quinta-feira, 9 de agosto de 2012


A MELHOR ESCOLHA

                                             
“Tem o homem o livre-arbítrio de seus atos?
Pois quem tem a liberdade de pensar, tem
igualmente a de obrar. Sem o livre-arbítrio,
o homem seria máquina”.
                                                            LE q.843

“Não sois máquina! Homem é que sois!
Charles Chaplin

Na vida, todos necessitamos, hora ou outra, fazer escolhas.
Optamos pela profissão que nos completará, pela pessoa afim que será namorado ou namorada, pelo partido político que nos agrada ideologicamente, pelo clube de futebol pelo qual iremos torcer. Realizamo-nos através de sonhos que movem nossas escolhas e dos esforços que empreendemos para torná-los realidade.
Teoria e prática, reflexão e ação, alimentam nossa existência, fazendo com que as utopias que geramos nos completem durante e após suas realizações.
Somos felizes por termos capacidade de sonhar, por arquitetarmos nosso futuro nas realizações do hoje, através da capacidade sublime do livre-arbítrio, que demarca nossa condição co-criadora.
O momento atual, de conflitos e violência estrutural, convida a Humanidade, especialmente os jovens, a realizar a melhor escolha, a mais consciente opção.
Escolhendo a paz, o bem proceder, a retidão moral, cumpriremos nosso papel de artífices da realidade, de seres transformadores.
Sendo da espécie homo, elaboramos um senso ético que regula nossa moral, estruturando nossa existência. Quando o utilizamos, a cada escolha, a cada atitude, possibilitamos a autoconstrução, visto que, através das eleições acertadas e das ações edificantes nos tornamos pessoas melhores, humanas e solidárias.
Dentre tantas doutrinas, tantas morais, filosofias e religiões, temos no Espiritismo proposta esclarecedora que nos convida para a melhor escolha.
Mais do que simples teoria, a Doutrina dos Espíritos nos convoca à ação, à prática nobre de seus postulados, impedindo que tenhamos o vício de vestir personalidades que se ajustam a cada situação. Pede-nos a busca pela transparência para que conheçamos nossas limitações, dando subsídios para a caminhada transformadora rumo à autonomia espiritual.
Ao mesmo tempo que o Espiritismo nos pede reflexão, propondo uma fé raciocinada, negando a criação de fundamentalismo ou interpretações ingênuas e perturbadoras. Bom seria, portanto, agirmos de forma tranquila e consciente, sem atropelos ou ânsia de sermos o que ainda não somos.
Não nos tornamos “anjos” de hora para outra, tampouco nessa existência lograremos a perfeição. Daí a necessidade de agirmos conscientemente, sem teatralizar atitudes, sem exterioridades inúteis, sem nos preocuparmos em demasia com a opinião alheia, visto que nosso aprimoramento moral não pede aplausos de aprovação, mas esforço íntimo e sinceridade.
A melhor escolha é seguir o caminho de Jesus, amparando os pobres e auxiliando-os na conquista da sua autonomia, articulando nossas forças para lutar em prol dos excluídos, melhorando a própria conduta frente ao cosmos, agindo conforme nos dita a consciência, independente do que nos proponham os falsos amigos ou as mídias perturbadoras.
Essa escolha pede coragem, pede maturidade. E o jovem na carne, em tese, Não é jovem em espírito. Somos multimilenares e não há desculpa que nos impeça de tomar a decisão apropriada diante dos desafios que se colocam em nossas vidas.
Jovens, temos nas mãos a força para a mudança, para a real transformação da Humanidade.
Ao sentirmos, pulsando em nós, o desejo de revolução, é momento de nos darmos conta de que mudaremos o mundo começando por nós mesmos, sem agressividade, sem intolerância, mas com muito amor e decisão.
O Mestre Jesus foi considerado revolucionário por apresentar ao mundo a ação amorosa, a caridade, que é dinamizada através da benevolência, do perdão, da indulgência. Se nos considerarmos cristãos, necessariamente, nossa ação, na realidade, deve privilegiar esses aspectos.
Façamos a escolha e trabalhemos com alegria, levando a força juvenil e Arrebatadora para todos os núcleos espiritistas e, principalmente, para todas as Dimensões de nossas vidas, agindo retamente para construirmos um novo Movimento cristão, sem intolerância ou espírito de casta, espalhando na sociedade a felicidade de servir.

Cristian Macedo

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