Aula 1 - 19/03/2004
Noções atualizadas sobre a Glândula Pineal
Professor Doutor Sérgio Felipe de Oliveira
Tópico 4 » Biofísica / Bioenergia - Parte 1
Qual a relação das bioenergias com a questão da ligação do
Espírito ao Corpo?
As instâncias da mediunidade, da saída fora do corpo, das
bioenergias do passe, das radiações sutis, e como isso interfere no processo
patológico, nas diversas doenças e nos sistemas.
Exemplo de má formação orgânica, que pode representar nesse caso
uma desestruturação reflexa do espírito. Na verdade uma instância como essa
poderia estar por conta de um processo psicossomático congênito.
Para entender uma má formação com um processo psicossomático, é
necessário admitir que o psiquismo existe no feto, de tal sorte que ele pode
estar interagindo com o sistema orgânico.
A bem da verdade, essa má formação, no caso a encefalosérie, má
formação cerebral, na interpretação que estamos dando, é reflexo
psicossomático. Para que possamos admitir reflexos psicossomáticos no feto, é
preciso admitir o psiquismo fetal.
Psiquismo fetal é uma condição admitida hoje mesmo na ortodoxia
científica.
Os fatores que determinam a organização do corpo, no que diz
respeito à estrutura biológica, são questões que antecedem ao próprio feto.
Quer dizer, é feto quando o corpo tem uma constituição sistemática - membros,
cabeça, tronco, órgãos. Antes dessa estrutura estar formada, era um embrião
laminar, bilaminar ou trilaminar. Antes de tornar-se feto é que essa estrutura
se formou. Os genes que vão determinar a formação desses órgãos é que vão se dar
por conta dos genes maternais, que estão no ócito de segunda ordem; logo
depois, os genes segmentares, nas primeiras horas depois da fecundação e, após,
os genes homeóticos, dias depois da fecundação.
Os grandes fatores determinantes da construção da forma são
definidos nos primeiros dias após a fecundação.
A terminologia no sentido fetal seria errada nesse caso. Seria
necessário estudar o psiquismo pré-natal, incluindo - se essa fase embrionária
laminar, bilaminar ou trilaminar, onde o embrião ainda não tem forma
específica, roliça, que caracteriza a forma humana. Ele é ainda uma estrutura
laminar como se fossem folhas, umas sobre as outras.
Quando se fala em psiquismo pré-natal consegue-se ampliar o
conceito. Nós, dentro da visão dualista (espírito-matéria), vamos admitir,
inclusive, um psiquismo pré-conceptual.
» Psiquismo fetal - o feto é um ser que já passou pela
organogênese.
» Psiquismo pré-natal - ovo + embrião + bilaminar + organogênese
+ fetal.
» Psiquismo pré-conceptual - anterior à célula ovo.
(É um elemento da hipótese dualista espírito-matéria).
A partir da idéia da existência de um psiquismo pré-conceptual é
que advém a possibilidade de vidas passadas, dando-se somente pela
possibilidade da célula ovo grafar ou expressar elementos das vidas anteriores.
Nessa hipótese de existência do psiquismo pré-conceptual é que vai ocorrer a
projeção de um elemento psicossomático congênito.
Para que haja um efeito psicossomático que cause uma má
formação, conclui-se que houve um conflito. Esse conflito é que determina a
projeção no corpo da alteração orgânica. Assim, se temos um conflito e uma
angústia, podemos manifestar esses sentimentos através de uma dor de estômago.
Essa alteração orgânica está no contexto da angústia que se viveu. Já a ansiedade
pode manifestar sintomas parassimpáticos e se pode ter sudorese fria nas mãos
ou nos pés.
Da mesma maneira, a taquicardia ou arritmia, são reflexos de
conflitos do espírito que se projetam no corpo.
Quando se fala de uma alteração orgânica, há que se admitir a
existência de um conflito.
Dentro dessa linha de pensamento - admitindo-se um psiquismo
pré-natal - tem-se que o psiquismo desestruturado projetando -se sobre o
arranjo genético que determina a forma, vai ser representado por uma forma
desestruturada.
A pergunta é a seguinte: Que conflito viveu o ser, da fase ovo
até a fase fetal?
Quando o indivíduo tem uma úlcera sangrante, ou um infarto, o
conflito é intenso. Não se têm problemas como estes sem grandes conflitos.
Alterações graves como a encefalosérie, presumem conflitos
imensos, determinantes na vida da pessoa.
Como pode essa estrutura psíquica ter conflitos da fase da
célula ovo até a fase fetal, conflitos esses, em uma dimensão que provoque
alterações como essas?
Se você trabalha com a ortodoxia da ciência, você vai estar
falando de psiquismo fetal, porque hoje a ciência fala em psiquismo fetal, mas
fala de um psiquismo pré-natal.
Se você admite esse psiquismo, qual é o conflito que determina
uma instância dessa?
É nesse contexto, no aparecimento desses casos de gravidade
extrema, que fica muito mais lógico você raciocinar com a possibilidade de um
psiquismo pré-conceptual anterior a célula ovo. Igualmente, é nesse momento que
surge a idéia de espírito, como sendo o elemento que configura o que é o
psiquismo pré-conceptual.
