sexta-feira, 29 de junho de 2012


A BALANÇA DA FELICIDADE


“Homens e Espíritos. Unidos num pensamento de amor ao próximo, cabe-nos a tarefa de orientação moral da humanidade. O empenho que trazeis em vossas atitudes, devem visar sempre ao aprimoramento espiritual daqueles que vivenciam em uma faixa evolutiva mais desfavorecida. O simples fato de caminharem envaidecidos, orgulhosos, é demonstração clara da vossa inferioridade.
Compreendendo, pouco a pouco, aquilo que lhes é ensinado, os homens de boa vontade constroem muralhas, pedra sobre pedra, que se eternizarão pela vontade de nosso Pai. Portanto, as incertezas em relação à vida futura, são momentâneas, próprias do grau evolutivo em que se encontram alguns Espíritos.
Quando conceberdes maior valor às coisas espirituais, vossos sofrimentos diminuirão, comparados a uma balança, onde os pesos têm a validade verdadeira. De um lado, os sentimentos e as atitudes benevolentes. De outro, os sofrimentos, os rancores, o orgulho, enfim, todas as hostilidades. A compreensão dos ensinamentos libertará o homem das amarras que a ignorância o mantêm. Instrução, dedicação, ação com bom senso e justiça, eis as metas.
Buscai com afinco, pois conquistareis tesouros imperdíveis. Jesus estará sempre ao vosso lado, fortalecendo, orientando, mostrando os caminhos que deveis percorrer.
Sejais compreensivos e humildes em relação ao que é ensinado. Poucos ainda são os que acompanham as transformações que ocorrem no mundo. Perdem-se nas migalhas que o materialismo lhes oferece. Inconscientes do mal que ronda o planeta, misturam-se a tantos desalinhos e perdem-se na multidão que é levada pelo sistema.
Vossa conduta deve refletir aquilo que Espírito vivencia e almeja. Estejais confiantes nas promessas do Pai. Os frutos serão colhidos na época certa para que sejam aproveitados. Estaremos ao vosso lado.” - Um Espírito protetor


Mensagem mediúnica
Classificação: Espíritos superiores e instrutores
Espírito: Um Espírito protetor
GEBEM

A REENCARNAÇÃO DE ALLAN KARDEC



“Evocação do Espírito São Luís.
- Podeis atender ao nosso chamado?
Resposta: Aqui estou para responder sobre as questões levantadas por este grupo.
- Sois mesmo o São Luís que trabalhou na época da Codificação da Doutrina Espírita por Allan Kardec?
Resposta: Represento nesse instante o Espírito São Luís a que vos referis. Formamos uma comunidade a serviço do Espírito de Verdade, que opera o movimento de transformação do vosso mundo.
- Essa comunidade tem ligações com o movimento espírita do qual fazemos parte?
Resposta: Sim, mantemos intercâmbio com alguns grupos que se afinizam com nossos pensamentos. Porém, de maneira geral, não temos acesso nas sociedades espíritas que são pouco preparadas para lidar com as questões mais graves da vida terrena e do futuro da humanidade.
- Pedimos que nos perdoe a curiosidade, mas gostaríamos de saber notícias sobre a plêiade de Espíritos que trabalhou junto a Allan Kardec.
Resposta: Parte desses dedicados servidores encontram-se encarnados na Terra, cumprindo importantes missões no campo da vida. Outro segmento continua servindo no grande movimento de mudanças que se operou no orbe nesses últimos anos. São muitas as frentes de ação, para dar suporte à chegada da Nova Era. Poucos, no entanto, encontram-se encarnados entre os espíritas.
- Mas não seria um contra-senso estarem fora do movimento que ajudaram a criar?
Resposta: Deus envia seus filhos aos departamentos humanos que acha mais conveniente. Não peçais satisfação dos Seus desígnios. O movimento espírita não favorece o trabalho de determinados Espíritos que lidaram com a Codificação na época da Revelação. Por enquanto é só o que podeis saber.
- Poderia falar-nos a respeito da reencarnação de Allan Kardec?
Resposta: Especulação sobre a qual não existe qualquer indício que mereça crédito. O Codificador do Espiritismo não voltou à matéria densa desde que a deixou. Habita planos distantes das regiões em que nos encontramos. Serve aos ditames traçados pelo Alto para a espiritualização do planeta. É uma das entidades mais ocupadas com o planejamento desse trabalho.
- E quanto à mensagem que fala de sua volta à Terra, existente no livro Obras Póstumas?
Resposta: Foi feita sob o domínio do espírito da época. É produto das mesmas causas que deram origem à idéia de que as mudanças na situação da humanidade ocorreria em alguns anos.
- Allan Kardec voltará a encarnar?
Resposta: O codificador é um Espírito de alta hierarquia e só encarna com a finalidade de cumprir missão.
- Poderíamos evocá-lo?
Resposta: Podereis evocar quem quiserdes. Bem difícil, no entanto, será que venha pessoalmente tratar de assuntos de importância menor.
- Dizeis, então, que este trabalho é de importância menor?
Resposta: Não foi isso o que vos disse. Frequentemente entendeis as palavras de maneira confusa. Apenas digo-vos que o Mestre é entidade ocupada em demasia com os destinos do homem e dificilmente poderia atender o chamado de evocadores que não tenham um assunto muito grave para tratar. No mais, Allan Kardec dispõe de uma imensa legião de Espíritos capacitados para falar em seu nome, que poderão orientar aqueles que, com seriedade, chamam pelo missionário de Lyon.
- Poderíeis nos responder mais algumas questões?
Resposta: Por hoje é só. Voltarei outras vezes quando chamardes por São Luís. Terei satisfação em estar ao vosso lado para ajudar na compreensão das coisas que vos entrava o entendimento. Deixo o nosso cordial abraço em nome do Bem e da justiça.” - Luís.



