quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Investimentos Prioritários no Centro Espírita

A experiência acumulada, no Brasil especialmente, com as atividades desempenhadas pelos Centros Espíritas, nesses 151 anos de Espiritismo no planeta, permitem-nos refletir sobre nossa própria atuação, como espíritas obviamente, seja na tribuna, na liderança, na coordenação ou atividade propriamente dita de qualquer área de atuação. Pensemos, pois, com visão macro, sobre nosso movimento espírita.
            Em linhas gerais o movimento reflete o entendimento que temos, coletivamente, sobre a proposta apresentada pela Doutrina Espírita. Ele é muito positiva, pois através das décadas de história, construímos instituições, iniciamos e mantivemos atividades, despertamos dedicação, criamos mecanismos notáveis de divulgação e envolvimento com a causa, preocupamo-nos com a própria renovação individual, procuramos estudar, esforçamo-nos para agir com coerência e, claro, não há como negar, constituímos hoje expressivo movimento nacional que estende suas raízes e benefícios também para o exterior.
            Claro que há dificuldades. Somos criaturas humanas em aprendizado, o que torna as questões todas sempre mescladas com imperfeições, limitações e dificuldades próprias de nossa condição.
            Porém, reconheçamos, o movimento espírita nacional trabalha bastante, produz benefícios em toda parte. A inspiração do Espiritismo fincou raízes em todos os lugares, com bênçãos conhecidas, que nem é preciso relatar ou comentar. Basta observar o  quanto produzem as instituições orientadas pela Doutrina Espírita. Que o digam aqueles que mantêm contatos com as sociedades espíritas em todo país, como expositores, editoras, distribuidoras e órgãos que se ocupam de orientar, sugerir e estimular o movimento através de várias iniciativas doutrinárias, culturais, dentre outras. Estamos falando de nós, os espíritas, mas isto não exclui o esforço e trabalho de outras igualmente abençoadas denominações religiosas.
            Divulgação, obras de assistência (de variadas especificações), socorro e educação estão espalhados pelo território nacional, a olhos vistos.
            Há porém, uma prioridade para os investimentos do Centro Espírita. Que não exigem assim tanto recurso financeiro, mas deve merecer especial atenção dos dirigentes. Inclusive, referida prioridade é merecedora de um orçamento mensal ou anual, destinando recursos para essa finalidade: divulgação e atividades voltadas para o ensino espírita à criança e ao jovem. O estudo espírita igualmente é prioritário, mas essa área já conta com estrutura adequada, através de cursos, grupos e literatura disponível. Porém, criança, jovem e divulgação nem sempre são valorizados...
            Quando falamos em divulgação, trata-se de destinar recursos para viabilizar palestras de qualidade (despesas com viagens de expositores, hospedagem, folhetos, equipamentos quando necessários, etc), entre eventos, encontros e iniciativas que favoreçam a divulgação, incluindo a vasta e crescente literatura.
            Quanto à transmissão da educação espírita da criança e do jovem, esta talvez seja a prioridade absoluta de uma instituição. Preparar monitores, custear participação em eventos, disponibilizar locais, equipamentos e materiais adequados, programação e fidelidade à Codificação e ao Evangelho de Jesus, eis a prioridade máxima.
            E isso, embora possa não parecer, exige também um investimento. Que deve merecer nossa máxima atenção. Até usando um orçamento específico.
            Não há dúvida que o socorro material prestado pelas instituições é importantíssimo, todavia, não supera em importância a prioridade da educação espírita para jovens e crianças. Algo para pensar, não é mesmo? Afinal, trata-se de semear o amor e a lucidez nos corações. Que formarão homens de bem!

Orson Peter Carrara- Matão-SP

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