O psiquismo pré-conceptual é o psiquismo anterior a célula ovo,
é um psiquismo sem corpo biológico.
Como você vai chamar um psiquismo sem corpo biológico?
Aqui nós estamos chamando de espírito.
Se existe um psiquismo pré-conceptual, esse psiquismo está
animando, existindo, conflituando. Ele está tendo uma história.
O que dizer da história desse espírito, desse psiquismo
pré-conceptual?
Deve ser uma história altamente conflituosa para provocar uma
alteração orgânica daquela dimensão (encefalosérie).
Começamos a adentrar o terreno de uma vida anterior à concepção.
Abrindo possibilidades para a existência de vidas passadas. Estamos falando de
uma encarnação, que abre possibilidades para existência de vidas sucessivas, de
vidas passadas, reencarnação.
Essa é a lógica dentro da psicologia consciência, para você
começar a trabalhar idéias da questão do espírito e suas relações com o corpo.
A psicologia já admite o psiquismo fetal e aquela alteração
revela um psiquismo muito conflituoso. Mas um psiquismo de intenso conflito sem
uma história de vida é muito esquisito. Então, admite-se a hipótese de um
psiquismo pré-conceptual.
Esse psiquismo pré-conceptual naturalmente é destituído de
corpo, então é o espírito.Assim, já se começa a admitir dentro do raciocínio
psicológico a existência do espírito. Por lógica dedutiva, se pode falar para o
CRP. Não tem jeito. Eles têm que aceitar.
O óvulo escolhe o espermatozóide baseado na química. É ela que
demonstra que o óvulo fabrica elementos que são colocados na sua membrana e que
tem uma quimiotaxia seletiva para o espermatozóide. Quando se coloca o
psiquismo para essa célula ovo, e que o óvulo atrai seletivamente o
espermatozóide, então o ser já está predeterminado ali. O espírito já deve
estar projetado sobre o óvulo naquela fase. São as proteínas de membrana que o
óvulo vai produzir e que vai selecionar o espermatozóide que irá fecundá-lo,
determinando a forma do corpo característico daquele espírito reencarnante.
Nesse raciocínio, o espírito terá que informar o tipo de
proteína de membrana que irá se projetar no óvulo, para que seja escolhido o
espermatozóide compatível com as suas necessidades de reencarne.
Dentro da psicologia você raciocina isto com clareza. O mesmo
raciocínio é possível à pessoa mais ortodoxa do CRP (ainda que está pessoa
apresente qualquer indisposição ou obstáculo), haja vista que a lógica é
cristalina.
Existe um psiquismo materno. Será que os conflitos da mãe não
entram como elementos coadjuvantes importantes?
Vamos entrar no contexto da ética. Essa possibilidade é
factível, pois são dois seres acumpliciados na mesma história. Crianças já
constituídas, sendo mal tratadas pelos pais, chegando até ao infanticídio
proposital. O pai ou a mãe determinando uma formação em um outro contexto,
evitando a vida de seu filho.
Essa cumplicidade e essa interferência podem existir. Há que se
analisar caso a caso.
O nosso trabalho junto a pacientes de má formação genética, se
desenvolve no sentido de tentar amenizar a culpa inerente dos pais, quanto à má
formação de seus filhos. Esse tipo de raciocínio psicológico é altamente
consolador para os pais que contribuem com uma boa relação com os filhos. Já
que, amenizando a instância de culpa dos pais, a relação com o filho mal
formado vai ser menos traumática.
Nos serviços de aconselhamento genético, nós buscamos amenizar
essa culpa dos pais dizendo: “Olha, o seu filho porta uma alteração cromossômica
que veio das células do pai ou da mãe, todavia, à revelia da consciência deles.
"Não foi um desejo implícito e, assim, não há necessidade de carregar
culpas dessa instância".
É possível que exista uma influência determinante da má
formação?
Se existir, é estruturada pelo inconsciente, à revelia da
consciência da mãe. Ao articular-se dessa forma, a problemática de
culpabilidade existente é amenizada. Esse sentimento é muito comum quando a mãe
chega com a criança mal formada no serviço médico. É muito comum o casal se
desestruturar frente a uma má formação congênita, pois um culpa o outro: Ele é
assim por sua culpa, os cromossomos são seus.
Num aspecto geral, ninguém passa por uma prova dessas sem que
tivesse buscado aquela experiência. E se houve uma interferência externa, é
porque antes dessa interferência houve uma abertura para tal. Fica mais fácil
raciocinar assim para, depois, possibilitar uma atuação.
Esse é um raciocínio freudiano. O inconsciente, que é o eu
verdadeiro, busca as circunstâncias pelas quais nós vivemos. Nada acontece a
nós, à nossa revelia absoluta. Pode acontecer à revelia da consciência, mas à
revelia do inconsciente, do eu verdadeiro, do eu profundo, não acontece. Tudo o
que nos acontece nós buscamos como seres inconscientes que somos. A nossa
consciência é muito pequena frente tudo o que determina o nosso eu verdadeiro.