Mensagem mediúnica
Classificação: Evocações
Espírito: São Luís
GEBEM

TAI CHI CHUAN


Milhares de pessoas anseiam por uma maneira de ficarem saudáveis e em forma.
Elas não querem se matricular numa academia de ginástica nem passar horas
a fio fazendo caminhadas ou levantando peso. Não querem ficar suadas, sem fôlego
e doloridas.
O Tai Chi transformou-se, ao longo dos séculos num sistema bastante aprimorado
de exercícios e desenvolvimento pessoal. Ele é absorvente, mas não exaustivo ou
desgastante. Ele consiste em uma série de exercícios com movimentos lentos
e contínuos destinados a relaxar e desenvolver todo corpo. Um dos seus grandes
atrativos é que qualquer pessoa, independentemente da idade, pode treinar todos
os seus movimentos.
O objetivo dessa sequência de movimentos cuidadosamente estruturada é
desenvolver a força interna, a flexibilidade e o vigor. Essa antiga arte
tem sido utilizada cada vez mais por suas propriedades terapêuticas.
Uma vez aprendida, é um tesouro que permanece para toda a vida,
colaborando na busca do equilíbrio físico mental e espiritual de seus praticantes.


* O Tai Chi Chuan em nossa vida *

“A vida é movimento


O Tai Chi Chuan é a prática que traz o verdadeiro descanso,
porque seu movimento leva à serenidade.
 O Tai Chi  é também uma forma de auto-massagem interna
e externa, atuando em todos os sistemas orgânicos do corpo,
promovendo a circulação do sangue e da energia.
O Tai Chi Chuan revitaliza o corpo e serena a mente, despertando
a espiritualidade. O Tai Chi Chuan transforma a respiração, preserva
a juventude e prolonga a vida.
O Tai Chi Chuan é uma prática que desperta o Amor, levando
a humanidade a uma maior união e a verdadeira paz.”



CONTROLE DO ENSINO ESPÍRITA

A organização que propusemos para a formação de grupos espíritas visa a preparar o caminho que deve facilitar as relações mútuas entre aqueles. Entre as vantagens daí resultantes deve colocar-se em primeira linha a unidade de doutrina, que será sua consequência natural. Esta unidade já se acha em parte realizada e as bases fundamentais do Espiritismo são hoje admitidas pela imensa maioria dos adeptos. Mas ainda há questões duvidosas, ou porque ainda não tenham sido resolvidas, ou porque o foram em sentidos diversos pelos homens e, mesmo, pelos Espíritos.
Se por vezes os sistemas são produtos dos cérebros humanos, sabe-se que, a tal respeito, certos Espíritos não ficam atrás. Na verdade alguns se vêem que arquitetam ideas absurdas com maravilhosa habilidade, encadeiam-nas com muita arte e constroem um todo mais engenhoso do que sólido, mas que poderia falsear a opinião de pessoas que não se dão ao trabalho de aprofundar, ou que são incapazes de o fazer pela insuficiência de conhecimentos. Sem dúvida as ideias falsas acabam caindo ante a experiência e a lógica inflexível. Mas antes disso pode produzir a incerteza. Também é sabido que, conforme sua elevação, os Espíritos podem ter um modo de ver mais ou menos justo sobre determinados assuntos, que as assinaturas das comunicações nem sempre são garantia de autenticidade e que os Espíritos orgulhosos procuram por vezes pregar utopias ao abrigo de nomes respeitáveis, com que se enfeitam. É, sem a menor dúvida, uma das principais dificuldades da ciência prática, e contra a qual muitos se chocaram.
Em caso de divergência, o melhor critério é a conformidade dos ensinos por diferentes Espíritos e transmitidos por médiuns diferentes e estranhos uns aos outros. Quando o mesmo princípio for proclamado ou condenado pela maioria, é preciso nos darmos conta da evidência. Se há um meio de chegar à verdade é, certamente, pela concordância, tanto quanto pela racionalidade das comunicações, ajudadas pelos meios que dispomos de constatar a superioridade ou a inferioridade dos Espíritos. Desde que a opinião deixa de ser individual para se tornar coletiva, adquire um grau maior de autenticidade, porque não pode considerar-se como resultado de uma influência pessoal ou local. Os que ainda se acham em dúvida terão uma base para fixar as suas ideias, porque será irracional pensar que aquele que em seu ponto de vista está só, ou quase só, tenha razão contra todos.
O que acima de tudo contribui para o crédito da doutrina de O Livro dos Espíritos foi precisamente que sendo produto de um trabalho semelhante, tem um eco em toda parte. Como o dissemos, nem é obra de um Espírito único, que poderia ser enganado. É, ao contrário, um ensino coletivo, dado por uma grande diversidade de Espíritos e de médiuns, e os princípios que encerra são confirmados mais ou menos por toda parte. Dizemos mais ou menos, visto que, como acima ficou explicado, há Espíritos que procuram fazer prevaleçam as suas ideias pessoais. É, pois, útil submeter as ideias divergentes ao controle que propomos. Se a doutrina ou pontos doutrinários que professamos fossem reconhecidos como errados, num julgamento unânime, submeter-nos-íamos sem murmuração, sentindo-nos felizes por terem outros encontrado a verdade. Se, entretanto, ao contrário, elas forem confirmadas, hão de permitir creiamos estar com a verdade.
A Sociedade Espírita de Paris, compreendendo toda a importância de semelhante trabalho e tendo, de saída, que esclarecer-se da mesma e depois provar que de modo algum pretende erigir-se em árbitro absoluto das doutrinas que professa, submeterá aos diversos grupos que com ela se correspondem as questões que julgar mais úteis à propagação da verdade. Essas questões serão submetidas, conforme as circunstâncias, por correspondência particular ou por intermédio da Revista Espírita.
Compreende-se que para ela, e em razão da maneira séria por que encara o Espiritismo, a autoridade das comunicações depende das condições em que se realizam as reuniões, o caráter dos membros e o objetivo que se tenha em mira. Provindo de grupos formados sobre as bases indicadas em nosso artigo sobre a organização do Espiritismo, as comunicações terão tanto mais peso aos seus olhos quanto melhores forem as condições desses grupos.
Submetemos aos nossos correspondentes as questões que se seguem, esperando as que nos enviarem posteriormente.

