EFICÁCIA DA
PRECE
Allan Kardec
esclarece
Há quem
conteste a eficácia da prece, com fundamento no princípio de que, conhecendo
Deus as nossas necessidades, inútil se torna expor-lhas. E acrescentam os que
assim pensam que, achando-se tudo no Universo encadeado por leis eternas, não
podem as nossas súplicas mudar os Decretos de Deus.
Sem dúvida
alguma, há leis naturais e imutáveis que não podem ser ab-rogadas ao capricho
de cada um; mas daí a crer-se que todas as circunstâncias da vida estão
submetidas à fatalidade, vai grande distância. Se assim fosse, nada mais seria
o homem do que instrumento passivo, sem livre-arbítrio e sem iniciativa. Nessa
hipótese, só lhe caberia curvar a cabeça ao jugo dos acontecimentos, sem
cogitar de evitá-los; não devera ter procurado desviar o raio. Deus não lhe
outorgou a razão e a inteligência, para que as deixasse sem serventia; a
vontade, para não querer; a atividade, para ficar inativo. Sendo livre o homem
de agir num sentido ou noutro, seus atos lhe acarretam, e aos demais,
consequências subordinadas ao que ele faz ou não. Há pois, devidos à sua
iniciativa, sucessos que forçosamente escapam à fatalidade e que não quebram a
harmonia das leis universais, do mesmo modo que o avanço ou o atraso do
ponteiro de um relógio não anula a lei do movimento sobre a qual se funda o
mecanismo. Possível é, portanto, que Deus aceda a certos pedidos, sem perturbar
a imutabilidade das leis que regem o conjunto, subordinada sempre essa anuência
à sua vontade‖
(Do livro ―O Evangelho Segundo o Espiritismo‖, cap. XXVII, item
6, de Allan Kardec,)
ESTUDAR KARDEC
CONHECER KARDEC
PARA VIVER JESUS
Extraído do informativo CEBM, nº 655-junho/2012
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