É um raciocínio freudiano também.
Esses elementos embutidos no inconsciente, na nossa hipótese de
trabalho, antecedem à concepção.
Veja como você compatibiliza o raciocínio das ciências
psicanalíticas com a idéia de espírito. É perfeitamente compatível.
Quando Freud trabalhou, há 50, 70 anos atrás, não pensava como
estaria pensando hoje. Certamente, com a inteligência inerente à sua
genialidade, ele teria progredido no seu raciocínio.
Hoje nós temos psicanalistas da Sociedade Brasileira de
Psicanálise, que fundaram a Associação Brasileira para o Psiquismo Pré e
Perinatal. Eles utilizam o conceito do psiquismo pré-natal. A Dra. Joana
Whelhem, que é a presidente desta Associação, é psicanalista ortodoxa da
Sociedade Brasileira de Psicanálise e está fazendo convênio com o nosso grupo
que estuda o psiquismo fetal no Centro Espírita da AME. Ela afirma que a sua
religião é a psicanálise.
Justo, mas há coisas além que podemos estudar, sem abdicar da
nossa postura na ortodoxia. Há dentro da psicologia a possibilidade dessa
admissão. Existe essa hipótese.
Nesse contexto nós vamos abordar outros elementos:
Nós vamos passar a entender a pessoa como sendo o delta t zero,
o momento do nascimento, o t infinito positivo, que é o momento presente; só
que estamos admitindo uma história pregressa, o infinito negativo, que antecede
o tempo zero, colocado no momento da concepção, na ontogênese do ser.
Essa história de vida da pessoa vai embasar todo um contexto
biológico, sócio psíquico e espiritual.
Nós estamos aqui, paradoxalmente, tomando espiritualismo
histórico. A história do indivíduo que dá base para os elementos que vão
determinar a sua biologia, o seu estado psicossocial e o seu estado espiritual.
Essa história na interação com seus potenciais internos, com seu
ego.
Estaríamos aí trabalhando o espiritualismo histórico e não o
materialismo histórico. Seria um Carl Marx espiritualista, já que ele disse:
“Nenhuma filosofia é válida se não puder ser colocada em prática”. Se ele fosse
repensar, aí reconstruiria o espiritualismo histórico. Quer dizer, a história
do indivíduo e as suas atitudes. A história que a gente conta. O rumo de tudo
na nossa vida é que vai determinar as estruturas biológicas, sócio psíquicas e
espirituais.
Esse tipo de raciocínio é muito interessante e coaduna com o
pensamento do Cristo, porque ele era um judeu ortodoxo, um rabino,e um
estudioso dos talmudes. Os talmudes tinham os registros não só da cultura
judaica. Havia muita interferência da cultura hindu, como é o cabala judaico,
por exemplo.
Então, Cristo conhecia profundamente os talmudes a ponto de
saber localizar nos talmudes judaicos, os elementos arquetípicos universais do
psiquismo humano.
Por exemplo: Fora da caridade não há salvação.
É um elemento arquetípico, base da estrutura da sociedade
ocidental. Esse lema interfere nas leis que regem o ocidente, inclusive o
oriente e você encontra a própria noção de liberdade, igualdade e fraternidade,
da Revolução Francesa que é a base da formação ocidental. São, portanto,
elementos ligados ao que está embutido dentro da terminologia caridade.
“Fora da caridade não há salvação”; essa estrutura arquetípica
envolve uma atuação. Não está sendo colocado aqui, atuação dentro da Teoria
Psicanalítica Clássica, como um movimento impensado.
Atuação como o estado de comportamento do indivíduo que vai formar
a sua história, dentro da fenomenologia da percepção de Merleau Ponty, em que
ele trabalha essa questão de visão de mundo, a determinação da história do ser.
Quando você pega uma expressão arquetípica como essa: “Fora da
caridade não há salvação”, na verdade, ele está colocando que a salvação do
indivíduo se dá por conta não do que ele pensa, mas do que ele faz, porque
caridade é um termo diretamente ligado à doação, então é esse elemento que vai
determinar a história.
Na dependência do ser direcionar a atuação, convulsionando com o
lema francês: liberdade, igualdade e fraternidade, que é a configuração mais
nuclear da caridade e que o ocidente retoma na revolução francesa. Se ele
direcionar isso, de maneira francesa, ele vai estar construindo uma história de
salvação.
Quando dizemos história de salvação estamos colocando aí, uma
história em que os elementos de relação, corpo, espírito e psiquismo por vida
biológica, vida presente e ambiência, vida de relações, vão ser elementos
calcados em harmonia biológica, socio psíquica e espiritual.
Quando falamos em atuação estamos trabalhando com o elemento que
vamos chamar de volição.
Volição = Vontade + Atuação
Você monta a sua história.
Quando discriminamos um elemento vontade nós estamos falando
aqui de uma estrutura anímica.
» Estrutura anímica - elemento inerente ao SER,
Força Interna
Espírito.
