QUÃO
GRANDES TREVAS SERÃO
“Quisera
eu ter tido a oportunidade de saber das verdades que hoje sei, quando na carne
estive. Irmãos espíritas, vós sois afortunados, pois fostes presenteados com o
maior dos tesouros que o Espírito imortal pode pretender, que é a chave do
conhecimento sobre as coisas celestiais. O saber a razão da vida faz toda a
diferença entre viver e morrer, segundo o Apóstolo dos gentios.
Quando
na vida terrena estive, em minha última experiência, vivi de forma recatada,
porém meus atos de pureza eram apenas exteriores. Tinha vida religiosa e
dediquei-me com afinco aos trabalhos do meu núcleo, que cuidava de pessoas
idosas e de drogados. Cumpria minhas obrigações uma vez por semana, levando
mantimentos, agasalhos e também as visitas para cada uma daquelas pessoas, quando
se pretendia amparar através do suposto sentimento de amor ao próximo.
Porém,
meus caros irmãos, por quantas vezes me irritei com aquela miséria. Sentia
náuseas com o cheiro desagradável dos alojamentos e não me compadecia do rosto
macilento e desesperançado dos assistidos. Muitas vezes escondi-me dos que me
procuravam para pedir coisas e, embora soubesse ser errada essa atitude, não
sentia arrependimento. À noite, em minhas longas preces, debulhando cada conta
do velho terço, eu pedia perdão a Deus por meus erros e achava assim que tudo
ficava bem.
Certa
vez, em minha casa apareceu uma jovem mulher com dois filhos pequenos a
solicitar qualquer tipo de auxílio. Imediatamente fiz meu julgamento e
coloquei-a na condição de mendiga profissional. Além de não ajuda-la,
humilhei-a com minhas duras palavras, sem perceber que mesmo que fosse
verdadeiro o meu julgamento, a própria condição de miséria já era humilhante
para aquela pobre mulher.
E assim
vivi. Sem fazer nada de especial, amando apenas os que me amavam. Nada sabia
sobre a lei de causa e efeito e muito menos sobre a reencarnação. Entretanto,
considerava-me conhecedora do Evangelho, pois recitava seus ensinos uma vez por
semana nas missas dominicais.
Adentrei
ao mundo espiritual em grande sofrimento. Vitima de fulminante infarto,
retornei à pátria verdadeira sem qualquer bagagem, pois as que havia acumulado
não faziam parte dos bens eternos. Sofri amargamente o meu erro. Vi-me
humilhando os outros, deixando de fazer muito bem, apenas pela pretensão de
achar que estava salva por professar uma religião e cumprir com o que
considerava minhas obrigações de cristã.
Caros
amigos. Ser cristão é algo muito mais sublime do que podeis supor. É viver uma
prática superior de vida sustentada na doutrina de Jesus, coisa que a grande
maioria dos encarnados desse planeta não consegue alcançar. Vós todos que sois
espíritas, não jogueis fora a santa oportunidade de redenção para vossas almas.
Procurai viver em harmonia com o que aprendeis nos livros revelados, grandes
fontes de sabedoria, e vereis que ao final de vossas jornadas, vossas
consciências estarão mais iluminadas e todo o vosso corpo será luz. Porém,
irmãos, como diz o Mestre, se tal não acontecer todo o vosso corpo será trevas.
E quão grandes trevas serão. Paz a todos!”. – Um Espírito arrependido.
Mensagem mediúnica
Classificação: Espíritos familiares
Data:
12.06.01
Espírito: Um Espírito
arrependido
SEEAK
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