Revista Espírita, janeiro de 1862
FONTE: GEBEM
BOAS NOTÍCIAS


“Aqui estou para falar um pouco da situação em que me encontro no mundo espiritual. Quando aqui cheguei estava confuso e já não entendia o que havia acontecido comigo. Fiquei algum tempo sentindo-me de forma estranha, como se estivesse adormecido, mas por vezes, conseguia ter a impressão de que já não estava mais vivendo no mundo terreno.
Vi e senti o sofrimento dos meus familiares, mas nada pude fazer e aquela situação causava-me sofrimento porque pouco ou quase nada compreendia da vida espiritual. Sinto-me, agora, mais fortalecido e em condições de estabelecer um certo equilíbrio, até mesmo para estar aqui neste instante. Agradeço aos amigos que neste momento me ajudam, fazendo com que se torne possível esta minha comunicação.
Quero dizer aos meus familiares que a vida material é um momento muito importante para todos nós e hoje vejo isto de forma mais clara, pois o que antes para mim era motivo de prazer e extravagância, agora  tornou-se de grande responsabilidade.
Amados, cuidem de suas obrigações, zelando do que Deus colocou em suas mãos para ser o meio de seu sustento. Sejam prudentes e cautelosos, procurando sempre ser honestos em suas atitudes, pois somente assim colherão bons frutos dos seus esforços. À minha esposa, quero dizer que sinto muita saudade e que sei da dificuldade que ela tem para conviver com a minha ausência, mas deverá prosseguir ao lado dos nossos filhos, dando-lhes o apoio de que necessitam.
  minha filha, peço que se tranqüilize e que use da condição que lhe é permitida para afastar aqueles que não querem repartir e que estão tomando para si o que é de todos. Que tenha cautela. Estou certo de que deixei de lado tudo o que poderia me ajudar a ser uma pessoa melhor, reconhecendo os meus erros e excessos, mas Deus é misericordioso e concede a todos nós várias oportunidades de nos redimir, basta que saibamos aproveitá-las.
Digo mais, estas oportunidades não estão somente aqui no mundo onde hoje estou, mas principalmente aí aonde estão todos vocês, e é por este motivo que peço a todos que não se esqueçam em momento algum de que as necessidades da vida material não poderão nunca estar acima das coisas de Deus.
Hoje posso ver o tempo que perdi quando ainda vivia nesse mundo, porém não desanimem. Sigam lutando, porque a luta faz parte da vida de todo homem que quer progredir. Deixo a todos um forte abraço e meu carinho de pai, esposo e amigo”. - Norivaldo.


Mensagem mediúnica
Classificação: Espíritos familiares
Espírito: Norivaldo
GEBEM

A ILUSÃO DAS POSSES MATERIAIS

 “Era um dia atribulado e de grandes realizações no campo profissional. Estava exausto, mas feliz, pois tinha garantido uma quantia considerável em dinheiro. Voltava para casa fazendo planos de como gastar. Eis que, nessa euforia, me distraí e não observei que avançava a sinalização. Inevitavelmente ocorreu o acidente fatal. Fiquei desacordado por algumas horas e quando despertei quis me comunicar, mas não consegui. Vi toda movimentação sem nada poder fazer. Comecei a entrar em pânico sem entender o que tinha acontecido.
Fui um desses homens voltados ao sentimento de posses. Tinha um intelecto bem desenvolvido e muitas oportunidades na vida material. Estudei, tinha uma vida estável, estava no auge de minha ascensão profissional. Era em que me ocupava. Religião deixaria para a velhice. No entanto, desencarnei como vos relatei acima e sofri terrivelmente a falta do conhecimento desta mensagem. Sabia de sua existência, mas não a coloquei em minha vida por orgulho e vaidade, por isso tenho lamentado profundamente.
Fui neste atendido núcleo de bênçãos. Agradeço ao Pai e a todos os que aqui trabalham, no esforço de esclarecer os que, como eu, vivem na ilusão do perecível. Desejo que esta minha vinda aqui auxilie aqueles que ainda estão na ilusão de que o homem de bem é aquele que angaria bens terrenos. Não se escravizem pelo que fará serem grandes diante dos homens, mas pequenos diante do Pai. Voltem seus objetivos em viver para agradecer Àquele que nos dá todas as coisas. Aqui compreendi que fui ausente como pai e esposo, desculpando-me por estar provendo o conforto deles. Não se enganem irmãos. É necessário o conforto, mas não a preço tão caro. De que me serviu tudo isso? Agora sei que faria tudo diferente. Sei também que terei outras oportunidades.
Desejo que todos reflitam, que possam rever suas vidas, seus valores. Este irmãos incansáveis auxiliam em seus esforços para que o estudo da doutrina de Jesus dê os frutos que ela dá quando compreendida. Sejam unidos e esforcem-se para que, compreendendo as verdades divinas, possam retornar à pátria verdadeira como aquele que, de volta de uma viagem, traz em sua bagagem grandes valores. Que Jesus os abençoe e guarde”. – Um amigo
 

Mensagem mediúnica
Classificação: Depoimentos
Espírito: Um irmão agradecido
SEEAK
Fonte: GEBEM
A DOENÇA E O REMÉDIO
 