Para falar de bioenergias, fizemos esse preâmbulo porque falamos
de mobilização de forças e a força nuclear do indivíduo, ambos relacionados ao
mecanismo de volição, que é a vontade + atuação.
Essa força - vontade é uma força interna do ser, intrínseca do
espírito - vai ser o elemento determinante e direcionador de toda forma de
bioenergia. Está claro o por que dessa introdução?
É uma força anímica. Anímico é o que vem do próprio ser.
Quando falamos de atuação já estamos falando de relação com o
meio ambiente. Relação com o outro. Quando nos colocamos em relação ao outro
isso é mediúnico.
Elementos que brotam do próprio ser anímico.
Quando esses elementos se colocam na relação com o outro
mediúnico, tudo que é interação com o outro. Existe soma com o elemento
anímico. Por exemplo: varrer a casa é uma atuação. Pode até ser que não exista
vontade, mas você está tendo uma atuação de má vontade. Você está sendo o
médium da limpeza.
Quando você fala limpeza, limpeza é um retrato mental. A sua
casa é reflexo da sua mente, ela é um retrato. Você somatiza na sua casa. Você
não somatiza só no seu corpo, você somatiza em tudo que te cerca. Você somatiza
o seu carro, sua casa, sua roupa, seu ambiente de trabalho, eles serão retrato
da sua forma de ser, na medida em que você interage com esses ambientes.
A casa então, nem se fala. Quando você promove uma limpeza do
ponto de vista de interpretação psicossomática, o que significa? Você está
mexendo com o elemento limpeza, com a arquetipia limpeza. O que acontece?
Muitas vezes uma pessoa na expectativa de organizar sua cabeça, organiza a
casa. Na expectativa de manter a mente estruturada, pode se tornar até
obsessivamente organizada. Como se mantivéssemos controle sobre os objetos,
isso seria magicamente o significado de manter controle sobre a nossa mente,
sobre os nossos pensamentos.
O elemento ambiental é também foco de somatização, não é só o
corpo. Não é só o corpo que é elemento de comando nosso, mas tudo aquilo que
envolve o corpo.
A ambiência da natureza, sua casa, os objetos, são elementos
ligados à esfera psicossomática. Isso é muito claro na criança, como ela lida
com os brinquedos dela, o que ela faz com o brinquedo dela, é muito retrato do
seu estado psicológico e, tanto é assim, que nós encontraremos nas metodologias
psicológicas a utilização do elemento lúdico, tanto na exploração diagnóstica
como na terapêutica.
Qual a diferença entre o elemento lúdico de uma criança na lide
com o seu brinquedo e a nossa esfera lúdica na lide com os objetos de nossas
relações?
O elemento atuação envolve o contato com esferas arquetípicas.
Então quando citamos o exemplo de varrer a casa você, por exemplo, estará sendo
médium da limpeza.
O que é médium da limpeza?
Limpeza é todo um significado. É expectativa de organização
mental, é expectativa de limpeza interna.
Por exemplo um quadro de DOC (doença obsessiva compulsiva). Um
indivíduo tem obsessão e compulsão por um determinado tipo de comportamento e é
muito comum esse comportamento envolver o ato de lavar as mãos. Lava-se as mãos
50, 60, 100 vezes por dia. A pessoa passa o dia lavando as mãos. Você fala para
o indivíduo: “ A sua mão está limpa” . Ela diz: “Não. A minha mão está suja,
ainda tem uma bactéria, tem uma sujeira”.
São doenças de extrema dificuldade de tratamento na Psiquiatria
Contemporânea.
São doenças quase que inabordáveis pela medicina, muito difíceis
de tratar.
Eu conheci um médico no Hospital das Clínicas, que tinha DOC
manifestada da seguinte forma: Ele sempre achava que embaixo das coisas havia
um cadáver. Ele não conseguia mais viver; precisava parar o carro para olhar
por baixo dele, tinha que levantar a cama para olhar por baixo. Seu sofrimento
era tão intenso que foi optado por uma psico cirurgia, havendo a inutilização
de algumas funções psíquicas e ele não mais pôde exercer a profissão. Mas foi
ele que optou por isso diante do sofrimento.
A DOC envolve esses estados psicológicos extremamente graves,
como o lavar as mãos, onde a pessoa está projetando a necessidade de uma
limpeza interna, no ato da limpeza.
Quando falamos da mediunidade da limpeza, é a arquetipia que
envolve toda necessidade da pessoa estar se limpando de culpas. Que culpas?
Culpas da história de vida, da volição, da atuação, da soma de vontade +
atuação, da história de vida pré ou pós conceptual, e aquilo está se projetando
na realidade da pessoa.
Quando criamos uma esfera mental - e aí entraremos em um dos
elementos das bioenergias - extroverte-se uma energia característica do seu
foco de pensamento, que são as IDEOPLASTIAS.
Ideo - idéia, objeto do pensamento.
Plastia - quando essa idéia se conforma, assume uma forma.
