quinta-feira, 6 de setembro de 2012


 NÃO SE PODE SERVIR A DEUS E A MAMON
  
―(...) Se a riqueza é a causa de muitos males, se exacerba tanto as más paixões, se provoca mesmo tantos crimes, não é a ela que devemos inculpar, mas ao homem, que dela abusa, como de todos os dons de Deus. Pelo abuso, ele torna pernicioso o que lhe poderia ser de maior utilidade. É a consequência do estado de inferioridade do mundo terrestre. Se a riqueza somente males houvesse de produzir, Deus não a teria posto na Terra. Compete ao homem fazê-la produzir o bem. Se não é um elemento direto de progresso moral, é, sem contestação, poderoso elemento de progresso intelectual.
Com efeito, o homem tem por missão trabalhar pela melhoria material do planeta. Cabe-lhe desobstruí-lo, saneá-lo, dispô-lo para receber um dia toda a população que a sua extensão comporta. Para alimentar essa população que cresce incessantemente, preciso se faz aumentar a produção. Se a produção de um país é insuficiente, será necessário buscá-la fora. Por isso mesmo, as relações entre os povos constituem uma necessidade. A fim de mais as facilitar, cumpre sejam destruídos os obstáculos materiais que os separam e tornadas mais rápidas as comunicações. Para trabalhos que são obras dos séculos, teve o homem de extrair os materiais até das entranhas da terra; procurou na Ciência os meios de os executar com maior segurança e rapidez. Mas, para os levar a efeito, precisa de recursos: a necessidade fê-lo criar a riqueza, como o fez descobrir a Ciência. A atividade que esses mesmos trabalhos impõem lhe amplia e desenvolve a inteligência, e essa inteligência que ele concentra, primeiro, na satisfação das necessidades materiais, o ajudará mais tarde a compreender as grandes verdades morais. Sendo a riqueza o meio primordial de execução, sem ela não mais grandes trabalhos, nem atividade, nem estimulante, nem pesquisas. Com razão, pois, é a riqueza considerada elemento de progresso‖

(Do livro ―O Evangelho Segundo o Espiritismo‖, cap. XVI item 7, de Allan Kardec,)

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PAZ NA HUMANIDADE


NÃO TEVE TEMPO

— Fui espírita... Nasci em berço espírita. Recebia passes e, de quando em quando, comparecia a algumas conferências. Quando solicitado, cooperava com esta ou aquela campanha de benemerência. Sempre quis ser médium, mas nunca tive tempo para dedicar-me. Frequentava clubes e... a família me fazia certas cobranças. Os negócios me absorviam muito e eu precisava cuidar do pão de cada dia, vocês não acham? Quem, afinal, iria alimentar-me?! Sabemos que o ―maná‖ só caiu de graça do céu uma única vez... Fui espírita... Jamais deixei de recorrer à ajuda espiritual quando as coisas apertavam para mim, pois, em qualquer circunstância, não negava a minha fé. Tinha vontade de realizar o culto do Evangelho no lar, mas... Começava a ler livros interessantes, no entanto, não sei por que não conseguia terminá-los... O pessoal do Centro pedia muito; não podia me ver, e eu tinha que viver me esquivando... Só porque me percebiam com correntes e pulseiras de ouro, carro novo, imaginavam que eu fosse rico... Fui espírita... Na minha casa cheguei a ter uma biblioteca imensa. A minha avó era médium vidente. Quando criança, eu frequentava aulas de evangelização. O tempo na Terra é curto em excesso. Vejam vocês: quando eu estava conseguindo reunir as condições para realizar o meu sonho, que era o de vincular-me a uma tarefa, fundar um núcleo, sei lá, desencarnei... Não tive tempo...
Ouvindo, na Vida Maior, o companheiro em tão pungente depoimento, como se estivesse ensaiando para explicar-se nas barras do tribunal da Divina Justiça, arrisquei a indagação:
— Meu irmão, com quantos anos você deixou o corpo?...
— Ah!, meu amigo, eu já tinha passado dos 70...

Allan Kardec

Ramiro Gama
Fonte: BACCELLI, A. CARLOS, LINDOS CASOS DE ALÉM-TÚMULO ( pelo Espírito Ramiro Gama), cap. 32, 1ª Edição, 1998, Editora DIDIER 

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