 
Basta uma rápida olhada para os fatos do cotidiano, que nos são mostrados nos telejornais e pela imprensa de forma geral, para constatarmos que o nosso mundo está doente. Mais grave: doente em estado terminal, está na UTI. Não, não é catastrofismo, senão vejamos:
Mal acabaram os horrores da guerra na Bósnia, vemos repetirem-se os mesmos atos bárbaros no Timor Leste e outros focos de tensão são formados constantemente nos mais diversos pontos do planeta. Não se passa um breve espaço de tempo sequer em que não surja mais um conflito entre duas nações ou grupos políticos disputando o poder, para a alegria da poderosa indústria de armamentos.
As drogas estão cada vez mais presentes em todas as sociedades do planeta. Os cartéis movimentam verdadeiras fortunas, maiores até do que a economia de muitos países. Seu poder de influência nos meios políticos, são cada vez maiores. Nos países mais pobres os traficantes fazem as vezes do poder público e mantém a população como seus reféns. Ainda há poucos dias noticiou-se que as quadrilhas em sua luta contra a lei utilizam-se das crianças das favelas do Rio de Janeiro como verdadeiros escudos humanos.
As grandes cidades, especialmente em nosso país, vivem numa verdadeira guerra civil. Chacinas diárias são noticiadas e no confronto com a polícia os marginais utilizam armamentos pesados e entre os dois fogos ficam os populares sem saber o que fazer. Assaltos, estupros, queima de arquivo, acerto de contas entre quadrilhas, suicídios, crimes familiares, enfim, todo tipo de violência são noticiados diariamente. Esta situação vai-se generalizando para as cidades menores e mais distantes dos grandes centros.
Na área moral não é diferente. Corrupção, falcatruas, conluios, favorecimentos pessoais freqüentam os noticiários políticos por falta de espaço nas páginas policiais. Na televisão, um dos poucos meios de lazer do povo mais simples, o que se vê são programas apelativos, popularescos, exploração da miséria humana etc. As novelas num supremo esforço em manter audiência apelam para o sexo quase explícito, independente de horário.
Poderíamos incluir aqui muito mais desatinos e situações que mostram que o diagnóstico é este mesmo: nosso mundo está doente, agonizando! O mal que atinge o mundo é visível, de fácil comprovação. Resta ao homem buscar o remédio, mas para isto é preciso descobrir as causas da doença.
A causa principal de todos os males do homem está na ignorância. Apesar da humanidade estar em grande avanço intelectual, ainda assim continua na ignorância. De que adianta ter os conhecimentos das ciências que proporcionam grande avanço intelectual, se o homem não compreende sequer quem é, de onde vem, para onde vai e por que está aqui?
Por ignorar ainda estas questões é que busca com sofreguidão os prazeres e os bens materiais. Sem compreender que é um Espírito imortal e que aqui se encontra apenas de passagem, não se preocupa em amealhar os bens que verdadeiramente vão lhe trazer proveito no futuro. Nesta busca da felicidade pessoal acaba se embrenhando nos caminhos do egoísmo, vaidade, orgulho e tantos outros vícios morais que o adoece cada vez mais.
A causa maior está identificada. No entanto, não pode o homem alegar a inocência dos ignorantes. Primeiramente porque a própria lei humana diz que ninguém está isento do cumprimento das leis por desconhecê-las. É obrigação do cidadão conhecer as leis que disciplinam sua sociedade. Se na lei humana, que é uma cópia imperfeita das leis divinas, é assim, que dirá da Lei maior.
Como sabemos, desde os tempos primitivos o homem tem recebido ensinamentos dos mensageiros divinos a lhe falar das leis morais divinas, primeiramente de forma rudimentar, posteriormente de forma clara e precisa. Aí está o decálogo que, apesar de estar com o homem há cerca de 3.500 anos, ainda não é praticado. Não deve, pois, a humanidade alegar ignorância destas leis.
Resta à humanidade buscar o remédio para os seus males. Só as verdades contidas nos ensinamentos divinos é que libertarão o homem da terrível doença que o aflige. Mas, poderá questionar o leitor, este tal remédio já não está com homem há tanto tempo? Por incrível que pareça ele já está conosco, de forma definitiva, há cerca de 2 mil anos, no entanto é tido por muitos apenas como ficção de fanáticos ou estórias infantis. As próprias religiões, que deveriam esclarecer o homem na prática destes ensinamentos, acabaram por se desviar dos princípios cristãos, ensinados por Jesus.
Até no nosso combalido Movimento Espírita existem seguimentos que crêem ser esta mensagem ultrapassada e que serve apenas aos simplórios. É inacreditável que os que detém nas mãos esta Doutrina esclarecedora, consoladora e libertadora, pensem desta forma. Mais uma vez vemos a ignorância impedir que se raciocine com lucidez e bom senso, apesar daqueles que assim pensam, fazerem parte dos grupos intelectualizados. Também não é de se admirar que assim seja, afinal intelecto desenvolvido não é sinônimo de sabedoria, como já dizia Jesus: "Bem aventurados os simples".
O mundo está doente. O remédio são os ensinamentos cristãos. Para nos prescrever este remédio com clareza temos a Doutrina Espírita, portanto, nem tudo está perdido. Como diz um ditado popular, para todo mal, há cura.
É preciso pois, que num primeiro momento busquemos a cura pessoal, para que então possamos contribuir para a recuperação do mundo em que vivemos e assim o tiremos da UTI em que se encontra neste momento. Enquanto não forem tomadas estas providências, o estado do mundo se agrava e com isto mais dores e sofrimentos virão.
Texto publicado no site em 08/10/99  (leia com atenção, pense e reflita se você concorda ou não)

