segunda-feira, 3 de dezembro de 2012


LEMBRETE FRATERNO


Agora em outubro, comemoramos o 208º aniversário de nascimento de Allan Kardec. Para nós, espíritas, a dimensão deste homem já é bastante conhecida, muito embora, somente no futuro é que se poderá perceber a sua verdadeira  grandeza.
A predestinação deste Espírito, plasmado para cumprir a promessa do Cristo em revelar um Consolador para a humanidade, com o claro objetivo de recuperar os padrões primeiros do Cristianismo, quando a palavra luminosa de Jesus estabeleceu a Regra Áurea do relacionamento entre os homens.
Que responsabilidade Kardec assumiu! Somente sua interação secular com a terra gaulesa poderia dar a ele a compreensão do Espírito de França e cercar-se de um grupo seleto e comprometido com a restauração cristã.
Ele sabia que todos os riscos estariam presentes, mas sabia também que eminentes cientistas de sua época estariam nas trincheiras do seu bom combate.
Até na companheira de sua vida, Amélie Boudet, Kardec foi privilegiado porque nela encontrou as condições de paz e serenidade, para montar a estrutura da Codificação Espírita.
Ainda nascente, o Espiritismo já foi alvo das mais pesadas críticas, da mais perversa intolerância e isso, por parte dos descendentes morais dos cristãos perseguidos, dos algozes do Cristo, que pediu ao Pai que os perdoasse.
A tradição cristã é rica no histórico dos mártires que pagaram com a vida, a prática de uma fé renovadora e sublime, superando seus próprios receios e abraçando, sem temor, a causa da felicidade.
A simples leitura da Revista Espírita mostra, com riqueza de detalhes, a força dos argumentos do Codificador para desfazer as críticas, afastar as intrigas, num incessante trabalho de esclarecimentos, estudos e quebra de um paradigma estratificado na imperfeição humana.
Pode-se imaginar o que Kardec passou na cética Paris, quando anunciou o Espiritismo. Teve que lidar com os mesmos algozes que empalavam os cristãos, que decapitaram Paulo, que queimaram Joanna D’Arc e Jan Huss, os mesmos e tristes recalcitrantes que destruíram, saquearam, ensanguentaram o mundo, em nome de Deus, durante as trevas medievais da inquisição ou na insana peregrinação das cruzadas.
Consolar, essa foi a missão que ele recebeu.
Dizer aos homens que nada está perdido, que tudo se reconstrói através da regeneradora engenharia da reencarnação e que somos perfectíveis, que podemos, sim, construir a paz e o amor, com nosso esforço e nossa luta.
Sim, sempre é tempo de lembrarmos Kardec e segui-lo nesta moderna e promissora     imitação do Cristo, a doutrina Espírita.
Pense nisso!
―Sua vontade é soberana.
Sua intimidade é um santuário do qual só você possui a chave.
Preservá-la das investiduras das sombras e abri-la para que o sol possa iluminá-la só depende de você. ‖
Fonte: Momento Espírita, Vol. 4, p.89

Nenhum comentário:

Postar um comentário