quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

OPINIÃO - POR TÚLIO RAGOZO

O Espiritismo

Em síntese o Espiritismo vem à humanidade para lançar luz às trevas da ignorância, levantando o véu do misticismo e trazendo à tona os esquecidos princípios do Cristianismo.
Allan Kardec, o sábio codificador da Doutrina Espírita, doutrina essa que se tornou extremamente relevante para o progresso da humanidade, uma vez que revela ao homem, sua realidade como Espírito Imortal, que revestido de diversos caracteres na soma das sucessivas existências, é hoje o responsável por suas venturas e desventuras, imputando a si mesmo a sua felicidade.
Esclarece que Deus é a Suprema inteligência e causa primeira de tudo o que existe, atribuindo ao Criador-incriado, bondade e justiça infinitas, onipotência, onipresença, eternidade, unicidade e imaterialidade, como predicados que sem os quais não seria Deus, mas um Espírito fadado a Lei de progresso e aperfeiçoamento, a que todos os Espíritos estão obrigados.
Opõe-se o Espiritismo de forma racional ao materialismo, uma vez que Allan Kardec preceitua que a fé, quando inabalável, deve racionalmente enfrentar qualquer argumento, em qualquer época da humanidade, de forma a explicar os fatos de acordo com as Leis da Natureza, assim compreendendo tudo que ocorre no Universo na medida do conhecimento atual da humanidade.
Estabelece o Espiritismo, que como a matéria está sujeita às Leis da Física, Química, Biologia, que a regem, os Espíritos estão sujeitos às Leis Morais, traduzidas no Evangelho de Jesus, e sua violação implica sofrimento no que chama de Lei de Causa e Efeito.
Pugna pelo aperfeiçoamento do homem tanto na seara intelectual, como na vinha da moral, uma vez que o aperfeiçoamento intelectual deve ser balizado pela moralidade universal, que é a Lei de Deus, a qual nos foi traduzida por Jesus de Nazaré, notadamente na sinfonia inigualável das bem-aventuranças.
Demonstra o intercâmbio entre os Espíritos encarnados e desencarnados, ou entre vivos e mortos na linguagem vulgar, asseverando a Imortalidade da alma, respaldada nos relatos daqueles que conosco outrora conviveram e hoje habitam o plano espiritual, que se confunde com o plano material, não sendo um local místico destinado a um descanso ou sofrimento eternos, mas sim um local de trabalho e aperfeiçoamento contínuo na senda do progresso, rumo a perfectibilidade.
Por fim, estabelece que a caridade seja a pedra de salvação, uma vez que amar ao próximo, e fazer por ele aquilo que gostaria que a si mesmo fizesse, institui a fraternidade universal, que é fundada na Lei de Amor.
Túlio Ragozo
(Esse texto foi publicado no Jornal o Carisma sobre o Espiritismo).

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