Para o pensamento assumir uma forma, para se configurar num
fulcro energético, há necessidade dele sensibilizar a matéria sutil. O que é a
matéria sutil? É aquela matéria que a ciência hoje ainda não tem como medir.
Nossos sensórios não permitem que essas energias alcancem nossa percepção.
As ideoplastias na verdade são retratos do pensamento ou formas
de pensamento da matéria sutil.
A ideoplastia é muito utilizada por nós nos momentos mais
banais, como por exemplo, na fé que você faz na loteria, a torcida em qualquer
jogo, o desejo de alguém se a pessoa não puder ser sua, pelo menos a figura
dela acaba sendo sua, você sonha com a pessoa e faz o que quiser com ela.
Também é válido no sentido negativo, onde você consegue prejudicar a pessoa, se
ela der abertura para isso.
A psicologia admite essa força ideoplástica, mas coloca como
elemento do imaginário. Nós estamos colocando no sentido de que a ideoplastia
não seja um elemento do imaginário, mas que o imaginário se projeta na
realidade material assumindo forma pensamento. Essa é a hipótese com a qual
estamos trabalhando.
Essa figura ideoplástica tem uma freqüência de vibração. A
freqüência de vibração vai determinar comprimentos de ondas, amplitudes, como
as ondas de rádio, que sintonizam conforme a freqüência do rádio com a torre
transmissora. É essa sintonia que permite a canalização de uma informação.
Voltando a questão, quando criamos uma forma de pensamento, ela
tem uma determinada freqüência e imediatamente nos associaremos a todos os
elementos frequênciais que estão na mesma sintonia que a ideoplastia criada. É
aí que começa haver a interferência de pensamentos.
Muitas vezes você fala para outra pessoa: “ Nossa! nós dois
estamos na mesma sintonia”. Só que essa sintonia não vai ocorrer somente com a
esfera encarnada, biológica, dentro da hipótese que estamos aventando, no
sistema Kardequiano. Essa freqüência de vibração vai permitir uma associação
com a esfera espiritual de mentes desencarnadas.
Deduzimos, então, que a pessoa que estava varrendo a casa é
médium da limpeza, a limpeza representando aí uma arquetipia, uma ideoplastia
criada, na expectativa de promover uma limpeza interna. A pessoa projetou
aquilo, somatizou no seu ambiente do lar, criou-se uma freqüência de vibração
que se associou à sua mente e à esfera espiritual que coaduna com aquele tônus
mental.
Você concorda que um tônus de limpeza de clarificação é um tônus
mental positivo?
A resposta será afimativa, desde que ele não esteja envolvido em
uma esfera obsessivo compulsiva.
Varrer a casa é um ato extremamente simples, que pode colocar a
pessoa em sintonia com esferas espirituais elevadas; e isso é tão marcante, que
a coisa mais difícil que existe para qualquer ser humano é cuidar de casa. Eu,
pelo menos, acho. Cuidar do país é fácil. Cuidar de casa é difícil.
O indivíduo socialmente é perfeito embora, dentro do lar,
apresente-se como um tirano.
Socialmente é muito simpático. Dentro do lar é carrancudo.
Cuidar de casa é muito difícil. Há pessoas que nascem com
doenças incapacitantes na esfera mental, psicológica, psiquiátrica, e que ficam
adstritos a casa, com 30, 40 anos, desenvolvendo fobias, estados psicóticos,
dependência dos pais, com grandes dificuldades para realizar as atividades de
rotina diária da casa, como se tivessem vindo com esse problema patológico para
aprender a dar valor aos pequenos elementos de volição do dia-a-dia.
Um indivíduo que é repórter policial, vai encontrar dificuldades
imensas, tendo que ter um grande equilíbrio para transmitir dificuldades
inerentes à sociedade, transmitindo otimismo, ou seja, ele vai noticiar dramas
policiais e vai apregoar a melhoria da sociedade para que aquilo não ocorra. O
indivíduo transforma um elemento ruim em um elemento positivo de construção;
ele retrata a realidade para ajudar a sociedade a se transformar.
Outro exemplo seria o de um artista que só interpreta vilões ou
personagens ruins. Se ele não tiver equilíbrio, ele entra em sintonia com o
personagem, porque o artista quando está no palco está mediunizado. Você pode
ter certeza disso. Toda a ideoplastia dele é do personagem.
Impõe-se a pergunta: Que foi tirado de onde? Da ideoplastia do
autor. Todavia, essa ideoplastia não veio gratuita. Ela é a representação de
alguma realidade que ele intuiu. Assim, quando o artista representa aquele
personagem, ele está incorporando elementos espirituais, idéias, todo um
universo mental, como se a cabeça dele virasse um condomínio. Um condomínio dos
cúmplices daquela história que estão na espiritualidade.
Nós precisamos utilizar os nossos sentidos sempre para a
construção.
O nosso olhar deve ser um olhar dirigido para a construção. Você
pode dar um olhar de censura, um olhar maledicente, e estes são olhares que não
constróem. Você pode, igualmente, dar um olhar no qual você percebe o erro, mas
o seu olhar é de ajuda.