Delmo Martins Ramos
FONTE: GEBEM

quinta-feira, 21 de junho de 2012


NAVEGANDO SOBRE O MAR MORTO

Se analisarmos sem prevenções o Movimento Espírita não será difícil compreendermos a razão pela qual ele se afastou da linha de conduta vivenciada e traçada por Allan Kardec. Ao observarmos a diversidade de atitudes e comportamentos dos seguidores do Espiritismo, vemos que não há coesão e nem um direcionamento delineado, sendo muitas as confusões e desvirtuamentos. Os adeptos não se entendem. Seria muito normal, e até certo ponto aceitável, se a discordância estivesse restrita a assuntos e temas circunstantes. Mas, infelizmente, a má semeadura atinge as bases da Doutrina, como, por exemplo, a propagação da idéia de que o Espiritismo não é o Consolador Prometido, retirando-lhe o aspecto religioso. Some-se a isto o grave problema de vermos a Federação Espírita Brasileira, órgão de liderança, divulgar e defender as obras de J. B. Roustaing como sendo parte do corpo doutrinário. São fantasias e devaneios de toda ordem.
Talvez o fundo de tudo isto seja a falta da cultura racional, se assim se pode chamar. Não se tem o costume de passar as informações e as atitudes das pessoas (e Espíritos) pelo controle do raciocínio e do bom senso. A grande maioria dos Espíritas sequer se dispõe a estudar as Obras Básicas. Muitos nunca estudaram de forma criteriosa. O que sabem é produto das informações (ou desinformações) colhidas em palestras, romances, ou transmitidas pelo guia da casa. E não se pode atribuir isto à falta de cultura acadêmica, pois mesmo seguidores com diploma universitário se comportam como fanáticos seguidores de certos Espíritos, oradores ou médiuns, de forma que tudo o que estes fazem se torna padrão de comportamento, e o que dizem se torna lei.
Estes cegos discípulos acabam por anular suas personalidades e, por conseguinte, todo o potencial de desenvolverem o senso moral, pois vivem sempre sob a dependência das orientações e "ensinamentos" dos seus mestres, que também estão cegos pela vaidade, pois que adoram esta condição e nada fazem para libertar os seus fiéis admiradores. E é sempre aquele diálogo: "Segundo nos ensina o Espírito fulano de tal, na obra tal...", ou, "Conforme orientação do conceituado médium/orador fulano..." e por aí adiante. Os espíritas tornaram-se, assim, repetidores de chavões, nada mais. Não há a preocupação de andar pelas próprias pernas, já que muletas não faltam. E desta forma o Codificador foi sendo negligenciado e até esquecido.
Por conta disso, o movimento foi implementado pelos ensinamentos de mestres, sejam Espíritos ou homens, cada qual com sua doutrina e com suas idéias pessoais. E isto só foi e é possível porque trabalhadores e freqüentadores de centros espíritas não têm o saudável costume de avaliar e pesar o que está sendo divulgado e praticado por homens e Espíritos. Talvez isto seja até muito cômodo, pois o esclarecimento traz novas e maiores responsabilidades. E quem é que quer mais responsabilidades? É mais fácil cumprir apenas com sua obrigação perante o centro, seja no passe, na recepção ou mesmo freqüentando-o por desencargo de consciência. Já o raciocínio crítico e a tomada de posição ante as questões graves da doutrina demandam coragem e determinação. Acrescente-se ainda que trazem por inevitável conseqüência a inimizade e revolta dos muitos donos do sistema. Os que pensam e ousam questionar são logo taxados de obsediados, de serem portadores do espírito de divisão e outras coisas assim, muito comuns aos regimes autoritários.
E o que se pode fazer para modificar este panorama desanimador? Deve-se primar pelo estudo kardequiano. Mas estudar Kardec não significa ler e decorar todas as suas obras, como os evangélicos o fazem com a Bíblia. Necessário é ir muito além, apreendendo o sentido e o alcance do pensamento do filósofo lionês. De que vale conhecer a letra se não se detém o espírito? De que adianta o estudo e o conhecimento formal das obras espíritas se as atitudes são incoerentes com a pregação?
De que aproveitam as belas palavras de humildade, saídas das bocas dos mestres do mundo, se eles ainda continuam preferindo os primeiros lugares? De que aproveitam as recomendações à prática da caridade se os próprios divulgadores não dispõem de tempo para os sofredores, já que são tantos os seus compromissos? De que serve repetir que se deve passar tudo o que os Espíritos dizem pelo crivo da razão, se os maiores absurdos são absorvidos e divulgados como verdade? De que adianta a "Casa-Máter" entoar o hino da unificação se ela própria não é democrática em suas decisões e nem na composição de sua diretoria, que é vitalícia, tal qual o papado?
E a despeito de tudo isto, o Espiritismo cresceu e cresce muito no Brasil. Entretanto é necessário que se mude o padrão de comportamento dos seus divulgadores e seguidores. Se assim não o for, estar-se-á correndo o sério risco de ver a Doutrina Espírita transformada em apenas mais um culto religioso, dentro dos padrões normais da sociedade, ficando, assim, muito distante de sua verdadeira finalidade, que é promover a regeneração dos Espíritos. Deve-se voltar à origem, proceder ao despertar das consciências, libertando-as das décadas de aprisionamento ao sistema atual. É imperioso fomentar as discussões sadias e edificantes, buscando soluções conjuntas e democráticas para os diversos problemas que há. Foi assim que, através da Revista Espírita, Allan Kardec constituiu e estruturou a Doutrina. Esta a sublime função da imprensa espírita, e a que menos se presta.
Os periódicos preenchem suas páginas com mensagens mediúnicas repetitivas, com "notícias sociais do movimento" e muitos artigos que pouco acrescentam. Raros são os órgãos espíritas que se propõem a levantar os problemas e apontar soluções. A grande maioria prefere vender a imagem de um mundo de ilusões e maravilhas "que só o Espiritismo pode dar", levando seus leitores à alienação. Poucos também são os homens públicos do Espiritismo que têm o ânimo e a coerência de se colocarem em defesa do restabelecimento da verdade e do espírito crítico no meio espírita. Isto parece óbvio, já que quanto mais esclarecimento, menos idolatria. E como o espírito do mundo é muito forte, é preferível manter-se conivente (e assim querido por todos) do que desagradar a grande turba.
E, nos valendo da expressão do espírito Michel, no E.S.E., com esta aparente tranqüilidade, conseguida através de indiferença culposa face aos graves problemas, os espíritas vamos navegando sobre o mar morto, que oculta em suas profundezas a lama fétida e a corrupção (E.S.E., cap. XIII, item 17).

Texto publicado no site em 16/07/99. Leia, pense e reflita se você concorda ou não.

