dirigentes de sessões práticas, orientadores etc. Quando não possuem a suficiente humildade para aprender com o posto que assumiram, acabam por orientar as pessoas de maneira inadequada, dando origem a um grande número de núcleos improdutivos.
Toda essa situação seria minimizada se as casas espíritas criassem escolas de estudos doutrinários em suas dependências, selecionando os candidatos ao quadro de associados, evitando que pessoas problemáticas se transformassem em médiuns ou servidores na Seara do Bem. O Espiritismo seria praticado com mais seriedade. O grande mal ainda é o pouco interesse que os adeptos têm pelo estudo da Doutrina e das coisas em geral.
Por isso, é preciso que se faça um esforço para se modernizar as práticas espíritas e para fazer com que o Centro Espírita seja mais organizado em termos doutrinários e administrativos.
Pode parecer que exista um limite de ação na prática espírita para casos dessa natureza, uma vez que no meio espírita criou-se uma espécie de preconceito, originado pelo desconhecimento do problema. Ele existe e é como se não existisse. E se existe precisa ser solucionado. E se não for resolvido com a visão racional que a Doutrina nos dá, será como?

AUTOR: JOSÉ QUEID

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