Nós precisamos direcionar a expressão interpretativa que nós
damos àquilo que a realidade apresenta para nós, para que possamos recontar
aquela história de forma positiva e isso vai depender da nossa vontade e da
nossa atuação. É isso que vai determinar os elementos componentes da nossa vida
presente, biológicos, psicossociais e espirituais.
Nós vamos trabalhar dois contextos fundamentais referentes aos
elementos ou as forças que compõe ou orientam as energias, as bioenergias.
Vamos falar dos elementos anímicos e dos elementos mediúnicos.
Começaremos trabalhando os elementos anímicos. Produtos nossos,
quer dizer, todo elemento psicológico próprio da pessoa.
Assim, caso você tenha dúvida para saber se o seu problema é
psicológico ou se o seu problema envolve algum contexto espiritual, avalie se
ele tem uma preponderância de fatores psicológicos ou preponderância de fatores
espirituais, podendo ser utilizada a seguinte regra:
Se o problema puder ser especificado de forma bastante clara, a
partir de uma mudança de comportamento - por exemplo: você está em crise
conjugal e vai investigar no consultório psicológico o por quê da crise? Você
então percebe que modificado o comportamento, seu relacionamento se reorganiza.
O problema era preponderantemente psicológico.
Poderíamos ainda citar como exemplo, o desejo de um casal de
conceber um filho para enriquecer o relacionamento. Uma tomada de decisão que
daria uma nova dimensão para o casamento ou exigiria dos consortes a
necessidade de modificar um pouco as suas posturas.
Psicoterapicamente ajudaríamos o casal a enxergar os contextos
psicológicos envolvidos nas posturas, como por exemplo, a suposta falta de
diálogo. Seria demonstrado ao casal a necessidade da programação de alguma
atividade, algum momento para conversa a dois.
Essa postura de falta de diálogo se dava por conta de bloqueios
psicológicos, que com o trabalho psicológico, gerou mudança de comportamento,
possibilitando o diálogo e harmonização do casal.
Já quando o problema do indivíduo diz respeito a questões de perda
de lógica, de não compreender por que aquilo está acontecendo, por que aquelas
coisas estão acontecendo à revelia da pessoa, situações que são relatadas, por
exemplo, da seguinte maneira: “ Eu faço tal coisa mas a pessoa não melhora, não
está adiantando, nós sempre brigamos por qualquer motivo. É com o meu filho, é
com o meu pai, é com o meu vizinho”. Ou seja, perde-se a coerência lógica das
relações. Quando a coisa está nesse passo, na forma que entendemos, o problema
já está preponderantemente no terreno espiritual. Quando você não consegue mais
pegar o fio da meada da situação da sua vida. Isso é muito marcado, segundo a
experiência que temos, quando o problema começa a ser abordado e há o trabalho
psicoterápico. O tônus de melhora da pessoa é muito pequeno perante aquilo que
poderia ser esperado. Fica visível que o tratamento está patinando, a pessoa
não melhora, não sai do lugar. A pessoa é orientada para o tratamento
espiritual e a terapia começa a ter um desenvolvimento que nunca tinha tido
antes, porque havia a somação do problema espiritual.
É um trabalho terápico sob uma ótica dualista
(espírito-matéria).
Esses elementos intrínsecos, psicológicos, são anímicos, porque
vem do interior do ser. Para a sua transformação, para que você ajude uma pessoa
a se transformar, para que a vida dela melhore, é necessário mexer nas
estruturas nucleares.
O que são estruturas nucleares?
Temos as leis gerais da física como a força eletromagnética,
eletrofraca, força magnética, força gravitacional, força nuclear forte, forças
universais, que respondem por todo o contexto material do Universo.
São forças de leis gerais que regem o Universo, também na esfera
anímica, na esfera psicológica, na esfera espiritual. Há o fato do contexto
espiritual se configurar em um sistema. Quando falamos em sistema, estamos
falando de um conjunto de fatores que possuem leis próprias; por exemplo, o
sistema biológico é um sistema porque somente as leis da física não explicam o
sistema biológico, há necessidade de se conformar uma série de leis próprias do
sistema biológico. Outro exemplo seria o código genético, que é universal e
responde por todo o sistema biológico; entretanto, as leis da física não são
suficientes para explicar o código genético. O código genético possui leis próprias,
então o fator biológico passou a configurar-se como um sistema.
Quanto ao fator psicológico, não a sua totalidade mas a maior
parte, se explica pela biologia. Aliás, os trabalhos que tem saído da
psicobiologia tratam de comportamentos muito primários. Como exemplo temos a
agressividade, o comportamento sexual, a fome, que são comportamentos
primitivos muito relacionados à esfera biológica.
Comportamentos complexos, como o amor de uma pessoa por outra, a
cultura humana, a complexidade do pensamento nas artes, no segmento das
relações, não são explicados pela esfera biológica. Há necessidade de se
entender todo esse mecanismo, que não se explica nem pelas leis da física, nem
pelas leis da biologia, acarretando então que a psicologia se corporificou também
em um sistema que possui leis próprias.