Elói Monteiro

EDITORIAL

 Vivemos dias de grande preocupação. Esta frase está sendo muito repetida e certamente, nos ocorre o pensamento de que isso é verdade, diante dos noticiários, dos desencontros e ocorrências as mais estranhas.
Sim, são dias de grande preocupação, mas, de forma alguma, podem ser considerados como dias finais, como a proximidade do juízo final e outras falsas advertências que circulam por todos os cantos.
A preocupação é válida, o pânico não.  Não podemos nos esquecer de que Deus está sempre no comando de todo o concerto universal e espera que nos conduzamos no rumo do trabalho, da esperança e da felicidade. Somos aspirantes da felicidade e não dos castigos, devemos esperar que o processo regenerador nos fortaleça e não nos acuse nos limites do talião.
A preocupação é válida, ela é a pequena luz de alerta que acende e pergunta: O que você está fazendo? Quais as providências que sua consciência está pedindo, para que você inicie a viagem ao seu interior e busque soluções e não remorsos?
Jesus reconheceu o erro da mulher adúltera, mas não a condenou, não a exonerou da responsabilidade, apenas a liberou e exortou para que não errasse mais. Essa é a importante chave da felicidade, corrigir o erro e não repeti-lo.
E para fortalecermos as nossas escolhas no rumo do Pai, nada melhor do que nos congregarmos na Casa Espírita, é lá que vamos encontrar os nossos irmãos, também com renovadas esperanças e juntos, realizarmos o ideal de servir e servindo sempre, com fé e esperança, vamos enfrentar as nossas preocupações como obstáculos recorrentes na história da humanidade.

