quinta-feira, 5 de abril de 2012

 OLÁ AMIGOS!

Muitos de nós infelizmente ainda temos o hábito de adotar uma imensa expectativa pelas pessoas que estão nas lideranças de nossas Casas Espíritas.
Somos impelidos a meio que ver os dirigentes espíritas como "sacerdotes" ou algo parecido. Mais ainda quando somos neófitos no espiritismo e se viemos de outras vertentes religiosas.

A proposta desse tópico é um alerta para que deixemos de lado esse hábito de endeusar pessoas que estão na mesma condição que nós. São tão passíveis ao erro quanto nós.
Palestrantes, dirigentes, ou diretores de Casas Espíritas nada mais são que seres humanos normais no mesmo estágio evolutivo que qualquer assistido da mesma Casa. Dois passos à frente ou atrás, mas dentro da mesma situação de evolução.

O grande perigo que acontece quando endeusamos uma "liderança" é que se ela falhar em qualquer aspecto nossa fé é abalada. Por isso o espírita não deve ter fé. Deve ter convicção. Fé sem estudo se transforma em fanatismo e se um líder cai... Suas certezas escorrem por entre os dedos.

Um Centro Espírita tem é óbvio seus Mentores Espirituais que cuidam para que tudo corra da melhor maneira possível e fazem um trabalho incrível por nós. Os encarnados que tem a responsabilidade de "encabeçar" uma Casa Espírita tem também a oportunidade de alavancar seu progresso pessoal, já que o exemplo dele conta como peça importantíssima no desenvolvimento do seu trabalho essa pessoa que desenvolve qualquer tarefa num Centro passa a adotar o hábito de monitorar suas ações, palavras e por fim até mesmo seus pensamentos para não comprometer sua tarefa, mas isso não quer dizer que como criatura humana ainda muito imperfeita, não possa falhar.
Sejamos compreensivos e cuidadosos e lembremos sempre que o que deve estar à nossa liderança são nossos queridos mentores e a riquíssima e consoladora Doutrina Espírita.

Encerro contanto um caso (resumido) que talvez a grande maioria conheça.

Num Centro Espírita havia um senhor idoso que Roberto sempre observava presente em suas palestras. Aquele senhorzinho frágil e de idade avançada sentava na última fileira de cadeiras e sempre ouvia atentamente as palavras do palestrante. No entanto, Roberto nunca o vira se interessar por nenhuma atividade do Centro. O senhor só chegava se sentava no lugar habitual, discretamente tomava o passe e ia embora.

Após certo tempo, Roberto sentiu falta da presença discreta daquele senhor e ficou a imaginar o porquê da sua ausência.

Passados alguns anos, Roberto, o palestrante, desencarnou.
Ao chegar ao mundo espiritual percebeu que chegara em condições muito piores que imaginava que chegaria. Passou um tempo razoável pensando o porquê da demora no socorro de um homem como ele que sempre se pusera a serviço daquele Centro.

Quando menos esperava, Roberto percebe que chega o resgate. Dentre raios de luzes multicoloridas chega entre outras pessoas um senhor em vestes luminosas de puríssimo branco ao socorro de Roberto.
Ao olhar novamente, Roberto reconhece o seu benfeitor. Era aquele mesmo senhor que ficava na última fileira e então pergunta:
- Como veio parar aqui?

O senhor serenamente responde:
- Desencarnei anos antes do senhor e fiz questão em auxiliar no seu resgate.

Mas, Roberto então pensa:
 “- Por que será que este senhor está em condições tão melhores que eu trabalhador espírita de tantos anos...?”

E o senhor responde:
- Amigo, sou-lhe muito grato, pois só galguei tal benefício por ter colocado em prática tudo o que dizia em suas palestras.


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