quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

 OBSESSÃO E LOUCURA


1.         Obsessão não é loucura, mas pode produzi-la, se a ação malfazeja de um Espírito sobre outro for persistente e
 não tratada a seu devido tempo. Nesse caso, é preciso compreender que a ação persistente pode produzir lesões
físicas, muitas vezes irreversíveis.               

2.         No livro "Grilhões Partidos", de Manoel P. de Miranda, vemos diversos exemplos de doenças mentais, como
epilepsia e esquizofrenia, que nada têm a ver com a obsessão. E o mesmo livro mostra que o caso Ester
 que era tipicamente subjugação obsessional, fora tratado como esquizofrenia. O autor mostra-nos, no entanto, que nas
obsessões e nas doenças mentais a lei de causa e efeito está sempre presente.                

3.         A perturbação mental se manifesta de duas maneiras diferentes: com e sem lesão cerebral. Bezerra de Menezes,
 no livro "A Loucura sob Novo Prisma", sugere, para casos distintos, tratamentos distintos. Se o
problema não é orgânico-cerebral, é preciso levar em conta as causas extrafísicas atuantes.               

4.         Allan Kardec, n' "O Livro dos Médiuns", sustenta que entre os tidos por loucos muitos há que são apenas
subjugados. A recíproca é também verdadeira. A experiência do Dr. Ignácio Ferreira aponta nesse sentido.
 Por isso deve haver muito cuidado com os diagnósticos apressados, como José Raul Teixeira alerta no
 livro "Diretrizes de Segurança", pergunta 96.               

5. Na obsessão, o que determina a perturbação é a interposição de fluidos do obsessor entre
 o agente (alma) e o instrumento de sua ação mental (cérebro). Tanto na loucura propriamente dita, como
 no processo obsessivo, o que existe é uma irregularidade na transmissão ou manifestação do pensamento.               

6. Se há uma incapacidade material do cérebro para receber e transmitir fielmente as cogitações do Espírito encarnado,
 temos a loucura. Se há interrupção do fluxo dessas cogitações, que não chegam integralmente ao cérebro, eis a
obsessão. Mas os especialistas, como o Dr. Célio Trujilo Costa, psiquiatra espírita do Hospital Espírita de Psiquiatria
 Bom Retiro, dizem ser muito difícil afirmar quando se trata de loucura ou de obsessão, pois há componentes de
uma e outra em ambos os casos.               

7. Os evangelistas Marcos, Lucas e Mateus narram inúmeros casos de possessão que impunham ao
enfermo uma incapacidade física qualquer, como cegueira, crises epilépticas, mudez, que cessavam
quando o paciente era libertado.  Profilaxia e Tratamento da Obsessão

8. O tratamento da obsessão exige, como condição indispensável, a transformação moral do paciente.
 E' fundamental a elevação de seu padrão vibratório, através de bons pensamentos, bons sentimentos e bons atos,
 para que ele, elevando esse padrão, deixe de sintonizar na mesma faixa vibratória do obsessor e fique, assim,
 fora do alcance da entidade desencarnada.               

9. A prática do bem e a confiança em Deus aparecem, assim, como fatores essenciais na desobsessão.               

10. Podemos sintetizar em sete itens os recursos necessários ao bom êxito no tratamento das obsessões:               

a)        conscientização do problema por parte do obsidiado e de seus familiares, lembrando-lhes que a paciência é fator
 essencial no tratamento e que as imperfeições morais do obsidiado constituem o maior obstáculo à sua cura;               

b) fluidoterapia (passes magnéticos, radiações e água magnetizada);               

c) prece e vigilância permanente;                

d) laborterapia;               

e) renovação das idéias através da boa leitura, de palestras e da conversação elevada;               

f) culto evangélico no lar;               

g) esclarecimento do Espírito obsessor, em grupos mediúnicos especializados, em cujas reuniões a presença
do enfermo não é necessária. 

Roteiro  de  Estudo 

1. A obsessão pode transformar-se em loucura?
R.: itens 1 e 2

2. A perturbação mental é sempre resultado de lesão cerebral?
R.: itens 3 e 4

3. Qual a diferença essencial entre loucura e obsessão?
R.: itens 5 e 6

4. V. conhece exemplos de lesões físicas causadas por obsessão?
R.: item 7

5. Qual a condição essencial ao tratamento e cura da obsessão?
R.: itens 8 e 9

6. Por que a conscientização do obsidiado acerca de seu caso é importante no tratamento da obsessão?
R.: item 10, letras "a" a "g"

7. A prece é importante na terapia desobsessiva?
R.: item 10, c

8. Na reunião mediúnica de desobsessão, é conveniente que o obsidiado esteja presente?
R.: item 10, g 

Publicado no O Consolador
Revista Semanal de Divulgação Espírita

Astolfo Olegário de Oliveira Filho
(Londrina, PR)

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