quinta-feira, 28 de abril de 2011

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Francisco de Assis, um servo de Deus

Este Espírito passou por diferentes etapas da evolução terrena. Quatro personalidades: Patriarca Isaac, Profeta Daniel, Apóstolo João Evangelista e Santo: São Francisco de Assis. A foto retrata as suas últimas vidas: João Evangelista e Francisco de Assis. O tempo não diminuiu a força da mensagem deste quase “Cristo redivivo”. Nasceu em 1182 de uma família rica de Assis. Filho de Pietro Bernardone, comerciante de tecidos e Dona Pica. A sua juventude transcorria entre o estudo, o trabalho com o pai, e a “alegre companhia” dos amigos. Época de guerras: Francisco almejava ser um grande cavaleiro, alistou-se com seus companheiros. Suas batalhas duraram pouco, foi capturado e trancado nas prisões dos inimigos, onde uma voz falou à sua alma convidando-o a uma tomada de posição. Retornando ao lar demonstrava íntima mudança. Dois anos após, novo combate, alistou-se novamente. Partiu em direção a Roma e, em Spoleto, foi acometido por uma violenta febre e ouviu as palavras do Senhor: “desista”. De volta a Assis dá seus bens aos pobres. Início da Conversão: No verão de 1205 isolou-se de tudo e de todos, dedicando-se a oração e as passagens evangélicas. Volta-se aos pobres aliviando suas angústias. Invoca a Deus e ouve Sua voz: “Francisco, se você quer fazer a Minha Vontade, despreza todas as coisas que os seus sentidos gostam! Assim que começar a proceder, tudo aquilo que antes lhe parecia agradável, tornar-se-á amargo e insuportável; e tudo o que você detestava, transformar-se-á em prazer e numa grande doçura!” Certo dia encontrando um leproso,comovido pediu-lhe as mãos e beijou-as. Começava uma grande revolução. O homem velho dava lugar ao novo. Foi na igreja São Damião onde costumava rezar que Deus decidiu que Francisco era digno de ouvi-lo e do Crucifixo saiu uma voz: “Vai Francisco, conserte a minha casa que está caindo em ruínas.” Vendeu alguns tecidos e começou a restaurar a Igreja. Seu pai levou-o para junto do Bispo que diante do pai e do filho disse: “Se sua intenção é consagrar ao serviço de Deus, restitui a seu pai todo o dinheiro.” Em praça pública Francisco fica nu, deixa suas roupas, sandálias e diz: “Restituo-te tudo, de modo que não o chamarei mais de meu pai, porque o nosso único Pai está nos Céus.” A partir daí tornara-se um servo de Deus. Em fev/ 1209 ao ouvir o Evangelho, sentiu uma nova Ordem do Senhor: “...Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purifi cai os leprosos” (Mt 10:7-14). Colocou-se nas Mãos de Deus a fi m de que Ele inspirasse a sua conduta. Na igreja por três vezes abre a Bíblia e lê as seguintes frases: “... Se queres ser perfeito,vai,vende os teus bens e dá aos pobres... (Mt 19:21). Na segunda vez: “Quem quiser vir após mim renuncie a si mesmo... (Mt 16:24) e finalmente na terceira vez: “Não queiras levar para viagem coisa alguma” (Luc 9:3). Francisco foi a Roma com seus onze frades e o Papa Inocêncio III aprovou a sua Ordem Primeira (Frades Menores) em 1209. É nesta época que Clara se aproximou mais de Francisco convertendo-se, fundando a Ordem Segunda (Ordem das Pobres Damas). Francisco funda mais tarde a Ordem Terceira, aberta a todos que quisessem seguir a regra franciscana. Foi ele quem instituiu o Presépio. Nos Últimos anos de vida: Além da doença nos olhos que contraiu quando esteve no Egito tentando converter o Sultão, sofria de várias doenças. O Grande Milagre: Em 1224 o Monte Alverne foi o Calvário de Francisco que pediu a Jesus que antes de voltar à Pátria Espiritual sentisse as Suas chagas no próprio corpo. Teve a maior emoção espiritual na vida quando recebeu os estigmas. Clara e suas irmãs o tratam em São Damião; neste local dita o Cântico das Criaturas (texto com os ideais franciscanos). Pede para ser levado à Porciúncula, pois está prestes a deixar a esfera terrena e fala aos seus seguidores com alegria que desejava ainda tocar os filhos do coração, pois perdera a visão. Três de outubro de 1226 no hospital de Hansenianos, Francisco abençoa dois leprosos que são curados pelo seu toque. Seus lábios mancharam de sangue no encanto do amor e ele não quis que limpassem as marcas do seu convívio com os enfermos do coração. Visualizou Clara como se estivesse à beira do seu leito, falando-lhe do Amor. Mandou chamá-la, mas ela não pôde comparecer e ele foi perdendo a voz até emudecer. Foi cantando que entrou na eternidade e ao seu redor todas as aves dando-lhe o último adeus! Levaram-no à Porciúncula para as últimas homenagens. Na manhã seguinte, o cortejo foi levado a São Damião onde Clara e suas freiras viram pela última vez o seu pai espiritual. Subindo aos Céus diante do Mestre, dobra os joelhos de emoção! Jesus levanta-o com carinho e ele pede com humildade: - Mestre, se eu mereço a Tua benção, que ela seja dada aos companheiros que ficaram no mundo. Eles carecem da Tua ajuda agora e sempre. -Pergunta ao Mestre: - E Maria, Tua e nossa Mãe Santíssima? Francisco procurou buscá-la, mas não viu a quem tanto amava, recordou o momento do Calvário e apurando os ouvidos espirituais ouve o que foi registrado no Evangelho e que ele mesmo escrevera (Cap.19:26-27):“Vendo Jesus sua mãe, e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí a tua mãe”. Francisco chorou e amparado, Jesus lhe disse:- Meu filho!... Estamos te esperando para novos trabalhos. Cumpriste o teu dever porque viveste o Evangelho na sua mais alta função de humildade, de desprendimento e de Amor. Francisco espírito despede-se de Assis, e vê uma mulher chorando e orando: dentro do seu tórax batia um coração de luz! Era Clara! Viu nela a companheira de outras eras! Pegou suas mãos e beijou-as. Ela sentiu a sua presença espiritual e falou pelo pensamento: “Francisco! Queria ver-te antes de fechar os olhos na Terra, mas Deus não permitiu! Hei de ver-te, brevemente, com eles abertos na espiritualidade! O Amor que nos une sobreviverá em favor dos que sofrem eternidade afora.” Clara sentiu um vento acariciar seu rosto como se fossem as mãos de Francisco e agradeceu ao Senhor pelo prêmio da comunhão espiritual. Cerrou os olhos e viu Francisco acenando-lhe com as mãos em ascensão para o infinito! Francisco regressa à Pátria Espiritual a fim de assumir novos encargos, como Preposto Divino a operar em favor das criaturas. Dois anos após a sua morte, Francisco foi beatificado por Onório IX em 1228. São Francisco de Assis é para nós um ponto de referência de transformação e humildade!

Por Edson Lorenzini

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