quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

VIOLÊNCIA


Como explicar tanta violência nos dias de hoje? Terá um dia fim?

A violência reinante na Terra é sinal de que o instinto ainda prepondera. No princípio, quando o homem era o troglodita das cavernas, equiparado aos animais dos nossos tempos, necessitava ele de mecanismos naturais que evitassem a destruição de sua espécie. Sem a razão que compreende e nem o sentimento que enobrece, só tinha força bruta para repelir o ataque dos inimigos e proteger-se das intempéries. Forçado pela natureza a buscar mais conforto e segurança, desenvolveu a inteligência e amadureceu o sentimento, mas não o suficiente para dominar o instinto. Este, se importante no início da evolução da espécie humana, hoje se mostra perigoso aliado do orgulho, do egoísmo e da vaidade.
O valor que o indivíduo dá a si mesmo e às suas necessidades é inversamente proporcional à importância que ele dá ao seu próximo. Quanto mais gosta de si, menos vale o semelhante; quanto mais apego aos bens materiais, pouco importa se os consiga em detrimento do patrimônio alheio. E quando se sente ferido em seu orgulho ou vê ameaçados os seus interesses, reage destruindo aquele ou aquilo que lhe é obstáculo, sem medir consequências. O instinto é perfeito, vai até o limite do necessário. Contrariamente, porém, o orgulho e o egoísmo são insaciáveis, sempre querem mais; são míopes, porque dão ouvidos somente aos apelos interiores.
Parece que o homem atual é mais violento do que o de ontem, mas na verdade, precisamos considerar que a população cresceu de forma geométrica e que hoje somos quase 6 bilhões de pessoas ocupando o mesmo espaço, então é natural que a violência também tenha aumentado, e ao ser divulgada pela mídia sensacionalista dá-nos a impressão de que domina. E Deus permite que isso esteja acontecendo porque vivemos os chamados tempos finais, em que os espíritos estão tendo uma última oportunidade de se adaptarem ao nosso planeta, que passa por uma transição e tornar-se-á neste milênio a morada de espíritos em melhores condições morais. É a separação do joio e do trigo. O exame final já está em andamento. Recordemos as palavras de Jesus quando afirmou: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra” (Mateus, 5:5).
Certamente que a violência terá um fim, mas este virá mais depressa se cada um de nós começarmos logo a cultivar a mansuetude, a fraternidade e o respeito ao próximo; se rechaçar as ofensas com o silêncio e o perdão; se renunciar um pouco, para que seja possível a paz. Isso não significa, é claro, que estejamos impedidos do diálogo esclarecedor e nem de nos valermos da autodefesa, porque também é nosso dever impedir o crescimento do mal, ao mesmo tempo em que devemos buscar a recuperação do criminoso. Nem tampouco implica na exclusão dos sistemas penais de contenção da criminalidade, ainda necessários à manutenção da ordem.
E quando na Terra estiverem vivendo apenas os mansos, o homem não mais buscará o paraíso, pois terá descoberto que o paraíso de felicidade mora dentro de si mesmo. @ Donizete Pinheiro

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