quinta-feira, 6 de setembro de 2012


SÚPLICA

Hoje procuro refúgio no teu coração, cansado como me encontro de mil embates, na longa jornada dos séculos.
Dizem que sou débil plantinha, no entanto, relegam-me ao vendaval, deixando-me à mercê da canícula ou na via das enxurradas imundas.
Afirmam que sou o futuro, todavia, desrespeitam o meu presente, colocando dificuldades e aflições ao alcance das minhas débeis mãos.
Expressam que eu sou diamante precioso, mas ninguém procura retirar a jaça e a ganga que me tornam imprestável, por enquanto.
Informam que eu sou um pequeno rei, no império da vida, todavia, descuidam do meu aprimoramento, sem me aformosearem o caráter para o nobre ministério.
Chamam-me de anjo e conduzem-me, por negligência, ao império do desespero e da revolta.
Agradam-me e, muitas vezes, degradam-me deixando-me sob o jugo imperioso de forças desordenadas.
Ajuda-me agora, para que, por minha vez, eu possa ajudar mais tarde.
Acolhe-me na terra fértil do teu coração e desenvolve-me os sentimentos latentes dentro de mim.
Serei amanhã o que fizeres de mim agora. Não te peço muito.
Rogo-te, apenas, que abras os braços e me alcances.
Suaviza tua voz para ensinar-me e dá leveza à tua mão quando seja necessário corrigir-me. Mas não me deixes sem o carinho que estimula nem a correção que educa e salva.
Confio em ti. Socorre-me hoje, e não mais tarde.
Necessito urgente de orientação e sustento.
Recebe-me enquanto não me maculam as nódoas da vida.
Dilata as tuas possibilidades e eu coroarei os teus dias com as bênçãos da alegria perene, levando, pelas gerações afora, a mensagem viva do teu auxílio como legatário natural da tua fé libertadora e santa.
Irmão do Cristo, recolhe-me no teu amor em nome de Quem, em apresentando os pequeninos aos discípulos amados, asseverou pertencer o Reino dos Céus.

Anália Franco
Fonte: FRANCO, Divaldo Pereira, SEMENTEIRA DA FRATERNIDADE (Diversos Espíritos), 6. Ed.. cap. 4. LEAL, 2008

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