quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A VIDA DE UM LOUCO
 
“Torno a esta casa para relatar parte de minha experiência que servirá para o aprendizado dos que aqui buscam melhorar seu entendimento. Como sabeis pelo trabalho realizado há algum tempo aqui, fui um louco em minha última encarnação. Procurei por todos os meios possíveis compreender as razões de minha existência, quando na carne. Por tempo que não posso precisar, tentei um entendimento melhor das coisas, porém, era como se algo me impedisse de seguir adiante. Não conseguia alcançar o significado dos ensinamentos que freneticamente buscava na tentativa de descobrir o meu eu interior. Por várias vezes visitei profissionais da área psíquica, pois minha família julgava-me diferente por seguir sempre em uma conduta de introspecção e isolamento.
Na adolescência, perdi-me no mundo das drogas, algumas inocentes para os padrões atuais, mas igualmente deletérias para o Espírito imortal. Envolvi-me com toda sorte de experiências principalmente no aspecto sexual, fazendo parte de um grupo onde se praticavam em excesso a libertinagem e o prazer em grupo. Por fim, encontrei criatura doce e compreensiva que me acolheu em seu coração e com ela contraí matrimônio. Cedo, porém, dei mostras de meu desequilíbrio, pois buscava nela as coisas que só poderia encontrar em seres desequilibrados com eu. Tentei o trabalho, mas não hauri formação profissional em área alguma por falta de estudo e grande ociosidade em época onde deveria me ocupar dele.
O meu ganha-pão resumia-se a trabalhos esporádicos onde a qualidade não era a coisa mais importante. Entretanto, havia o amparo dos meus pais e de minha doce esposa que a tudo supria e suportava. Permaneci em convivência conturbada por oito anos, levando minha companheira à beira da loucura pelos meus maus hábitos, minhas esquisitices e principalmente por querer levá-la e praticar atitudes desvairadas no campo da sexualidade. Busquei essa forma de prazer nas ruas, com homens e mulheres, por longo tempo, sem que ninguém em minha família soubesse.
Sem perceber, fui entrando em grau de desequilíbrio tamanho que já não me reconhecia são em nenhum momento. Poderíeis afirmar, então, que minha loucura era obsessional. Não. As companhias espirituais que me visitavam eram em decorrência do estado mental patológico, evidentemente em decorrência de minha doença moral. Eles eram parte coadjuvante, mas não os causadores do meu desequilíbrio.
Um dia, ao chegar em casa, encontro minha esposa morta e eu já não sabia o que se passava de fato. Se era dia ou noite, se havia me alimentado ou não. Enlouqueci de vez e saí perambulando pelas ruas, sem reconhecer sequer os amigos que tentavam desesperadamente me ajudar de alguma forma.
Amigos, assim permaneci por longo tempo. Andava, corria, gritava, dormia. No dia seguinte tudo se repetia. Minha morada eram as marquises dos prédios, as ruas, as estações. E assim passaram-se anos até que a misericórdia de Deus pôs fim ao meu sofrimento. Acordei deste lado da vida, achando ainda estar na carne e com as mesmas disposições mentais. Só depois de certo tempo fui recuperando minha consciência e lucidez, e compreendendo o grave momento em que me encontrava.
Fui auxiliado por amigos espirituais que se dedicam exclusivamente a esse tipo de enfermidade e levado para campo específico de atendimento e trabalho. Aqui também existem as especialidades médicas, tal qual na Terra. O restante de minha experiência ficará para uma nova oportunidade. Que Deus os abençoe”. – Abelardo.
SEEAK
Mensagem mediúnica
Classificação: Depoimentos
Espírito: Abelardo
SEEAK

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