Isso não somos nós que estamos dizendo. Há uma determinação da
Organização Mundial de Saúde consolidada depois de inúmeros anos de convenções
entre os profissionais de saúde.
Pelo avanço que a ciência tinha, a psicologia, a psique já se
configurava num sistema.
Como é que você vai definir psique, psicologia?
Etimologicamente falando alma, almalogia. Você terá as diversas
correntes interpretativas da psicologia. Cada uma delas relativamente válida,
sem comprovação determinada. Há a Psicologia Analítica de Jung, a Psicanálise
de Freud, as Abordagens Comportamentais, os elementos que interpretam a alma, a
psique por angulações diferentes, e ainda existem a Psicologia Existencialista
e a Transpessoal que já definem o Ser e a Alma como Espírito, e que também são
uma definição válida.
Quando nós falamos em espírito, nós estamos na verdade, dando
uma definição específica para o sistema psicológico.
O Sistema Psicológico serve para o estudo do comportamento,
enquanto o indivíduo está manifesto na biologia, na sua relação com o universo
biológico, porque nosso comportamento está estreitamente ligado às nossas
necessidades biológicas.
Se nós admitimos a existência de uma vida após a morte,
entendemos que o espírito já desligado do corpo biológico considere e possua
estados de comportamentos diferentes, já que o próprio contexto biológico já
não prepondera sobre a sua vida de relação. Por exemplo: há necessidade das
espécies se reproduzirem, então o comportamento sexual genitalizado é
fundamental para a evolução e permanência da espécie. Se não houvesse indução
de energia transmitida para o comportamento sexual genital, não haveria
reprodução da espécie, então há uma necessidade de transmissão do
comportamento. É a psicologia da alma encarnada.
Existe todo um mecanismo sociobiológico de integração da
sociedade inerente ao ecossistema em que nós vivemos. Conclui-se, então, que o
nosso estado de comportamento está ligado ao ecossistema em que vivemos. Quando
nós partimos desse corpo para a vida espiritual, muda - se o ecossistema, a
bioesfera é outra. Nós teremos estados de comportamentos dirigidos para as
necessidades sociobiológicas e ecossistemáticas do novo contexto, da nova
dimensão. A psicologia tem uma mudança.
Nós teremos estados psicológicos que serão representações do
espírito enquanto este estiver encarnado.
Teremos também contextos psicológicos universais, que são
aqueles elementos da nossa expressão de comportamento (quer estejamos
encarnados ou desencarnados), leis universais que regem o psiquismo. Podem ser
entendidos também como o estado do comportamento nuclear do Ser.
Ao abordarmos o estado psicológico, as necessidades
comportamentais, os problemas de convivência, problemas existenciais que são
impressão do psiquismo, precisaremos identificar os elementos do comportamento
factual ou conjuntural e os elementos do comportamento estrutural.
Ao analisarmos os problemas factuais que nós descriminaremos
aqui, estes devem levar a pessoa a enxergar, estar com os olhos dirigidos para
o comportamento estrutural. Esse comportamento estrutural é , em verdade, o
objeto de transformação do ser.
O comportamento estrutural deve ser regido por leis gerais e
universais do psiquismo.
Colocaremos o que são essas leis gerais e universais do
psiquismo, segundo a nossa forma de entender, não as apresentaremos como uma
verdade absoluta, estaremos expondo a nossa forma de ver e de atuar.
Esse comportamento estrutural é nuclear. É naquele núcleo que
chegaremos e que encontraremos arquetipias universais.
Quais são as arquetipias universais?
Elas estão estruturadas em cima de:
» Orgulho;
» Egoísmo;
» Humildade;
» Amor;
» Fé (conhecimento cognitivo ou vivido).
Elementos registrados nos talmudes judaicos e que o Rabino
Joshua soube extrair e vivenciar.
Leis Gerais e Universais que regem o Psiquismo Humano.
Todos os outros problemas que gravitam em torno disso são
problemas factuais.
Exemplos: Problema de dinheiro.
Precisamos entender que quem fez o dinheiro e as finanças foi o
homem. O homem fez o dinheiro e não o inverso. O dinheiro é o reflexo
psicossomático do estado de espírito da pessoa. O problema financeiro é
factual, mas o problema real é nuclear. Melhorando o problema nuclear a pessoa
melhora o problema financeiro; embora isso não queira dizer que ela ganhará na
loteria, que ficará rica. Isto demonstra que as suas finanças estarão adequadas
para o que a vida desta pessoa necessita.
Exemplificando, temos que uma pessoa que mora no barraco da
favela, que criou os filhos, proporcionando-lhes estudo, que sustentou-se como
lavadeira, pode estar muito feliz com a sua situação. Importante salientar que
não estamos colocando isso como uma justificativa social para manutenção do
status quo, como dizem alguns. Achamos que a sociedade deve se transformar para
uma vida melhor, mas estamos pontuando um problema factual.
No outro extremo temos o indivíduo que ganha muito dinheiro, mas
que vive o problema da falta de dinheiro, porque está desajustado na vida. É
retrato psicossomático de um problema nuclear. A solução é ir direto à este
problema.