Extraído do informativo CEBM, nº 655-junho/2012

REUNIÃO MEDIÚNICA NO TABOR



Mateus, 17:1-13 Marcos, 9:2-13 Lucas, 9:28-36
Alguém não familiarizado com a Doutrina Espírita poderá estranhar o título deste artigo, que se reporta a um dos acontecimentos mais significativos do apostolado de Jesus.
Reunião mediúnica no Tabor?
O intercâmbio com o Além não foi instituído pelo Espiritismo?
Negativo.
Sabemos que sempre existiu, desde as culturas mais antigas, envolvendo grupos e indivíduos.
No tempo de Moisés havia tantos abusos que ele decidiu proibir o intercâmbio.
Isso está registrado em dois livros do Pentateuco mosaico.
Levítico, 19:31:
Não vos voltareis para os médiuns, nem para os feiticeiros, a fim de vos contaminardes com eles... Deuteronômio, 18:10-11: Não haja no teu meio quem faça passar pelo fogo o filho ou a filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos.
Impertinentes contestadores do Espiritismo apegam-se a essa proibição, o que é uma tolice.
Moisés legislava para seus contemporâneos.
Suas orientações diziam respeito ao povo judeu, em determinado tempo, não para a Humanidade, em todos os tempos.
Se alguém pretende cumprir essa orientação, tudo bem. Só que, por coerência, deve observar toda a legislação mosaica.
Alguns exemplos:
Os filhos devem pagar pelos pecados dos pais (Êxodo, 20:5);
Quem trabalhar no sábado será morto (Êxodo, 35:2);
Animais e aves serão sacrificados, sangue espargido sobre altares, atendendo a variados objetivos (Levítico, capítulos 1 a 7);
Quando morrer o homem sem deixar descendentes, seu irmão deverá casar-se com a viúva (Deuteronômio, 25:5);
Os filhos desobedientes e rebeldes, que não ouçam seus pais e se comprometam no vício, serão apedrejados até a morte (Deuteronômio, 21:18-21);
É proibido comer carne de porco, lebre ou coelho (Levítico, 11:5-7);
O homossexualismo será punido com a morte (Levítico, 20:13);
A zoofilia sexual será punida com a morte (Levítico, 20:15-16);
Deficientes físicos estão proibidos de aproximar-se do altar do culto, para não profaná-lo com seu defeito (Levítico, 21:17-23);
O hanseniano deve ser segregado da vida social, vivendo no isolamento (Levítico, capítulo 13);
Os adúlteros serão apedrejados até a morte (Deuteronômio, 22:22);
A blasfêmia contra Deus será punida com o apedrejamento, até a morte (Levítico, 24:15-16); Quanto à mulher, em particular:
Ao dar à luz um menino ficará impura por 40 dias. Se for uma menina ficará impura 80 dias (Levítico, 12:1-5);
A noiva que simular virgindade ao casar-se será apedrejada até a morte (Deuteronômio, 22:21);
Descontente com a esposa, o homem poderá dispensá-la, sem nenhuma compensação, dando-lhe carta de divórcio (Deuteronômio, 24:1);
Se as piedosas representantes de movimentos pentecostais, tão empolgadas com a Bíblia, tomassem conhecimento do que há contra elas no Velho Testamento, certamente mudariam de opinião.
Qualquer pessoa de bom senso constatará que essas orientações estão totalmente superadas, mero folclore para o nosso tempo.
Ora, por que cargas d’água haveremos de considerar que a proibição quanto à evocação dos mortos é inamovível? Ficou bem no tempo de Moisés, para coibir os excessos do povo. Não tem nada a ver com o nosso tempo, principalmente a partir da Doutrina Espírita, que disciplina o intercâmbio com o Além.
Outro detalhe: As pessoas que combatem o Espiritismo, apegando-se aos textos bíblicos, proclamam ser impossível o contato com os mortos.
Contrariam o próprio Moisés que, ao proibi-lo, passou atestado de que é possível.
Ocioso legislar sobre o impossível.
Exemplo: Proibir o homem de volitar....
Havia abusos, o que ocorre ainda hoje – a velha tendência de apelar aos Espíritos para resolver problemas imediatistas. Foi por isso que Moisés adotou a medida extremada.        Convenhamos que houve excesso de zelo, algo como suprimir o passe magnético no Centro Espírita porque existem os “papa-passes”, que fazem desse benefício uma rotina. As pessoas devem ser orientadas em relação aos excessos, jamais impedidas de buscar os recursos espirituais. O equívoco de Moisés foi corrigido por Jesus, que reinstituiu o contato com os mortos. Mesmo depois de sua morte, cultivou o intercâmbio, materializando-se diante dos assombrados discípulos....
A reunião mediúnica que Jesus se propôs realizar aconteceu no alto de um monte, provavelmente o Tabor, que fica a sudeste de Nazaré. Estavam presentes Simão Pedro, João e seu irmão Tiago, enquanto os demais discípulos atendiam à multidão, ao pé do monte. Os três eram os discípulos de maior afinidade com Jesus e os que mais se destacariam no colégio apostólico.
Paulo os chamaria “as colunas da comunidade” (Gálatas, 2:9). Provavelmente eram os mais bem dotados para a reunião que Jesus se propusera realizar. Subida cansativa, o monte fica a 580 metros acima do nível do mar, e aproximadamente 300 metros em relação à planície onde se ergue. Ofegantes, após a longa subida, os discípulos assombraram-se com um fenômeno inesperado que ocorreu com Jesus.
Segundo Mateus: (...) foi transfigurado diante deles: seu rosto resplandeceu como o sol, e suas vestes tornaram-se brancas como a luz. A transfiguração é um notável fenômeno espiritual que pode acontecer por mediunismo ou animismo. No mediunismo, há uma alteração das feições do médium, que assume a aparência do Espírito comunicante. No animismo, o fenômeno manifesta-se na forma de intensa luminosidade que envolve o indivíduo, emanada dele próprio e das esferas mais altas com as quais sintoniza naquele momento. Foi o que aconteceu com Jesus. Surgiram ao seu lado dois ilustres representantes do Velho Testamento: Moisés, o grande legislador, que vivera há 1.250 anos. Elias, o combativo profeta, que vivera há 800 anos. Ali estavam materializados – visíveis e tangíveis. Simão Pedro, sempre o mais ativo, observando Jesus conversar com os dois Espíritos, animou-se:
– Senhor, é bom estarmos aqui; se queres, farei três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias. O Evangelista Marcos, que certamente colheu informações do próprio Pedro, afirma que ele assim falou por não saber o que dizer, porquanto estavam todos apavorados. Como já acontecera em outras oportunidades, o contato com os Espíritos assustou os discípulos, o que não é novidade. A falta de familiaridade com os desencarnados sempre infunde temor.
É a temida assombração. As pessoas preferem enfrentar a presença de um malfeitor vivo ao benfeitor morto. Certamente, mais assustados ficaram os discípulos quando surgiu uma nuvem brilhante, de onde ouviram uma voz que proclamava:
– Este é o meu filho amado, em quem me comprazo. Ouvi-o. Repetiu-se o fenômeno mediúnico de voz direta que ocorreu quando Jesus se encontrou com João Batista, às margens do Jordão (Marcos, 1:11). Mentores espirituais realizavam essas intervenções, procurando sedimentar nos discípulos a convicção de que Jesus era o Messias, que viera à Terra investido de grandiosos poderes, como um representante de Deus. Era preciso ouvi-lo, dar atenção às suas orientações, que consubstanciavam uma revelação divina, tendente a imprimir novos rumos à Humanidade, nos caminhos do progresso. Após esses espantosos acontecimentos, Moisés e Elias retiraram-se. Encerrada a reunião mediúnica, Jesus recomendou-lhes que nada comentassem a respeito. Não era chegado o tempo de divulgar aquelas maravilhas....
Os discípulos exprimiram uma dúvida:
– Por que dizem os escribas ser preciso que Elias venha primeiro? Segundo as profecias, Elias voltaria à Terra, como o precursor, aquele que prepararia os caminhos do Senhor. Se Jesus era o Messias, por que não viera Elias antes? Por que só agora se apresentara? Jesus respondeu:        — Certamente, Elias vem primeiro e restaurará todas as coisas, mas eu vos digo que Elias já veio e não o conheceram, antes fizeram com ele tudo o que quiseram; assim também o filho do Homem há de padecer por parte deles. A passagem evangélica termina com o seguinte comentário de Mateus:        Então os discípulos souberam que lhes falara a respeito de João Batista. Os teólogos insistem que Jesus se referia a alguém igual a Elias, que viria anunciar sua vinda. Contrariam o próprio texto. Jesus afirma que ambos eram a mesma pessoa.
Malaquias (4:5) diz claramente que seria enviado o profeta Elias, e não alguém que se parecesse com ele. Oportuno destacar que no episódio da transfiguração João Batista já tinha retornado à espiritualidade, decapitado a mando de Heródes. 
O  ilustre visitante apresentar-se como Elias, não  como João Batista, é compreensível.
O Espírito superior dá à forma perispiritual a aparência que deseje ou que lhe pareça conveniente. Interessante notar, a esse respeito, as experiências de Emmanuel, o mentor espiritual de Chico Xavier. Foi:
l Nestório, o escravo, no livro 50 Anos Depois.
l Padre Manoel de Nóbrega, fundador de São Paulo.
l Padre Damiano, do livro Renúncia. No entanto, consta apresentar-se como o senador romano Públio Lentulus, do livro Há 2000 Anos, talvez por ter sido a existência que lhe falou mais intimamente ao coração. Marcou seu glorioso encontro com Jesus.
A transfiguração tinha por objetivo animar os discípulos e sedimentar a idéia de que Jesus era um ser superior, em missão na Terra. Ao mesmo tempo estabelecia uma conexão com o velho Testamento, representado por dois de seus expoentes. O Cristianismo deveria situar-se como um desdobramento do Judaísmo. Iluminaria as antigas crenças com a revelação do Deus pai, que substituía Jeová, o deus guerreiro, estabelecendo as bases de um reino divino, a partir do exercício do amor, que irmanaria todos os homens. Imbuídos do espírito da raça, com a pretensão de povo escolhido, dispostos a conquistar o mundo com a liderança de Jeová, os judeus rejeitaram a mensagem e mataram o mensageiro. Por isso o Evangelho floresceu fora do Judaísmo, dando origem a novo movimento religioso....
Algo semelhante ocorreu com o Espiritismo. Poderia ser um desdobramento natural do Cristianismo, ajudando-o a depurar- se de suas mazelas. Ocorre que os círculos religiosos estavam aferrados ao materialismo e negavam veementemente a possibilidade de intercâmbio com o Além. Lamentável paradoxo, tanto maior quando lembramos que Jesus conversava com os Espíritos, o mesmo acontecendo com a primitiva comunidade, orientada pelo Espírito Santo, designação genérica dos Espíritos Superiores que se manifestavam em seu seio. A supressão do fenômeno mediúnico na comunidade cristã fechou a porta de acesso ao mundo espiritual. A partir daí os teólogos passaram das revelações celestes para as especulações terrestres, e surgiu uma doutrina fantasiosa, fixada pelo dogma, este instrumento terrível de aniquilamento da razão. Por isso o Espiritismo teve que se manifestar fora dos círculos religiosos.
Reinstituído o intercâmbio com o Além, fenômenos como a materialização dos profetas voltaram a ocorrer. Alertam sobre nossas responsabilidades, ante a certeza da vida que não acaba nunca e onde nunca está ausente a justiça de Deus.? 

