A MELHOR ESCOLHA
“Tem o
homem o livre-arbítrio de seus atos?
Pois
quem tem a liberdade de pensar, tem
igualmente
a de obrar. Sem o livre-arbítrio,
o homem
seria máquina”.
LE q.843
“Não
sois máquina! Homem é que sois!
Charles Chaplin
Na vida, todos necessitamos, hora
ou outra, fazer escolhas.
Optamos pela profissão que nos
completará, pela pessoa afim que será namorado ou namorada,
pelo partido político que nos agrada ideologicamente, pelo clube de
futebol pelo qual iremos torcer. Realizamo-nos através de sonhos
que movem nossas escolhas e dos esforços que empreendemos
para torná-los realidade.
Teoria e prática, reflexão e ação,
alimentam nossa existência, fazendo com que as utopias que
geramos nos completem durante e após suas realizações.
Somos felizes por termos
capacidade de sonhar, por arquitetarmos nosso futuro nas realizações do
hoje, através da capacidade sublime do livre-arbítrio, que demarca
nossa condição co-criadora.
O momento atual, de conflitos e
violência estrutural, convida a Humanidade, especialmente os
jovens, a realizar a melhor escolha, a mais consciente opção.
Escolhendo a paz, o bem proceder,
a retidão moral, cumpriremos nosso papel de artífices da
realidade, de seres transformadores.
Sendo da espécie homo, elaboramos um senso ético que
regula nossa moral, estruturando nossa existência. Quando o utilizamos, a cada
escolha, a cada atitude, possibilitamos a
autoconstrução, visto que, através das eleições acertadas e das ações edificantes nos tornamos
pessoas melhores, humanas e solidárias.
Dentre tantas doutrinas, tantas
morais, filosofias e religiões, temos no Espiritismo proposta
esclarecedora que nos convida para a melhor escolha.
Mais do que simples teoria, a
Doutrina dos Espíritos nos convoca à ação, à prática nobre de seus
postulados, impedindo que tenhamos o vício de vestir personalidades que se ajustam a
cada situação. Pede-nos a busca pela transparência para que conheçamos nossas
limitações, dando subsídios para a caminhada transformadora rumo à autonomia
espiritual.
Ao mesmo tempo que o Espiritismo
nos pede reflexão, propondo uma fé raciocinada, negando a criação de
fundamentalismo ou interpretações ingênuas e perturbadoras. Bom seria,
portanto, agirmos de forma tranquila e consciente, sem atropelos ou ânsia de
sermos o que ainda não somos.
Não nos tornamos “anjos” de hora
para outra, tampouco nessa existência lograremos a perfeição. Daí a
necessidade de agirmos conscientemente, sem teatralizar atitudes, sem exterioridades
inúteis, sem nos preocuparmos em demasia com a opinião alheia, visto que
nosso aprimoramento moral não pede aplausos de aprovação, mas esforço íntimo e
sinceridade.
A melhor escolha é seguir o
caminho de Jesus, amparando os pobres e auxiliando-os na conquista da
sua autonomia, articulando nossas forças para lutar em prol dos excluídos,
melhorando a própria conduta frente ao cosmos, agindo conforme nos dita a
consciência, independente do que nos proponham os falsos amigos ou as mídias
perturbadoras.
Essa escolha pede coragem, pede
maturidade. E o jovem na carne, em tese, Não é jovem em espírito. Somos
multimilenares e não há desculpa que nos impeça de tomar a decisão apropriada
diante dos desafios que se colocam em nossas vidas.
Jovens, temos nas mãos a força
para a mudança, para a real transformação da Humanidade.
Ao sentirmos, pulsando em nós, o
desejo de revolução, é momento de nos darmos conta de que mudaremos o
mundo começando por nós mesmos, sem agressividade, sem
intolerância, mas com muito amor e decisão.
O Mestre Jesus foi considerado
revolucionário por apresentar ao mundo a ação amorosa, a caridade, que é
dinamizada através da benevolência, do perdão, da indulgência. Se nos
considerarmos cristãos, necessariamente, nossa ação, na realidade, deve privilegiar
esses aspectos.
Façamos a escolha e trabalhemos com
alegria, levando a força juvenil e Arrebatadora para todos os
núcleos espiritistas e, principalmente, para todas as Dimensões de nossas vidas,
agindo retamente para construirmos um novo Movimento cristão, sem intolerância
ou espírito de casta, espalhando na sociedade a felicidade de
servir.
Cristian Macedo
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