Outros exemplos: Problemas sexuais, vícios, saúde, problemas
existenciais (definição de vocação), familiares, trânsito, intercorrências de
rotina (vive atrapalhado).
Não adianta começar pela periferia, tem que ir no núcleo, na
estrutura nuclear do indivíduo, isso vale tanto para encarnado como para
desencarnado. O problema nuclear é do Ser Verdadeiro, da Individualidade. O indivíduo
carrega consigo o problema nuclear, seja no mundo encarnado, como no plano
espiritual.
Mas os problemas factuais mudam. Um exemplo é o da questão
financeira para o espírito desencarnado, que já não tem mais razão de ser
porque não tem mais mecanismos de interagir com esse sistema. O espírito pode
ter ideoplastia para isso, mas a esfera psicológica mudou.
É preciso acessar os elementos ligados à arquetipia interna,
orgulho, egoísmo, humildade, amor e fé. O ódio é uma estrutura nuclear porque é
uma variante do amor.
Como acessar o arquivo que contenha informação nuclear?
Falaremos um pouco sobre as estruturas nucleares. Orgulho e
Egoísmo são estruturas ligadas. Por exemplo: uma montanha e um indivíduo na
base.
EGOÍSMO
O egoísta é um embrião espiritual. O embrião está com a testa
colada no joelho. A posição fetal é uma posição enrolada sobre si mesmo.
O egoísmo é um estado de desenvolvimento do ser, do espírito. Na
ontogênese do espírito, o estado egoísta é uma etapa do desenvolvimento.
O egoísta está envolto em si mesmo, não sai do útero, não sai do
berço. Isto é muito bem representado na criança, por ela ser egocentrada, por
estar em um estágio de desenvolvimento precoce, trazendo representações
filogênicas (vamos trabalhar isso em fases da vida).
Reproduzindo esses estados egoísticos, egocentrados:
ORGULHO.
O orgulho manifesta-se assim: o indivíduo que é egoísta, que
está centrado em si mesmo, acha que a sua vida particular, o seu círculo de
convivências é o mundo todo. Ele se acha o dono do pedaço. Embora ele esteja
comendo o pão que o diabo amassou, está com o nariz empinado, porque mesmo
morando em um barraco humilde, se acha o Rei.
O orgulho é um estado de espírito reflexo do estágio do
desenvolvimento egoístico, egocentrado.
É a pessoa que tem uma visão estreita da ambiência que a afeta.
A ambiência que a afeta é estreita e ela se acha muito volumosa. Saindo do
estágio egoísta, esta pessoa começa ampliar sua visão, e conclui que o mundo é
infinito, então ela é pequena. Na medida em que alcança o conhecimento, ela vê
o quão pequena é e o quanto é infinito o universo.
Sócrates disse: “O maior dos sábios é aquele que sabe que nada
sabe”, porque assimilando conhecimento ele vê a infinidade do universo. Enxerga
aquele que quer ver e aquele que não sabe, tem à sua volta um universo estreito
e acha que faz muito volume.
Exemplo de Francisco de Assis, que chegou no castelo diante do
senhor feudal, pedindo pão para os pobres e recebeu como resposta uma bofetada,
caindo machucado. Levantou – se, estendeu as mãos e disse: “Isso foi para mim,
agora para os meus pobres”.
Ele não se achou indigno do tapa. Isso é humildade e visão de
mundo. Ver além. Ele viu os objetivos superiores de vida e não as casquinhas de
ferida das relações.
Se nós formos viver estritamente desse universo factual - não
querendo dizer que nós não devamos trabalhar os elementos factuais, que são
inerentes às experiências de vida – não conseguiremos perceber que são
casquinhas de feridas que teremos que limpar aos poucos, mas que não são
elementos estruturais nossos.
Temos que objetivar nossa transformação nuclear.
Você vê que a Fé é o conhecimento.
O Amor brota no desenvolvimento do ser na medida em que ele se
torna humilde, na medida em que ele tem conhecimento de vida e na medida que
ele se irmana com as leis de amor que comandam o universo.
São forças que você não mede, você sente, é diferente.
Quando falamos de bioenergia você terá a bioenergia que é medida
através do aparelho, sendo essa bioenergia física. Você tem a bioenergia
intrínseca anímica do Ser, que é essa bioenergia que você não mede, você sente.
Então a Psicologia não trabalha com energias mensuráveis. A
bioenergia trabalha com energias que são sentidas , que são vividas. São
modelos epistemológicos diferentes, o da física e o da psicologia. Não adianta
você querer enquadrar a psicologia nas leis da física.
A psicologia é um sistema a parte, com leis próprias.
Você não usará régua para medir energia psíquica. Você até
poderá medir os efeitos psicocinésicos na matéria do problema psicológico, mas
aí é uma questão de interação de sistemas.
A energia psicológica, bioenergia, subproduto da nossa estrutura
intrínseca, é sentida por nós e não medida.
Esses elementos nucleares vão se projetar sobre o corpo e
produzir a fenomenologia psicossomática.
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