quinta-feira, 1 de novembro de 2012


AS OPORTUNIDADES DE CRESCIMENTO


 
“Muitos de vós tem buscado compreender o objetivo de vossa vida, anseio que também tive quando me encontrava na carne. Tão logo saí da adolescência, meus pensamentos vagavam em busca das razões da minha existência para justificar a vida que tivera até então que, se não era principesca, não tinha carências materiais.
Assim fui vivendo até a idade adulta, formando-me na educação formal e profissional, temperando-me na escola da vida com relação aos assuntos da matéria. Constitui família e seguia sem maiores problemas, mas no meu íntimo a indagação sobre os objetivos da vida permanecia sem resposta satisfatória.
Participei de inúmeras religiões em busca de tal esclarecimento, a começar pela de meus pais onde fui encaminhado desde tenra idade. Nenhuma delas falava ao meu coração, tampouco me davam as respostas que necessitava e assim as praticava apenas na forma e na aparência como a maioria dos que conheci nestas peregrinações.
Não me satisfazendo estas religiões, terminei por deixá-las, embora continuasse a busca para a resposta dos meus questionamentos por mim mesmo e assim juntei-me ao rol dos que se intitulam “deístas”, os que acreditam na existência de Deus, embora não professem nenhuma religião. Na verdade era uma crença sem nenhum embasamento, apenas pelo receio de, ao declarar-me ateu, fosse abandonado pelo sorte.
Continuava a seguir com as atividades profissionais, progredindo e tendo a recompensa material, o que me dava o consolo, pelo menos aparente. A vida seguia sem outros sobressaltos. Não fazia o mal, e o bem que eventualmente fazia era o que não me exigia qualquer esforço. Não encaminhei meus filhos em nenhum religião, pois julgava inútil e por isso tronaram-se pessoas do mundo, sem qualquer interesse outro que não fosse a conquista dos bens materiais. Desta forma fui envelhecendo e já no final da vida no corpo físico sentia-me cada vez mais desiludido e sem motivação, principalmente com relação aos assuntos espirituais. Não era materialista, tampouco sentia-me espiritualista, na verdade sentia-me vazio e sem raízes neste mundo.
Minha passagem para este lado deu-se de uma maneira tão repentina que nem me dei conta. Repentinamente senti-me só, não obtendo atenção para minha presença ou respostas às minhas palavras e os que me cercavam pareciam não me ver. Sem entender o que se passava comigo e não sabendo como agir fiquei à espera de que algo acontecesse, acomodando-me à situação, como o fizera durante toda a vida.
Não senti nenhum sofrimento maior a não ser a solidão e um grande vazio que tomou conta de mim. Estava sem ação, como que estarrecido com aquela situação inquietante. Fiquei por um tempo, que não sei precisar, como que adormecido, alheio ao que se passava à minha volta até que senti um desejo de que algo acontecesse e, como há muito não fazia, orei a Deus para que me ajudasse a sair da situação em que me encontrava.
De repente me vi caminhando juntamente com dezenas de pessoas que, como eu, seguiam, como que hipnotizados, numa direção sem qualquer reação. Chegamos a uma espécie de galpão acolhedor envolto por uma luz brilhante onde emanava um sentimento de paz e tranqüilidade. Ficamos a ouvir uma pessoa que, com simplicidade mas com autoridade, dizia palavras doces e envolventes que pouco a pouco foram atingido meu coração e dos que ali estavam comigo.
Dizia, o jovem, palavras que não me pareciam estranhas, mas que estavam impregnadas de sentimento e de esclarecimentos justamente para os questionamentos que eu fizera em toda a minha vida, que agora percebia, já tinha se extinguido. Comecei a entender que a verdadeira vida é a espiritual e que o maior objetivo da passagem do Espírito na vida material é a busca da perfeição através da moralização pessoal.
Percebi que estes ensinamentos foram a mim apresentados na minha existência terrena, nas mais variadas formas. Mas, obcecado por obter respostas imediatas, não as havia compreendido. Senti uma profunda amargura quando percebi que tivera não só uma, mas inúmeras oportunidades e não as aproveitara por falta de seriedade e dedicação em minhas ações na área espiritual.
Agora é tarde, pensei, não dá mais para voltar atrás! Mas, refletindo um pouco mais, senti que não poderia ser assim, pois aqueles que estavam a nos auxiliar naquele momento mostravam em seus semblantes a paz dos que encontraram a razão de viver e, certamente, comigo se daria o mesmo.
Não quero alongar-me mais, irmãos, mas antes de encerrar digo-vos que a partir daí procurei estar em contato com estes irmãos mais esclarecidos e me dediquei aos estudos que cada vez mais me esclarecem e que estão a me preparar para caminhar de acordo com o desejo do nosso Criador. Assim que me for permitido, reiniciarei a caminhada. 
A lição maior que me ficou, que espero possa servir de alerta a todos que de minha história tomem conhecimento, é que não se deve desperdiçar as oportunidades que a vida oferece, que normalmente são muitas. Tudo o que nos cerca, a profissão, as relações familiares e sociais, as religiões e tudo mais, nada mais são que ferramentas que estão ao nosso dispor para a melhoria pessoal. A vida na matéria é a grande oportunidade que o Pai oferece em Sua misericórdia para o avanço moral e espiritual de todos nós e, portanto, não devemos desperdiçá-la. Que os ensinamentos do Mestre Jesus esteja sempre a guiar vossas ações e que prossigais em paz em vossa caminhada”. Um Espírito arrependido

 
Mensagem mediúnica
Classificação: Depoimentos
Espírito: Um Espírito arrependido
SEEAK

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