RICHARD SIMONETTI

Retirado da Revista Reformador de Out/2001

FEB  http://www.feb.org.br

BEZARRA CONVIDA À REFLEXÃO

SEVERA ADVERTÊNCIA

Meus filhos,
Estamos na grande luta.
Não consideramos fortuito este momento, que o acaso parece ter engendrado.. Estamos convidados a espalhar, a ampliar fronteiras do reino de Deus, mas não creiam que a tarefa é muito fácil.
Crucificados, os discípulos do Mestre verdadeiramente leais prosseguem em trevas invisíveis.
Ontem eram a arena, o madeiro, o cárcere, o exílio forçado, as labaredas, o degredo, o abandono dos afetos mais caros, mas, hoje, também é assim degredos e exílios íntimos, abandonos, soledade, sofrimento e perseguições neste intercâmbio dos dois mundos em litígio, em que as forças da loucura e da insensatez se aglutinam para apagar da História o nome do Mestre, induzindo cristãos desatentos a estados patológicos irreversíveis, por enquanto,deitando as marcas purulentas da má conduta, tisnando o nome do ideal que abraçam por Jesus.
Estamos convocados a prosseguir. Cada um de nós é convidado a uma cota que não pode ser menosprezada, ao testemunho silencioso aureolado de alegria, porque o reino não é daqui, não obstante aqui comece.
Demo‑nos as mãos e preparemo‑nos, porque a luta recrudescerá.
As dificuldades multiplicar‑se‑ão.
O profano insinua‑se no divino, o vulgar no especial, o ridículo no ideal.
Tenhamos cuidado, meus filhos, para que as nossas Casas não sejam invadidas por torvelhinhos que lhes descaracterizem a pureza da vivência evangélica ali instalada.
Mantenhamo‑nos unidos, sem que os miasmas da perturbação intoxiquem e as imposições do desequilíbrio predominem.
O Cristão sem sacrifício está sem Cristo.
Discípulo sem disciplina encontra‑se sem mestre.
Aprendiz sem dever está à própria sorte.
Jesus nunca nos desampara, mas é provável  que o preteriremos para ir, por preferência, à busca de outros condutores mais consentâneos com as nossas aflições desmedidas e necessidades falsas, acalentadas no desperdício.
Uma equipe de trabalhadores que compreende o significado da fé, vivendo pela fé, para a fé, é que o Senhor de todos nós espera, neste momento.
 Meus filhos, que o Senhor nos abençoe e nos guarde. São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre, BEZERRA


Fonte: site www.universoespirita.org.br.  Divaldo P. Franco- psicografado em 07-02-89, publicado emJornal Perseverança” – Ano X – Outubro 1991, extraído do informativo CEBM, Nº 655-JUNHO/2012
EFICÁCIA DA PRECE

Allan Kardec esclarece
Há quem conteste a eficácia da prece, com fundamento no princípio de que, conhecendo Deus as nossas necessidades, inútil se torna expor-lhas. E acrescentam os que assim pensam que, achando-se tudo no Universo encadeado por leis eternas, não podem as nossas súplicas mudar os Decretos de Deus.
Sem dúvida alguma, há leis naturais e imutáveis que não podem ser ab-rogadas ao capricho de cada um; mas daí a crer-se que todas as circunstâncias da vida estão submetidas à fatalidade, vai grande distância. Se assim fosse, nada mais seria o homem do que instrumento passivo, sem livre-arbítrio e sem iniciativa. Nessa hipótese, só lhe caberia curvar a cabeça ao jugo dos acontecimentos, sem cogitar de evitá-los; não devera ter procurado desviar o raio. Deus não lhe outorgou a razão e a inteligência, para que as deixasse sem serventia; a vontade, para não querer; a atividade, para ficar inativo. Sendo livre o homem de agir num sentido ou noutro, seus atos lhe acarretam, e aos demais, consequências subordinadas ao que ele faz ou não. Há pois, devidos à sua iniciativa, sucessos que forçosamente escapam à fatalidade e que não quebram a harmonia das leis universais, do mesmo modo que o avanço ou o atraso do ponteiro de um relógio não anula a lei do movimento sobre a qual se funda o mecanismo. Possível é, portanto, que Deus aceda a certos pedidos, sem perturbar a imutabilidade das leis que regem o conjunto, subordinada sempre essa anuência à sua vontade‖

(Do livro ―O Evangelho Segundo o Espiritismo‖, cap. XXVII, item 6, de Allan Kardec,)

ESTUDAR KARDEC
CONHECER KARDEC
PARA VIVER JESUS
Extraído do informativo CEBM, nº 655-junho/2012